Análise de erros de prescrições de medicamentos Antineoplásicos utilizados no tratamento de Câncer de Mama em um ambulatório de Quimioterapia de Belo Horizonte, Minas Gerais

• Autor(a) principal: Elaine de Andrade Azevedo
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT3MLB
• topic: Erros de prescrição; Segurança do paciente; Quimioterapia; Erros de medicação; Antineoplásicos; Segurança de medicamentos; Medicamentos Prescrição; Segurança do paciente; Quimioterapia; Erros de medicação; Mamas Câncer; Medicamentos Medidas de segurança; Agentes antineoplásicos

Introdução: Os erros com antineoplásicos são considerados potencialmente danosos devido às características farmacológicas e terapêuticas destes medicamentos. Dentre eles destacam-se os erros de prescrição, os quais podem causam danos mais graves aos pacientes. Estudos apresentam ampla variação da frequência desses erros e deixam lacunas no conhecimento sobre seus determinantes principais. Objetivo: Analisar a associação entre tipos, gravidade e preditores sociodemográficos e clínico-assistenciais de erros de prescrição na oncologia. Métodos: Estudo transversal com avaliação das prescrições emitidas no período de setembro a novembro de 2013 para mulheres com câncer de mama atendidas em um ambulatório de quimioterapia de um hospital público brasileiro. Os principaisdesfechos avaliados foram a frequência e gravidade dos erros de prescrição, categorizados em erros de redação e erros de decisão. Análises univariada e multivariada foram desenvolvidas para identificação de fatores de risco. Resultados: Foram analisados 231 antineoplásicos em 150 prescrições de 58 pacientes. Das prescrições, 49,3% apresentavam erros de redação e 80% erros de decisão. A taxa de erros para os antineoplásicos foi de 52,4% (8,2% de redação,39,8% de decisão e 4,4% de redação e decisão). Dos medicamentos prescritos 32% possuíam erro no tempo de infusão, 11,3% estavam com sequência de administração inadequada, 5,2% erro na dose diária e 4,3% continham abreviaturas perigosas. Erros de redação foram considerados de baixa gravidade, porém alguns erros de decisão, como a infusão de doxorrubicina em velocidade superior ao recomendado, foram considerados potencialmente graves. O esquema de tratamento, a especialidade do médico, o número de medicamentos e o estadiamento da doença mostraram associação com a ocorrência do erro. Conclusão:Observou-se altas taxas de erros, e potencial elevado de gravidade para dois tipos de erros de decisão. O esquema de tratamento esteve associado aos três tipos de erros, entretanto de forma divergente. A especialidade médica em oncologia, o maior número de antineoplásicos na prescrição e o estádio menos avançado mostraram-se como fatores de proteção contra o erro. Esses achadosreforçam a necessidade de um modelo mais seguro para a prescrição de antineoplásicos.