Acesso ao primeiro emprego: barreiras e facilitadores na percepção de jovens de 14 a 24 anos

• Autor(a) principal: Luciana Ferreira Gomes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42900; https://orcid.org/0000-0002-5854-8146
• topic: Barreiras; Facilitadores; Primeiro emprego formal; Juventude; Trabalho; Jovens; Mercado de trabalho; Inclusão social

O objetivo desse estudo foi identificar, segundo a percepção de jovens de 14 a 24 anos, barreiras e facilitadores para o acesso ao primeiro emprego formal. De natureza quantitativa, o presente estudo utilizou questionário online para coleta de dados, disponibilizado de março a junho de 2021 na plataforma Google Forms, divulgado nas redes sociais e em empresas que atuam na colocação de jovens no primeiro emprego formal. Para tratamento e análise dos dados, cada questão foi classificada de acordo com a dimensão à qual se enquadrava, isto é, individual, contextual ou macroestrutural, bem como à situação de facilitador ou barreira. Além disso, a escala Likert de 5 pontos foi adaptada para desfechos dicotômicos, isto é, concordo e discordo, agrupando as respostas de concordância e discordância em grupos distintos. A amostra foi constituída por 107 respondentes, distribuídos por todo Brasil. A partir da análise estatística dos resultados obtidos pode-se constatar a dimensão individual é a que sobressai dentre as analisadas e compreende, segundo percepção dos jovens pesquisados, tanto a principal barreira para o acesso ao primeiro emprego – baixo nível de escolaridade – quanto o mais importante facilitador – curso de formação para o trabalho. Na dimensão contextual, destaca-se o apoio familiar como facilitador e a falta de dinheiro para o transporte público enquanto barreira. Já na dimensão macroestrutural, a situação econômica do país constitui importante barreira para o ingresso no primeiro emprego e o acesso à internet, facilitador. Este estudo permitiu concluir que os jovens pesquisados atribuem ao indivíduo o êxito ou fracasso na obtenção do primeiro emprego formal, ao reconhecerem a dimensão individual como a de maior impacto sobre o desfecho estudado, em consonância com o individualismo difundido pela ideologia capitalista neoliberal.