Os direitos dos cotistas minoritários de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Péricles Pereira Pinto
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/56012
Resumo: A pergunta principal que norteou a pesquisa ora relatada neste trabalho é se há justificativa para a regulação de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não ter atribuído proteção especial aos cotistas minoritários semelhante à conferida aos acionistas minoritários de sociedade anônima (S.A.), como o tag along e a oferta pública para aquisição de ações em caso de cancelamento de registro e de aumento de participação. Considerando que até 22 de dezembro de 2022, com a edição Resolução CVM n. 175/2022, cotistas de FIDCs somente poderiam ser investidores qualificados e profissionais, admitiu-se como hipótese que a falta de proteção especial para os cotistas minoritários seria explicada, primeiro, pelo fato deles não se qualificarem como sócios, eis que os FIDCs não podem ser considerados como sociedades empresárias para fins de aplicação do regime jurídico societário. Depois, porque a CVM, por meio de sua competência normativa, atribuiu liberdade operacional aos administradores, em troca da instituição de específico e complexo regime jurídico para regular o desenvolvimento das atividades dos FIDCs, aí incluídas regras sobre a disponibilização de informações aos cotistas, a princípio, admitidas como suficientes para protegê-los eis que como investidores qualificados teriam conhecimentos necessários para analisar atos da administração do fundo e contra eles acessar a devida proteção. Para verificar tal hipótese, realizou-se revisão bibliográfica, análise normativa e documental. O resultado do estudo realizado foi distribuído em 4 capítulos, além da introdução, conclusão e referências. Nos capítulos 2 e 3, foram descritos os fundos de investimento e o FIDC, respectivamente, tendo-se delimitado a sua natureza jurídica, as normas a eles aplicáveis, a sua classificação e a sua estrutura administrativa, os direitos dos cotistas em geral e dos minoritários em específico, cuja visualização foi complementada por seis figuras demonstrativas produzidas com base na Resolução CVM n. 175/2022. No capítulo 4, apresentou-se o regime jurídico de proteção dos minoritários de S.A., passando por conceitos como maioria, minoria e poder de controle, pelas justificativas para se proteger as minorias, pelos direitos essenciais e individuais dos acionistas em geral e dos minoritários em específico. No capítulo 5, demonstrou-se, com base nas mapeadas diferenças entre a S.A. e o FIDC, a inaplicabilidade da Lei n. 6.404/1976 a este, apesar de a ele serem aplicáveis os conceitos de maioria, minoria e poder de controle. Ali também restou evidenciado que a pretensa liberdade operacional conferida aos administradores pode não se mostrar real, eis que comumente podem restar vinculados às deliberações dos cotistas controladores, nem sempre preocupados em proteger os minoritários. O ordenamento jurídico brasileiro não deixa o cotista minoritário em total desamparo, eis que ele pode se valer das normas do Direito Civil para judicialmente pleitear reparação de danos sofridos em razão de eventuais atos abusivos praticados por administradores e controladores, além de poder pedir a sua anulação. Observou-se, entretanto, especialmente após a edição da Resolução CVM n. 175/2022, que passou admitir cotistas comuns no FIDC, que tal realidade os coloca em posição prejudicial se comparados aos acionistas minoritários de S.A., pois não contam com mecanismos próprios de proteção dispensados a esses últimos. Assim, refutou-se a hipótese verificada e concluiu-se que a insuficiência da regulação estatal atual para conferir proteção especial aos cotistas minoritários somente se justifica por motivo histórico, não havendo razão lógica que possa explicar tratar diferentemente investidores com posições jurídicas tão semelhantes.
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Considerando que até 22 de dezembro de 2022, com a edição Resolução CVM n. 175/2022, cotistas de FIDCs somente poderiam ser investidores qualificados e profissionais, admitiu-se como hipótese que a falta de proteção especial para os cotistas minoritários seria explicada, primeiro, pelo fato deles não se qualificarem como sócios, eis que os FIDCs não podem ser considerados como sociedades empresárias para fins de aplicação do regime jurídico societário. Depois, porque a CVM, por meio de sua competência normativa, atribuiu liberdade operacional aos administradores, em troca da instituição de específico e complexo regime jurídico para regular o desenvolvimento das atividades dos FIDCs, aí incluídas regras sobre a disponibilização de informações aos cotistas, a princípio, admitidas como suficientes para protegê-los eis que como investidores qualificados teriam conhecimentos necessários para analisar atos da administração do fundo e contra eles acessar a devida proteção. Para verificar tal hipótese, realizou-se revisão bibliográfica, análise normativa e documental. O resultado do estudo realizado foi distribuído em 4 capítulos, além da introdução, conclusão e referências. Nos capítulos 2 e 3, foram descritos os fundos de investimento e o FIDC, respectivamente, tendo-se delimitado a sua natureza jurídica, as normas a eles aplicáveis, a sua classificação e a sua estrutura administrativa, os direitos dos cotistas em geral e dos minoritários em específico, cuja visualização foi complementada por seis figuras demonstrativas produzidas com base na Resolução CVM n. 175/2022. No capítulo 4, apresentou-se o regime jurídico de proteção dos minoritários de S.A., passando por conceitos como maioria, minoria e poder de controle, pelas justificativas para se proteger as minorias, pelos direitos essenciais e individuais dos acionistas em geral e dos minoritários em específico. No capítulo 5, demonstrou-se, com base nas mapeadas diferenças entre a S.A. e o FIDC, a inaplicabilidade da Lei n. 6.404/1976 a este, apesar de a ele serem aplicáveis os conceitos de maioria, minoria e poder de controle. Ali também restou evidenciado que a pretensa liberdade operacional conferida aos administradores pode não se mostrar real, eis que comumente podem restar vinculados às deliberações dos cotistas controladores, nem sempre preocupados em proteger os minoritários. O ordenamento jurídico brasileiro não deixa o cotista minoritário em total desamparo, eis que ele pode se valer das normas do Direito Civil para judicialmente pleitear reparação de danos sofridos em razão de eventuais atos abusivos praticados por administradores e controladores, além de poder pedir a sua anulação. Observou-se, entretanto, especialmente após a edição da Resolução CVM n. 175/2022, que passou admitir cotistas comuns no FIDC, que tal realidade os coloca em posição prejudicial se comparados aos acionistas minoritários de S.A., pois não contam com mecanismos próprios de proteção dispensados a esses últimos. Assim, refutou-se a hipótese verificada e concluiu-se que a insuficiência da regulação estatal atual para conferir proteção especial aos cotistas minoritários somente se justifica por motivo histórico, não havendo razão lógica que possa explicar tratar diferentemente investidores com posições jurídicas tão semelhantes.The main question that guided the research reported in this work is whether there is justification for the regulation of Investment Fund in Credit Rights (FIDC) established by the Brazilian Securities and Exchange Commission (CVM) not having attributed special protection to minority unit holders similar to that granted to minority shareholders of a public company (S.A.), such as tag along rights and public offering for the acquisition of shares in the event of deregistration and increase in shareholding. Considering that until December 22, 2022, with the issuance of CVM Resolution No. 175/2022, FIDC unit holders could only be qualified and professional investors, it was hypothesized that the lack of special protection for minority unit holders would be explained, first, by the fact that they do not qualify as shareholders since FIDCs cannot be considered as business entities for the purpose of applying the corporate legal regime. Secondly, because the CVM, through its normative competence, granted operational freedom to administrators in exchange for the establishment of a specific and complex legal regime to regulate the development of FIDC activities, including rules on the provision of information to unit holders, which were initially deemed sufficient to protect them given that as qualified investors, they would have the necessary knowledge to analyze the fund's administration and access the appropriate protection against them. To test this hypothesis, a literature review, normative analysis, and documentary analysis were conducted. The results of the study were distributed across 4 chapters, in addition to the introduction, conclusion, and references. Chapters 2 and 3 described investment funds and FIDCs, respectively, delimiting their legal nature, the applicable rules, their classification, and their administrative structure, as well as the rights of unit holders in general and minority unit holders specifically, which were further illustrated by six demonstrative figures based on CVM Resolution No. 175/2022. Chapter 4 presented the legal regime for the protection of minority shareholders in public companies, covering concepts such as majority, minority, and control power, justifications for protecting minorities, essential and individual rights of shareholders in general and minority shareholders specifically. Chapter 5 demonstrated, based on the identified differences between public companies and FIDCs, the inapplicability of Law No. 6,404/1976 to the latter, although the concepts of majority, minority, and control power are applicable to them. It was also shown that the alleged operational freedom granted to administrators may not be real, as they often remain bound by the decisions of controlling unit holders who are not always concerned with protecting the minority. The Brazilian legal system does not leave minority unit holders completely unprotected, as they can rely on the provisions of Civil Law to legally claim damages suffered as a result of potential abusive acts by administrators and controllers, as well as request their annulment. However, it was observed, especially after the issuance of CVM Resolution No. 175/2022, which allowed for common unit holders in FIDCs, that this reality puts them in a disadvantageous position when compared to minority shareholders of public companies, as they do not have the same protective mechanisms afforded to the latter. Thus, the verified hypothesis was refuted, and it was concluded that the current insufficiency of the state regulation to provide special protection to minority unit holders is only justified by historical reasons, with no logical reason that can explain treating investors with such similar legal positions differently.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFMGBrasilDIREITO - FACULDADE DE DIREITOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDireito comercialFundos de investimentoSociedade por açõesAcionistasFundos de investimentoFIDCSociedade anônimaAcionistaCotistaMinoritárioOs direitos dos cotistas minoritários de Fundos de Investimento em Direitos Creditóriosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALOs direitos dos cotistas minoritários de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios.pdfOs direitos dos cotistas minoritários de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios.pdfOs direitos dos cotistas minoritários de Fundos de Investimento em Direitos Creditóriosapplication/pdf3160327https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56012/1/Os%20direitos%20dos%20cotistas%20minorit%c3%a1rios%20de%20Fundos%20de%20Investimento%20em%20Direitos%20Credit%c3%b3rios.pdf923b39fdf495145480306afe0f82540aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56012/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56012/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/560122023-07-10 12:43:16.262oai:repositorio.ufmg.br:1843/56012TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-10T15:43:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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