Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tiago Amancio Novo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-95LNHD
Resumo: O estudo foi realizado no setor meridional do Orógeno Araçuaí e extremo norte do Orógeno Ribeira entre os paralelos 19° e 21°45S, abrangendo região que se distribui pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo foi caracterizar do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí-Ribeira, com ênfase em geocronologia U-Pb (SHRIMP e LA-ICP-MS). O Complexo Pocrane é o foco principal dos estudos sobre o embasamento paleoproterozóico. Constitui uma unidade exclusivamente ortoderivada, composta de hornblenda-biotita gnaisse laminado a bandado, relativamente pouco migmatizado, com termos miloníticos retrometamorfizados. Comumente mostra porfiroclastos de plagioclásio e de agregados quartzo-feldspáticos com golfos de corrosão e/ou bordas serrilhadas, envoltos em matriz fina, além de feições em cristais de zircão que também sugerem corrosão magmática sugerindo que parte do Complexo Pocrane tem gênese vulcânico-vulcanoclástico. Estudo químicos indicam que as rochas deste complexo são peraluminosas a metaluminosas, predominantemente cálcio-alcalinas de médio a alto potássio, e subordinadamente toleíiticas. As grandes similaridades litoquímicas, isotópicas e geocronológicas, além da proximidade geográfica, justificam correlação entre os complexos Juiz de Fora e Pocrane. Neste contexto os complexos Juiz de Fora e Pocrane 15 formaram-se em ambiente de arco de ilhas com afinidade juvenil. Os complexos são contemporâneos (2.08 a 2.19 Ga), mas representam seções crustais diferentes: Pocrane engloba um conjunto mais raso, plutono-vulcânico, e Juiz de Fora plutônico. O magmatismo básico mesoproterozóico é representado por lentes anfibolíticas que ocorrem intercaladas ao gnaisse ortoderivado do Complexo Pocrane. O magmatismo básico marca dois eventos tafrogênicos relacionados a rifteamento continental; um durante o Calimiano outro no Esteniano. Ainda no Esteniano tem-se a deposição do Quartzito Córrego Ubá, interpretado como evidência de uma bacia precursora da Orogenia Brasiliana, no domínio do Arco Magmático Rio Doce; a idade máxima de deposição obtida para esta unidade foi de 1176 ± 21 Ma, sugerindo uma bacia relacionada ao evento distensivo esteniano. As unidades Neoproterozóicas que ocorrem na região da tese são relacionadas ao Arco Magmático Rio Doce, cuja porção plutônica é representada pela Supersuíte G1, que inclui granitos (s.l.), migmatitos e gnaisses, a biotita e hornblenda; além das rochas charnockíticas da Suíte Divino. O Grupo Rio Doce foi caracterizado como unidade metavulcano-sedimentar compondo as bacias relacionadas ao arco e rocha vulcânicas. A porção plutônica do arco é dada por suítes cálcio-alcalinas geradas em ambiente de margem continental ativa com forte envolvimento de crosta continental paleoproterozóica. As idades obtidas para as rochas da Supersuíte G1 variam entre 586 Ma e 621 Ma. A cobertura vulcano-sedimentar do Arco Rio Doce é representada pelo grupo homônimo. A Formação Palmital do Sul é composta por granada-biotita xisto interpretado como porção proximal do arco, cujo protólito seria pelito. A Formação São Tomé é composta por estaurolita-biotita xisto que representaria uma fase pouco mais distal do arco, com a diminuição da energia de sedimentação onde seriam depositados sedimentos silto-argilosos. A Formação João Pinto marca um aumento na energia de sedimentação que se dá em ambiente marinho plataformal em clima quente, propícia à deposição do quartzo arenito com intercalações de arenito micáceo e arcoseano. Depósitos piroclásticos representados por tufos ricos em fração lapilli, com bombas vulcânicas esparsas, representam edifícios vulcânicos explosivo, associados à deposição sedimentar do Grupo Rio Doce.
id UFMG_b613288c55d93d5227290fcd53bc89e0
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-95LNHD
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antonio Carlos Pedrosa SoaresIvo Antonio DussinAntonio Gilberto CostaColombo Celso Gaeta TassinariMonica da Costa Pereira Lavalle HeilbronHanna Jordt EvangelistaTiago Amancio Novo2019-08-10T02:09:06Z2019-08-10T02:09:06Z2013-02-28http://hdl.handle.net/1843/MPBB-95LNHDO estudo foi realizado no setor meridional do Orógeno Araçuaí e extremo norte do Orógeno Ribeira entre os paralelos 19° e 21°45S, abrangendo região que se distribui pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo foi caracterizar do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí-Ribeira, com ênfase em geocronologia U-Pb (SHRIMP e LA-ICP-MS). O Complexo Pocrane é o foco principal dos estudos sobre o embasamento paleoproterozóico. Constitui uma unidade exclusivamente ortoderivada, composta de hornblenda-biotita gnaisse laminado a bandado, relativamente pouco migmatizado, com termos miloníticos retrometamorfizados. Comumente mostra porfiroclastos de plagioclásio e de agregados quartzo-feldspáticos com golfos de corrosão e/ou bordas serrilhadas, envoltos em matriz fina, além de feições em cristais de zircão que também sugerem corrosão magmática sugerindo que parte do Complexo Pocrane tem gênese vulcânico-vulcanoclástico. Estudo químicos indicam que as rochas deste complexo são peraluminosas a metaluminosas, predominantemente cálcio-alcalinas de médio a alto potássio, e subordinadamente toleíiticas. As grandes similaridades litoquímicas, isotópicas e geocronológicas, além da proximidade geográfica, justificam correlação entre os complexos Juiz de Fora e Pocrane. Neste contexto os complexos Juiz de Fora e Pocrane 15 formaram-se em ambiente de arco de ilhas com afinidade juvenil. Os complexos são contemporâneos (2.08 a 2.19 Ga), mas representam seções crustais diferentes: Pocrane engloba um conjunto mais raso, plutono-vulcânico, e Juiz de Fora plutônico. O magmatismo básico mesoproterozóico é representado por lentes anfibolíticas que ocorrem intercaladas ao gnaisse ortoderivado do Complexo Pocrane. O magmatismo básico marca dois eventos tafrogênicos relacionados a rifteamento continental; um durante o Calimiano outro no Esteniano. Ainda no Esteniano tem-se a deposição do Quartzito Córrego Ubá, interpretado como evidência de uma bacia precursora da Orogenia Brasiliana, no domínio do Arco Magmático Rio Doce; a idade máxima de deposição obtida para esta unidade foi de 1176 ± 21 Ma, sugerindo uma bacia relacionada ao evento distensivo esteniano. As unidades Neoproterozóicas que ocorrem na região da tese são relacionadas ao Arco Magmático Rio Doce, cuja porção plutônica é representada pela Supersuíte G1, que inclui granitos (s.l.), migmatitos e gnaisses, a biotita e hornblenda; além das rochas charnockíticas da Suíte Divino. O Grupo Rio Doce foi caracterizado como unidade metavulcano-sedimentar compondo as bacias relacionadas ao arco e rocha vulcânicas. A porção plutônica do arco é dada por suítes cálcio-alcalinas geradas em ambiente de margem continental ativa com forte envolvimento de crosta continental paleoproterozóica. As idades obtidas para as rochas da Supersuíte G1 variam entre 586 Ma e 621 Ma. A cobertura vulcano-sedimentar do Arco Rio Doce é representada pelo grupo homônimo. A Formação Palmital do Sul é composta por granada-biotita xisto interpretado como porção proximal do arco, cujo protólito seria pelito. A Formação São Tomé é composta por estaurolita-biotita xisto que representaria uma fase pouco mais distal do arco, com a diminuição da energia de sedimentação onde seriam depositados sedimentos silto-argilosos. A Formação João Pinto marca um aumento na energia de sedimentação que se dá em ambiente marinho plataformal em clima quente, propícia à deposição do quartzo arenito com intercalações de arenito micáceo e arcoseano. Depósitos piroclásticos representados por tufos ricos em fração lapilli, com bombas vulcânicas esparsas, representam edifícios vulcânicos explosivo, associados à deposição sedimentar do Grupo Rio Doce.The study was conducted in the southern sector of the orogen Araçuaí and extreme north of Ribeira Orogen between parallels 19 ° and 21 ° 45'S, covering a region that is distributed by the states of Minas Gerais, Rio de Janeiro and Espirito Santo. The objective was to characterize the Pocrane Complex, Mesoproterozoic basic magmatism and Neoproterozoic units in the Ribeira-Araçuaí System, with emphasis on U-Pb geochronology (SHRIMP e LA-ICP-MS). The Pocrane Complex is the main focus of the Paleoproterozoic basement studies. It is an orthoderived unit composed of banded hornblende-biotite gneiss, relatively little migmatised with mylonitic terms. Commonly shows porphyroclasts of plagioclase and quartz-feldspathic aggregates with corrosion gulfs and / or jagged edges, wrapped in fine array, suggesting that part of the Pocrane Complex has volcanic -volcanoclastic genesis. Chemical study indicate that the rocks of this complex are peraluminous to metaluminous, predominantly calc-alkaline medium to high potassium, and subordinately tol heitic. The great chemical, isotopic and geochronological similarities, beyond geographic proximity, justify correlation between the Pocrane Complex and Juiz de For a Complex. In this context the Juiz de Fora Complex and Pocrane Complex formed in island arc environment. The complexes are contemporary (2,08 to 2,19 Ga), but represent different crustal sections: Pocrane encompasses a more shallow plutonic-volcanic, and Juiz de Fora is only plutonic. The Mesoproterozoic basic magmatism is represented by amphibolitic lenses that occur interspersed in the Pocrane Complex gneiss. The basic magmatism mark two taphrogenic events related to continental rifting; one during Calimian another in Estenian. Still in Esteniano has the deposition of Córrego Uba Quartzite, interpreted as evidence of a precursor basin of Brasiliana Orogeny in the field of Rio Doce Magmatic Arc, the maximum age of deposition for this unit was 1176 ± 21 Ma, suggesting a extensional basin related to the estenian event. The Neoproterozoic units that occur in the region of the thesis are related to the Rio Doce Magmatic Arc, whose plutonic portion is represented by G1 Supersuit, which includes granites (sl), migmatites and gneisses, with biotite and hornblende, and the charnockitic rocks of the Divino Suit. Rio Doce Group was characterized as metavolcano-sedimentary unit composed by arc-related basins and volcanic rock. The plutonic portion of the arc is given by calc-alkaline suites generated in active continental margin environment with strong involvement of Paleoproterozoic continental crust. The ages obtained for the rocks of G1 Supersuit vary between 586 Ma and 621 Ma. The volcano-sedimentary coverage is represented by the Rio Doce Group. Palmital do Sul Formation consists of garnet-biotite schist interpreted as proximal arch, which pelitic protolith. The São Tomé Formation consists of staurolite-biotite schist which represents a phase bit more distal of the arch, with decreasing of sedimentation energy where would be deposited silt-clay sediments. João Pinto Formation marks an increase in energy of sedimentation that occurs in the plataformal marine environment in hot weather, conducive to deposition of quartz sandstone interbedded with micaceous and arcosean sandstone. Pyroclastic deposits represented by tuffs rich in lapilli fraction, with sparse volcanic bombs represent explosive volcanic buildings, associated with the sedimentary deposition of the Rio Doce Group.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTempo geologicoRochas igneas  Arco magmáticoMagmatismoProcraneCaracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALnovo2013.pdfapplication/pdf13741873https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-95LNHD/1/novo2013.pdf52bfabf5fe872a01528bec794f0a677aMD51TEXTnovo2013.pdf.txtnovo2013.pdf.txtExtracted texttext/plain311720https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-95LNHD/2/novo2013.pdf.txt02b6163fb0028b3a2be74130c11ca482MD521843/MPBB-95LNHD2019-11-14 07:25:49.89oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-95LNHDRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:25:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
title Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
spellingShingle Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
Tiago Amancio Novo
Arco magmático
Magmatismo
Procrane
Tempo geologico
Rochas igneas  
title_short Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
title_full Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
title_fullStr Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
title_full_unstemmed Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
title_sort Caracterização do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí Ribeira, com ênfase em geocronologia U Pb (SHRIMP e LA ICP MS)
author Tiago Amancio Novo
author_facet Tiago Amancio Novo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antonio Carlos Pedrosa Soares
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ivo Antonio Dussin
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Antonio Gilberto Costa
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Colombo Celso Gaeta Tassinari
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Hanna Jordt Evangelista
dc.contributor.author.fl_str_mv Tiago Amancio Novo
contributor_str_mv Antonio Carlos Pedrosa Soares
Ivo Antonio Dussin
Antonio Gilberto Costa
Colombo Celso Gaeta Tassinari
Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron
Hanna Jordt Evangelista
dc.subject.por.fl_str_mv Arco magmático
Magmatismo
Procrane
topic Arco magmático
Magmatismo
Procrane
Tempo geologico
Rochas igneas  
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Tempo geologico
Rochas igneas  
description O estudo foi realizado no setor meridional do Orógeno Araçuaí e extremo norte do Orógeno Ribeira entre os paralelos 19° e 21°45S, abrangendo região que se distribui pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O objetivo foi caracterizar do Complexo Pocrane, magmatismo básico mesoproterozóico e unidades neoproterozóicas do Sistema Araçuaí-Ribeira, com ênfase em geocronologia U-Pb (SHRIMP e LA-ICP-MS). O Complexo Pocrane é o foco principal dos estudos sobre o embasamento paleoproterozóico. Constitui uma unidade exclusivamente ortoderivada, composta de hornblenda-biotita gnaisse laminado a bandado, relativamente pouco migmatizado, com termos miloníticos retrometamorfizados. Comumente mostra porfiroclastos de plagioclásio e de agregados quartzo-feldspáticos com golfos de corrosão e/ou bordas serrilhadas, envoltos em matriz fina, além de feições em cristais de zircão que também sugerem corrosão magmática sugerindo que parte do Complexo Pocrane tem gênese vulcânico-vulcanoclástico. Estudo químicos indicam que as rochas deste complexo são peraluminosas a metaluminosas, predominantemente cálcio-alcalinas de médio a alto potássio, e subordinadamente toleíiticas. As grandes similaridades litoquímicas, isotópicas e geocronológicas, além da proximidade geográfica, justificam correlação entre os complexos Juiz de Fora e Pocrane. Neste contexto os complexos Juiz de Fora e Pocrane 15 formaram-se em ambiente de arco de ilhas com afinidade juvenil. Os complexos são contemporâneos (2.08 a 2.19 Ga), mas representam seções crustais diferentes: Pocrane engloba um conjunto mais raso, plutono-vulcânico, e Juiz de Fora plutônico. O magmatismo básico mesoproterozóico é representado por lentes anfibolíticas que ocorrem intercaladas ao gnaisse ortoderivado do Complexo Pocrane. O magmatismo básico marca dois eventos tafrogênicos relacionados a rifteamento continental; um durante o Calimiano outro no Esteniano. Ainda no Esteniano tem-se a deposição do Quartzito Córrego Ubá, interpretado como evidência de uma bacia precursora da Orogenia Brasiliana, no domínio do Arco Magmático Rio Doce; a idade máxima de deposição obtida para esta unidade foi de 1176 ± 21 Ma, sugerindo uma bacia relacionada ao evento distensivo esteniano. As unidades Neoproterozóicas que ocorrem na região da tese são relacionadas ao Arco Magmático Rio Doce, cuja porção plutônica é representada pela Supersuíte G1, que inclui granitos (s.l.), migmatitos e gnaisses, a biotita e hornblenda; além das rochas charnockíticas da Suíte Divino. O Grupo Rio Doce foi caracterizado como unidade metavulcano-sedimentar compondo as bacias relacionadas ao arco e rocha vulcânicas. A porção plutônica do arco é dada por suítes cálcio-alcalinas geradas em ambiente de margem continental ativa com forte envolvimento de crosta continental paleoproterozóica. As idades obtidas para as rochas da Supersuíte G1 variam entre 586 Ma e 621 Ma. A cobertura vulcano-sedimentar do Arco Rio Doce é representada pelo grupo homônimo. A Formação Palmital do Sul é composta por granada-biotita xisto interpretado como porção proximal do arco, cujo protólito seria pelito. A Formação São Tomé é composta por estaurolita-biotita xisto que representaria uma fase pouco mais distal do arco, com a diminuição da energia de sedimentação onde seriam depositados sedimentos silto-argilosos. A Formação João Pinto marca um aumento na energia de sedimentação que se dá em ambiente marinho plataformal em clima quente, propícia à deposição do quartzo arenito com intercalações de arenito micáceo e arcoseano. Depósitos piroclásticos representados por tufos ricos em fração lapilli, com bombas vulcânicas esparsas, representam edifícios vulcânicos explosivo, associados à deposição sedimentar do Grupo Rio Doce.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-02-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T02:09:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T02:09:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/MPBB-95LNHD
url http://hdl.handle.net/1843/MPBB-95LNHD
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-95LNHD/1/novo2013.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-95LNHD/2/novo2013.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 52bfabf5fe872a01528bec794f0a677a
02b6163fb0028b3a2be74130c11ca482
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797970948764205056