A iniquidade do financiamento nas aquisições de medicamentos - gastos catastróficos e empobrecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabel Cristina Martins Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A5GM9B
Resumo: O sistema de saúde brasileiro possui uma estrutura de financiamento na qual o desembolso direto das famílias tem uma parcela preponderante. Em sistemas de saúde, onde boa parte do financiamento é por desembolso direto, este é considerado iniquitativo, pois os que estão em posições socioeconômicas mais baixas podem ter seu acesso reduzido por não possuírem recursos suficientes. No Brasil, boa parte dos medicamentos é por desembolso direto, representando um componente importante no orçamento da saúde das famílias. Há de se considerar que, parte do acesso a esses medicamentos, é adquirida sem a necessidade do desembolso, ou seja, de forma gratuita. Este estudo tem por objetivo analisar os gastos com medicamentos no orçamento das famílias, a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2002-2003, enfatizando os gastos não monetários de medicamentos. Os gastos não monetários são os que foram adquiridos sem a necessidade de desembolso monetário, ou seja, por doação pública ou privada. Foram estimadas as prevalências de gastos catastróficos (GC) e de empobrecimento das famílias decorrente dos gastos com medicamentos. A construção desses dois indicadores é importante, pois a incidência de GC e de empobrecimento são consequências do financiamento expressivo por desembolso direto. . A fonte de dados foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 e 2002-2003. A principal conclusão do trabalho é que o acesso de medicamentos não monetários, além de permitir que o tratamento médico seja realizado, reduz o impacto orçamentário verificado tanto nos gastos catastróficos como no empobrecimento familiar. No entanto, também se verificou que ainda há significativa prevalência de gastos catastróficos em certos grupos e que estes, portanto, deveriam ter mais acessos pela forma não monetária, reduzindo, assim, a sua alta despesa com a aquisição de medicamentos.
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Este estudo tem por objetivo analisar os gastos com medicamentos no orçamento das famílias, a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2002-2003, enfatizando os gastos não monetários de medicamentos. Os gastos não monetários são os que foram adquiridos sem a necessidade de desembolso monetário, ou seja, por doação pública ou privada. Foram estimadas as prevalências de gastos catastróficos (GC) e de empobrecimento das famílias decorrente dos gastos com medicamentos. A construção desses dois indicadores é importante, pois a incidência de GC e de empobrecimento são consequências do financiamento expressivo por desembolso direto. . A fonte de dados foi a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 e 2002-2003. A principal conclusão do trabalho é que o acesso de medicamentos não monetários, além de permitir que o tratamento médico seja realizado, reduz o impacto orçamentário verificado tanto nos gastos catastróficos como no empobrecimento familiar. No entanto, também se verificou que ainda há significativa prevalência de gastos catastróficos em certos grupos e que estes, portanto, deveriam ter mais acessos pela forma não monetária, reduzindo, assim, a sua alta despesa com a aquisição de medicamentos.The Brazilian health system has a financing structure in which the direct disbursements of families have a majority portion. In health care, where much of the funding is for direct disbursement, this is considered iniquitativo as those in lower socioeconomic positions can have their reduced access because they lack sufficient resources. In Brazil, most of the drugs are by direct disbursement, an important component in the budget of the health of families. One has to consider that part of the access to these drugs is acquired without the need of disbursement, i.e. free of charge. This study aims to analyze the drug spending in the budget of families from the Family Budget Survey (POF) 2008-2009 and 2002-2003 emphasizing the non-monetary costs of medicines. Non-monetary costs are those that have been acquired without the need for monetary disbursement, i.e. by public or private donation. The prevalence of catastrophic expenditures (GC) and impoverishment of families stemming from drug expenditures were estimated. The construction of these two indicators is important because the incidence of GC and impoverishment are the consequences of significant funding for direct disbursement. . The data source was the Consumer Expenditure Survey 2008-2009 and from 2002 to 2003. The main conclusion is that the access of non-cash medicines and allow the medical treatment is carried out, reduces the budgetary impact checked both catastrophic spending as the family impoverishment. However, there is also found that further significant prevalence of certain groups in catastrophic costs and that they should therefore be more accesses by non-monetary form, thereby reducing its high expense for the purchase of drugs.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMedicamentosEconomiaServiços de saúde pública BrasilGastos com medicamentosEquidade no financiamentoGastos catastróficosEmpobrecimentoPolítica de assistência farmaceuticaA iniquidade do financiamento nas aquisições de medicamentos - gastos catastróficos e empobrecimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALteseisabel___vaers_o_final_xerox__2_.pdfapplication/pdf1387186https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A5GM9B/1/teseisabel___vaers_o_final_xerox__2_.pdf2190a48de7b323fe579bd713875bb8a1MD51TEXTteseisabel___vaers_o_final_xerox__2_.pdf.txtteseisabel___vaers_o_final_xerox__2_.pdf.txtExtracted texttext/plain290976https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A5GM9B/2/teseisabel___vaers_o_final_xerox__2_.pdf.txtb66df5bb74eaa9475d391431f693f93cMD521843/BUBD-A5GM9B2019-11-14 09:35:34.503oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A5GM9BRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:35:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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