Associação de disfunção temporomandibular com fatores sociodemográficos, saúde geral e condições bucais em adolescentes

• Autor(a) principal: Ana Luiza Peres Baldiotti
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36483; https://orcid.org/0000-0003-2814-3401
• topic: Transtornos da articulação temporomandibular; Etiologia; Depressão; Ansiedade; Adolescente; Transtornos da articulação temporomandibular; Etiologia; Depressão; Ansiedade; Adolescente

O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre condições sociodemográficas, condições de saúde geral e condições bucais com DTM em adolescentes. Este estudo transversal foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Participaram do estudo 90 adolescentes entre 13 e 18 anos, que aceitaram e que os responsáveis consentiram. O diagnóstico de DTM foi obtido pelo instrumento Research Diagnosis Criteria for Temporomandibular disease (RDC / TMD) Eixo I. Os diagnósticos de dor crônica, depressão, presença de sintomas físicos inespecíficos incluindo dor e transtorno de ansiedade generalizada foram obtidos pelo RDC / TMD Eixo II. A sensação de felicidade foi medida através da Escala Subjetiva de Felicidade. Os pacientes foram examinados clinicamente para outras condições bucais, e os pacientes e seus pais/responsáveis responderam a questionários sociodemográfico, econômico e de saúde geral. Foi realizada estatística descritiva, usando os testes qui-quadrado, exato de Fisher, Mann Whitney, e modelos simples e múltiplo de regressão logística. A prevalência de DTM foi de 42% (IC 95%: 31-53), com 23 (57,5%) meninas e 17 (42,5%) meninos relatando sintomas. Os diagnósticos mais prevalentes foram distúrbios articulares (34% no lado direito e 27% no lado esquerdo), seguidos por distúrbios musculares (16%) e deslocamentos discais (7% para ambos os lados). No Eixo II, o diagnóstico mais prevalente foi depressão (46%), seguido por sintomas físicos não específicos incluindo dor (45%) e transtorno de ansiedade generalizada (41%); a prevalência de dor crônica foi de 27%. No modelo múltiplo, DTM foi associada ao uso de medicamentos no último ano (p=0,020), ter sofrido traumatismo dentário (p=0,030) e etnia (autorrelato) (p=0,040). Houve tendência a associação com provável bruxismo em vigília (p=0,053). DTM está associada ao uso de medicamentos, ter sofrido traumatismo dentário e etnia. Esses resultados mostram que fatores sociodemográficos, de saúde geral e clínicos estão envolvidos nessa patogenia. Novos estudos com amostras representativas são necessários para a confirmação destes achados.