Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Joao Florencio de Abreu Baptista
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6XKJPV
Resumo: A dor após a hemorroidectomia, a despeito das conquistas no campo da analgesia, é uma realidade. É o evento mais temido pelos pacientes, e várias medidas têm sido utilizadas para combatê-la. Objetivos: l Verificar, no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à hemorroidectomia, a eficácia analgésica e a segurança não só da anestesia peridural realizada com ropivacaína 0,75% associada ou não à clonidina, mas também da anestesia raquiana com bupivacaína hiperbárica a 0,5% associada ou não à clonidina; 2- Comparar os resultados dessas técnicas de anestesia. Método: Foram estudados oitenta pacientes, submetidos à hemorroidectomia, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de acordo com o tipo de anestesia: grupo l (n=19)-anestesia peridural sem clonidina; grupo 2(n=21)-peridural com 150 mcg de clonidina; grupo 3(n=19)-raquianestesia sem clonidina;grupo 4(n=21)-raquianestesia com 50 mcg clonidina. A intensidade da dor foi avaliada, por meio de uma escala de analogia visual 8, 12 e 24 horas depois da cirurgia. O uso de vasoconstritores no transoperatório, o consumo de analgésicos 24 horas após a operação e os dados vitais dos pacientes foram registrados. Resultados: A intensidade da dor, 8 horas após a cirurgia, foi menor no grupo 4 em relação aos demais grupos, e significantemente menor no grupo 4 em relação aos grupos 1 e 2, 12 horas (p=0,022; p=0,001) e 24 horas (p=0,03; p=0,003) após a hemorroidectomia. Não houve diferença significante na freqüência do uso de vasoconstritores no transoperatório entre os grupos (p=0,26). A freqüência do uso de analgésicos tendeu a ser maior no grupo de pacientes em que não foi utilizada a clonidina (p=0,06). As anestesias não provocaram alterações imprevistas nos sinais vitais. Conclusões:xiv 1- A anestesia peridural e a raquianestesia com e sem clonidina foram seguras e eficazes; 2- A freqüência do uso de analgésicos no pós-operatório foi menor nas anestesias em que se usou a clonidina; 3- A anestesia raquidiana acrescida com clonidina apresentou melhor eficácia analgésica que as demais; 4- A clonidina contribuiu para diminuir a dor após a hemorroidectomia, quando associada à bupivacaína na raquianestesia.
id UFMG_7506eae12569e501e49718e19de5f3c2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-6XKJPV
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Alcino Lazaro da SilvaDanilo Nagib Salomão PauloTaylor Brandão SchnaiderRoberto Carlos de Oliveira e SilvaJoao Florencio de Abreu Baptista2019-08-09T20:08:27Z2019-08-09T20:08:27Z2006-12-14http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6XKJPVA dor após a hemorroidectomia, a despeito das conquistas no campo da analgesia, é uma realidade. É o evento mais temido pelos pacientes, e várias medidas têm sido utilizadas para combatê-la. Objetivos: l Verificar, no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à hemorroidectomia, a eficácia analgésica e a segurança não só da anestesia peridural realizada com ropivacaína 0,75% associada ou não à clonidina, mas também da anestesia raquiana com bupivacaína hiperbárica a 0,5% associada ou não à clonidina; 2- Comparar os resultados dessas técnicas de anestesia. Método: Foram estudados oitenta pacientes, submetidos à hemorroidectomia, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de acordo com o tipo de anestesia: grupo l (n=19)-anestesia peridural sem clonidina; grupo 2(n=21)-peridural com 150 mcg de clonidina; grupo 3(n=19)-raquianestesia sem clonidina;grupo 4(n=21)-raquianestesia com 50 mcg clonidina. A intensidade da dor foi avaliada, por meio de uma escala de analogia visual 8, 12 e 24 horas depois da cirurgia. O uso de vasoconstritores no transoperatório, o consumo de analgésicos 24 horas após a operação e os dados vitais dos pacientes foram registrados. Resultados: A intensidade da dor, 8 horas após a cirurgia, foi menor no grupo 4 em relação aos demais grupos, e significantemente menor no grupo 4 em relação aos grupos 1 e 2, 12 horas (p=0,022; p=0,001) e 24 horas (p=0,03; p=0,003) após a hemorroidectomia. Não houve diferença significante na freqüência do uso de vasoconstritores no transoperatório entre os grupos (p=0,26). A freqüência do uso de analgésicos tendeu a ser maior no grupo de pacientes em que não foi utilizada a clonidina (p=0,06). As anestesias não provocaram alterações imprevistas nos sinais vitais. Conclusões:xiv 1- A anestesia peridural e a raquianestesia com e sem clonidina foram seguras e eficazes; 2- A freqüência do uso de analgésicos no pós-operatório foi menor nas anestesias em que se usou a clonidina; 3- A anestesia raquidiana acrescida com clonidina apresentou melhor eficácia analgésica que as demais; 4- A clonidina contribuiu para diminuir a dor após a hemorroidectomia, quando associada à bupivacaína na raquianestesia.The pain after a hemorroidectomy procedure is a reality in spite of the achievements in the analgesia field. It is the most feared event among the patients, and many steps have been taken to fight this. Objectives 1- Doubling check, in the immediate post-operatory procedure, patientssubmitted to hemorroidectomy, the analgesic efficiency and the safety not only of the epidural anesthesia performed with ropivacaine 0,75% associated or not to the clonidine, but also the arachnidananesthesia with hyperbaric bupivacaine 0,5% associated or not to the clonidine; 2- Comparing the results of anesthesia techniques. Method 80 patients were studied and submitted to hemorroidectomy,distributed randomly into four groups according to the anesthesia type: Group l (n = 19) epidural anesthesia without clonidine; Group 2 (n = 21) epidural with 150mcg of clonidine; Group 3 (n = 19) spinal without clonidine; Group 4 (n = 21) spinal with 50 mcg of clonidine.The intensity of pain was evaluated using a visual scale of analogy 8, 12 and 24 hours after surgery procedure. The use of vasoconstrictor on the trans-operatory, the consumption of analgesics 24 hours after the operation and the vital data of the patients were registered. Results The intensity of pain eight hours after surgery was smaller on the group 4 with regard to the others, and significantly smaller on the group 4 withregard to groups l and 2, 12 hours ( p = 0,022; p = 0,001) and 24 hours ( p = 0,03; p = 0,003) after the hemorroidectomy. There wasn't significant difference on the frequency of the use of vasoconstrictors on the transoperatory among the groups (p = O, 26). The frequency of analgesic usage tended to be bigger on the groups of patients in which the clonidine wasn't used (p = O, 06). The anesthesia doesn't stimulate unexpected alterations on the vital signs. Conclusion 1- The spinal and epidural anesthesia with or without clonidine were safe and effícient; 2- The frequency of the analgesic use in the postoperative one was lesser in anesthesias where if it used the clonidina; 3- The spinal xviianesthesia added with clonidine presented better analgesic efficiency comparing to the others; 4- The clonidine contributed to the reducing of pain after the hemorroidectomy procedure when associated with bupivacaine on the spinal anesthesia.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnalgesia/utilizaçãoDor/prevenção & controleAnalgesia epiduralClonidina/uso terapêuticoResultado de tratamentoAnestesia epiduralPeríodo pós-operatórioRaquianestesiaMedição da dorCirurgiaHemorróidas/cirurgiaDor/prevenção & controleClonidina/uso terapêuticoAnestesia epiduralRaquianestesiaHemorróidas/cirurgiaAnestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomiasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2__parte_disserta__o_mestrado.pdfapplication/pdf316981https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6XKJPV/1/2__parte_disserta__o_mestrado.pdf1fb39cfbe6c084b4ab8463e5d21fc563MD51TEXT2__parte_disserta__o_mestrado.pdf.txt2__parte_disserta__o_mestrado.pdf.txtExtracted texttext/plain120374https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6XKJPV/2/2__parte_disserta__o_mestrado.pdf.txteb1487e5788e3f5ea852b95db8aee743MD521843/ECJS-6XKJPV2019-11-14 03:41:08.039oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-6XKJPVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:41:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
title Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
spellingShingle Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
Joao Florencio de Abreu Baptista
Dor/prevenção & controle
Clonidina/uso terapêutico
Anestesia epidural
Raquianestesia
Hemorróidas/cirurgia
Analgesia/utilização
Dor/prevenção & controle
Analgesia epidural
Clonidina/uso terapêutico
Resultado de tratamento
Anestesia epidural
Período pós-operatório
Raquianestesia
Medição da dor
Cirurgia
Hemorróidas/cirurgia
title_short Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
title_full Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
title_fullStr Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
title_full_unstemmed Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
title_sort Anestesias peridural ou subaracnoideia, com ou sem clonidina, nas hemorroidectomias
author Joao Florencio de Abreu Baptista
author_facet Joao Florencio de Abreu Baptista
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alcino Lazaro da Silva
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Danilo Nagib Salomão Paulo
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Taylor Brandão Schnaider
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Roberto Carlos de Oliveira e Silva
dc.contributor.author.fl_str_mv Joao Florencio de Abreu Baptista
contributor_str_mv Alcino Lazaro da Silva
Danilo Nagib Salomão Paulo
Taylor Brandão Schnaider
Roberto Carlos de Oliveira e Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Dor/prevenção & controle
Clonidina/uso terapêutico
Anestesia epidural
Raquianestesia
Hemorróidas/cirurgia
topic Dor/prevenção & controle
Clonidina/uso terapêutico
Anestesia epidural
Raquianestesia
Hemorróidas/cirurgia
Analgesia/utilização
Dor/prevenção & controle
Analgesia epidural
Clonidina/uso terapêutico
Resultado de tratamento
Anestesia epidural
Período pós-operatório
Raquianestesia
Medição da dor
Cirurgia
Hemorróidas/cirurgia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Analgesia/utilização
Dor/prevenção & controle
Analgesia epidural
Clonidina/uso terapêutico
Resultado de tratamento
Anestesia epidural
Período pós-operatório
Raquianestesia
Medição da dor
Cirurgia
Hemorróidas/cirurgia
description A dor após a hemorroidectomia, a despeito das conquistas no campo da analgesia, é uma realidade. É o evento mais temido pelos pacientes, e várias medidas têm sido utilizadas para combatê-la. Objetivos: l Verificar, no pós-operatório imediato de pacientes submetidos à hemorroidectomia, a eficácia analgésica e a segurança não só da anestesia peridural realizada com ropivacaína 0,75% associada ou não à clonidina, mas também da anestesia raquiana com bupivacaína hiperbárica a 0,5% associada ou não à clonidina; 2- Comparar os resultados dessas técnicas de anestesia. Método: Foram estudados oitenta pacientes, submetidos à hemorroidectomia, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de acordo com o tipo de anestesia: grupo l (n=19)-anestesia peridural sem clonidina; grupo 2(n=21)-peridural com 150 mcg de clonidina; grupo 3(n=19)-raquianestesia sem clonidina;grupo 4(n=21)-raquianestesia com 50 mcg clonidina. A intensidade da dor foi avaliada, por meio de uma escala de analogia visual 8, 12 e 24 horas depois da cirurgia. O uso de vasoconstritores no transoperatório, o consumo de analgésicos 24 horas após a operação e os dados vitais dos pacientes foram registrados. Resultados: A intensidade da dor, 8 horas após a cirurgia, foi menor no grupo 4 em relação aos demais grupos, e significantemente menor no grupo 4 em relação aos grupos 1 e 2, 12 horas (p=0,022; p=0,001) e 24 horas (p=0,03; p=0,003) após a hemorroidectomia. Não houve diferença significante na freqüência do uso de vasoconstritores no transoperatório entre os grupos (p=0,26). A freqüência do uso de analgésicos tendeu a ser maior no grupo de pacientes em que não foi utilizada a clonidina (p=0,06). As anestesias não provocaram alterações imprevistas nos sinais vitais. Conclusões:xiv 1- A anestesia peridural e a raquianestesia com e sem clonidina foram seguras e eficazes; 2- A freqüência do uso de analgésicos no pós-operatório foi menor nas anestesias em que se usou a clonidina; 3- A anestesia raquidiana acrescida com clonidina apresentou melhor eficácia analgésica que as demais; 4- A clonidina contribuiu para diminuir a dor após a hemorroidectomia, quando associada à bupivacaína na raquianestesia.
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006-12-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T20:08:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T20:08:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6XKJPV
url http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6XKJPV
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6XKJPV/1/2__parte_disserta__o_mestrado.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6XKJPV/2/2__parte_disserta__o_mestrado.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1fb39cfbe6c084b4ab8463e5d21fc563
eb1487e5788e3f5ea852b95db8aee743
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676883697336320