Caracterização dos pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide juvenildo Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG, com avaliação dos fatores determinantes do prognóstico
Main Author: | |
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Publication Date: | 2006 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFMG |
Download full: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72EP5N |
Summary: | ocorre em crianças abaixo dos 16 anos de idade e persiste por um mínimo de seis semanas, afastadas outras moléstias que levem ao acometimento articular. É, no primeiro mundo, a doença reumática mais comum na infância e uma das doenças crônicas mais freqüentes nesta faixa etária. No Brasil não existe qualquer estudo epidemiológico. Não é uma doença benigna e freqüentemente se prolonga pela vida adulta, gerando incapacidades secundárias, entre as quais descrevem-se os aspectos psicossociais, o aproveitamento escolar sub-ótimo, ajustamento psicossocial precário, problemas familiares e dificuldades financeiras. Deve-se ressaltar que as dificuldades secundárias não estão diretamente relacionadas à gravidade da artrite.Objetivos: Descrever o perfil clínico e demográfico dos pacientes com diagnóstico de ARJ que são acompanhados no Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCl UFMG), em suas variadas formas de apresentação, avaliar o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico definitivo e descrever a incidência de marcadores sorológicos (fator reumatóide, fator antinuclear, HLA B27), avaliando-se fatores determinantes do prognóstico. Pacientes e Métodos: Estudo populacional descritivo transversal. Estudados 72 paciente que compareceram à consultas regulares no período durante o qual o estudo foi realizado, após assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. Utilizou-se protocolos padronizados, elaborados para a coleta dos dados, além do preenchimento, do Childhood Health Assessement Questionnaire, o CHAQ. Dados sociodemográficos foram comparados com fontes públicas de dados semelhantes, como encontrados nos sites do IBGE e do IPEA. Para a análise estatística de variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado, variáveis contínuas foram analisadas através do este t de Student. O nível de significância foi de 95%. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS para Windows versão 8.0. Resultados: Trinta e cinco pacientes do sexo feminino (48,6%) e 37 (51,4%) do sexo masculino. A idade no momento da entrevista máxima de 348 meses (29 anos) e mínima de 31 meses, mediana de 165,0 meses. Vinte e três residiam em Belo Horizonte, 47 em cidades do interior do estado de Minas Gerais e dois no Estado da Bahia. Dois pacientes (2,8%) moravam apenas com o pai, sete pacientes (9,7%) viviam com amigos e ou familiares, 14 (19,4%) apenas com a mãe, e 49 (68,1)% com ambos os progenitores. Sessenta e um dos entrevistados informaram sobre a renda familiar: mínima, R$0,00 (0,0 SM), máxima: R$4.000,00 (16,67 SM), mediana de R$500,00 (2,08 salários mínimos), média de R$ 734,41 (3,06 SM). Valores per capita: máximo de R$1333,33 (5,56SM per capita) e mínimo de R$0,00 (0,00SM per capita), mediana R$133,30 (0,56 SM per capita). A idade mínima ao diagnóstico definitivo foi de 15 meses e a máxima de 205 meses, mediana de 80 meses. Trinta e dois pacientes (44,4%) presentaram-se como oligoarticulares, 17 (23,6%) como poliarticulares e 23 (31,9%) tiveram início sistêmico. O tempo mínimo de evolução na série foi de oito meses e o máximo de 264 meses, média de 85 meses e mediana de 67 meses. Vinte e três pacientes, 31,9% foram admitidos com o diagnóstico de artrite a esclarecer, enquanto 15 (20,8%) tinham o diagnóstico de febre a esclarecer e 14 (19,4%) de febre reumática. O retardo ao diagnóstico variou de 1 a 49 meses, com mediana de oito meses. Sessenta e oito dos 72 pacientes foram avaliados no Serviço de Uveítes do Hospital São Geraldo. Identificou-se uveíte anterior crônica em apenas quatro deles (5,6%), todas do sexo feminino (p= 0,034) e FAN positivo (p=0,003). A pesquisa do fator reumatóide foi positiva em dez dos 72 pacientes investigados. A pesquisa do HLA B27 foi realizada em 24 dos 72 pacientes e em três deles (12,5%) foi positiva, todos do sexo masculino. O CHAQ, realizado em todos os entrevistados, evidenciou, para o índice de incapacidade, média de 0,32, mediana de 0,13. O Índice de Desconforto, medido pela escala de dor analógica de 100 milímetros (VAS) teve a média de 1,05, a mediana de 0,5. Aferiu-se relação estatisticamente significativa com o Índice de Incapacidade e os seguintes parâmetros: forma de início da doença (p=0,008), a idade ao diagnóstico (p=0,000), retardo diagnóstico (p=0,000), a idade atual do paciente estudado (p=0,000), VHS elevada ao diagnóstico (p=0,000), plaquetose ao diagnóstico (p=0,000), tempo de evolução da doença (p=0,000), renda familiar total aferida em salários mínimos (p=0,000), uso atual de medicamentos (p=0,018), uso de antidepressivos (p=0,032). O Índice de Desconforto foi significativamente afetado por: idade de início (p=0,001), forma de início da doença (p=0,014), companhia doméstica (p=0,001), uso de antidepressivos (p=0,05) e plaquetose ao diagnóstico (p=0,009). Conclusão: A maioria dos pacientes do presente estudo (68%) reside fora de Belo Horizonte, evidenciando a condição de referência para todo o Estado de Minas Gerais e até para o Estado da Bahia do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Trinta e sete por cento dos informantes foram classificados como miseráveis, com renda per capita menor que R$108,00, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde. Sessenta e sete por cento dos pacientes analisados vivem com ambos os progenitores. A interpretação do acima relatado nos leva a inferir que são determinantes para o bem-estar destes pacientes: fatores intrínsecos à doença - sua forma de início e idade ao início, assim como a intensidade da atividade inflamatória inicial refletida pela avaliação da VHS e contagem plaquetária, fatores ligados ao tratamento, como o retardo ao diagnóstico e utilização de medicamentos, bem como fatores psicossociais: a renda e a estruturação familiar. Assim, ao se pensar no prognóstico do paciente com ARJ, deve-se considerar a criança/adolescente como um indivíduo, e não como um paciente apenas, considerando não apenas suas necessidades médicas, mas suas necessidades, suas carências e anseios pessoais. Uma vez que o tratamento não só medicamentoso, mas multidisciplinar está indicado, o ideal seria a estruturação de serviços de Reumatologia Pediátrica, com profissionais das mais diversas áreas, respaldados por instituições hospitalares e de apoio ambulatorial eficientes, além do fornecimento regular de medicamentos pelas agências governamentais, para a melhoria definitiva das perspectivas destes a médio e longo prazo. |
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Marco Antonio P de CarvalhoJorge Andrade PintoCristina Costa Duarte LannaCarlos Henrique Martins da SilvaFlavia Patricia Sena Teixeira Santos2019-08-11T04:20:04Z2019-08-11T04:20:04Z2006-06-02http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72EP5Nocorre em crianças abaixo dos 16 anos de idade e persiste por um mínimo de seis semanas, afastadas outras moléstias que levem ao acometimento articular. É, no primeiro mundo, a doença reumática mais comum na infância e uma das doenças crônicas mais freqüentes nesta faixa etária. No Brasil não existe qualquer estudo epidemiológico. Não é uma doença benigna e freqüentemente se prolonga pela vida adulta, gerando incapacidades secundárias, entre as quais descrevem-se os aspectos psicossociais, o aproveitamento escolar sub-ótimo, ajustamento psicossocial precário, problemas familiares e dificuldades financeiras. Deve-se ressaltar que as dificuldades secundárias não estão diretamente relacionadas à gravidade da artrite.Objetivos: Descrever o perfil clínico e demográfico dos pacientes com diagnóstico de ARJ que são acompanhados no Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCl UFMG), em suas variadas formas de apresentação, avaliar o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico definitivo e descrever a incidência de marcadores sorológicos (fator reumatóide, fator antinuclear, HLA B27), avaliando-se fatores determinantes do prognóstico. Pacientes e Métodos: Estudo populacional descritivo transversal. Estudados 72 paciente que compareceram à consultas regulares no período durante o qual o estudo foi realizado, após assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. Utilizou-se protocolos padronizados, elaborados para a coleta dos dados, além do preenchimento, do Childhood Health Assessement Questionnaire, o CHAQ. Dados sociodemográficos foram comparados com fontes públicas de dados semelhantes, como encontrados nos sites do IBGE e do IPEA. Para a análise estatística de variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado, variáveis contínuas foram analisadas através do este t de Student. O nível de significância foi de 95%. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS para Windows versão 8.0. Resultados: Trinta e cinco pacientes do sexo feminino (48,6%) e 37 (51,4%) do sexo masculino. A idade no momento da entrevista máxima de 348 meses (29 anos) e mínima de 31 meses, mediana de 165,0 meses. Vinte e três residiam em Belo Horizonte, 47 em cidades do interior do estado de Minas Gerais e dois no Estado da Bahia. Dois pacientes (2,8%) moravam apenas com o pai, sete pacientes (9,7%) viviam com amigos e ou familiares, 14 (19,4%) apenas com a mãe, e 49 (68,1)% com ambos os progenitores. Sessenta e um dos entrevistados informaram sobre a renda familiar: mínima, R$0,00 (0,0 SM), máxima: R$4.000,00 (16,67 SM), mediana de R$500,00 (2,08 salários mínimos), média de R$ 734,41 (3,06 SM). Valores per capita: máximo de R$1333,33 (5,56SM per capita) e mínimo de R$0,00 (0,00SM per capita), mediana R$133,30 (0,56 SM per capita). A idade mínima ao diagnóstico definitivo foi de 15 meses e a máxima de 205 meses, mediana de 80 meses. Trinta e dois pacientes (44,4%) presentaram-se como oligoarticulares, 17 (23,6%) como poliarticulares e 23 (31,9%) tiveram início sistêmico. O tempo mínimo de evolução na série foi de oito meses e o máximo de 264 meses, média de 85 meses e mediana de 67 meses. Vinte e três pacientes, 31,9% foram admitidos com o diagnóstico de artrite a esclarecer, enquanto 15 (20,8%) tinham o diagnóstico de febre a esclarecer e 14 (19,4%) de febre reumática. O retardo ao diagnóstico variou de 1 a 49 meses, com mediana de oito meses. Sessenta e oito dos 72 pacientes foram avaliados no Serviço de Uveítes do Hospital São Geraldo. Identificou-se uveíte anterior crônica em apenas quatro deles (5,6%), todas do sexo feminino (p= 0,034) e FAN positivo (p=0,003). A pesquisa do fator reumatóide foi positiva em dez dos 72 pacientes investigados. A pesquisa do HLA B27 foi realizada em 24 dos 72 pacientes e em três deles (12,5%) foi positiva, todos do sexo masculino. O CHAQ, realizado em todos os entrevistados, evidenciou, para o índice de incapacidade, média de 0,32, mediana de 0,13. O Índice de Desconforto, medido pela escala de dor analógica de 100 milímetros (VAS) teve a média de 1,05, a mediana de 0,5. Aferiu-se relação estatisticamente significativa com o Índice de Incapacidade e os seguintes parâmetros: forma de início da doença (p=0,008), a idade ao diagnóstico (p=0,000), retardo diagnóstico (p=0,000), a idade atual do paciente estudado (p=0,000), VHS elevada ao diagnóstico (p=0,000), plaquetose ao diagnóstico (p=0,000), tempo de evolução da doença (p=0,000), renda familiar total aferida em salários mínimos (p=0,000), uso atual de medicamentos (p=0,018), uso de antidepressivos (p=0,032). O Índice de Desconforto foi significativamente afetado por: idade de início (p=0,001), forma de início da doença (p=0,014), companhia doméstica (p=0,001), uso de antidepressivos (p=0,05) e plaquetose ao diagnóstico (p=0,009). Conclusão: A maioria dos pacientes do presente estudo (68%) reside fora de Belo Horizonte, evidenciando a condição de referência para todo o Estado de Minas Gerais e até para o Estado da Bahia do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Trinta e sete por cento dos informantes foram classificados como miseráveis, com renda per capita menor que R$108,00, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde. Sessenta e sete por cento dos pacientes analisados vivem com ambos os progenitores. A interpretação do acima relatado nos leva a inferir que são determinantes para o bem-estar destes pacientes: fatores intrínsecos à doença - sua forma de início e idade ao início, assim como a intensidade da atividade inflamatória inicial refletida pela avaliação da VHS e contagem plaquetária, fatores ligados ao tratamento, como o retardo ao diagnóstico e utilização de medicamentos, bem como fatores psicossociais: a renda e a estruturação familiar. Assim, ao se pensar no prognóstico do paciente com ARJ, deve-se considerar a criança/adolescente como um indivíduo, e não como um paciente apenas, considerando não apenas suas necessidades médicas, mas suas necessidades, suas carências e anseios pessoais. Uma vez que o tratamento não só medicamentoso, mas multidisciplinar está indicado, o ideal seria a estruturação de serviços de Reumatologia Pediátrica, com profissionais das mais diversas áreas, respaldados por instituições hospitalares e de apoio ambulatorial eficientes, além do fornecimento regular de medicamentos pelas agências governamentais, para a melhoria definitiva das perspectivas destes a médio e longo prazo.Introduction: Juvenile Rheumatoid Artrhitis (JRA) is the disease caracterized by arthritis which hapens in children under 16 years old and persists for, at least, six weeks, after withdrawing other diseases that manifest with joint envolvment. In the developed world is the comonest rheumatic disease in chidlhood and one of the most frequent cronic disease at this age. There are any epidemiologic studies in Brasil. JRA is not a benin disease. It may extend itself through the adulthood, and causes secondary disablement such low psychosocial adjustment, familiary problems and financial difficulties. We must emphasize that the secondary disablement aren`t directly connected to the severity of the disease. Objectives: To discribe the clinic and demographic profile of the patients with JRA that were followed in the Rheumatology Service of Clinical Hospital of Federal University of Minas Gerais in all of its forms of presentation, evaluate the time between the begining of the simptoms and the diagnosis and describe the incidence of sorologic markers such rheumatoid factor and antinuclear factor, evaluating factors of prognosis.Patiens and methods: Populational descriptive transversal study; It was used standards protocols, that were elaborate just for the study and the Childhood Health Assessement Questionnaire, o CHAQ. The sociodemographic data were compared with data found in IBGE and IPEA sites. Statistical calculations were performed using SPSS for Windows software, version 8.0. Results: We studied 72 patients, 35 female (48,6%) and 37 (51,4%) male. The maximum age at the interview were 348 months and the minimum were 31. Twenty three of the patients used to live in Belo Horizonte and 49 (68,1)% used to live with their father and mother. The minimum familiar income were R$0,00 (0,0 Minimum salary) (MS) and maximum R$4.000,00 (16,67 MS). Thirty seven per cent of the patients were classified as miserable according to the Mundial Health Organization parameters. The age at diagnosis range to 15 months to 205 months. Thirty two of the patiens were oligoarticulares (44,4%), 17 (23,6%) were polyarticular and 23 (31,9%) were systemic. The time of duration of the disease ranged to eight months to 264 months. The diagnosis at the admission were unknown arthritis in twenty three (31,9%) of the patiens, unknown fever in 15 (20,8%) and in 14 (19,4%) it were rheumatic fever. Sixty seven per cent of the patiens live with both father and mother. The average of CHAQ`s disability index was 0,32 and of the disconfort index was 1,05. There were relationship between disability index and the type of onset (p=0,008), the age at the begining of the diseases (p=0,000), the delay of the diagnosis, (p=0,000), the age of the patient at the moment of the interview (p=0,000), the righ erytrocite sedimentation rate at admission (p=0,000), high platelet count at admission (p=0,000), the length of time of the disease (p=0,000), the total familiar income (p=0,000), the use of drugs at the moment at the interview (p=0,018), especially the use of antidrepressants (p=0,032). The disconfort index was positively affected by the age of onset, (p=0,001), the type of onset (p=0,014), the domestic companionship (p=0,0of 0), the use of antidrepressants (p=0,05) and the high platelet count at admission (p=0,009). Conclusions: The majority of the patients (68%) live out of Belo Horizonte, showing that the Rheumatology Hospital das Clínicas da UFMG is a reference Service for all Minas Gerais and even to Bahia state. We may conclude that factors inherent associated to the disease as the type and the age of the child at its onset and the intensity of the inflamatory activity, reflected by the erytrocite sedimentation rate and the high platelet count, factors associated with the treatment: the use of medicines and the delay of the diagnosis and psychosocial factors as familiar income and the familiar structure are determinant for the well being of those children. So, thinking about the prognosis of the pacient with JRA we must consider the child/adolescent as a human being, not as just a patient, considering not just his/her medical needs, but his/her personal needs, and desires. Since the multidisciplinary treatment is mandatory the ideal situation is the structure of the Pediatric Rheumatology Services with differents professionals within the of efficient hospitalar and ambulatorial structures and the regular supplying of medicines by the governamental agencies due to the definitive improvement of the prognosis of those children.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCegueira/complicaçõesPrognósticoFatores socioeconômicosAnticorpos antinuclearesDepressão/complicaçõesAdolescenteAntígeno HLA-B27Artrite reumatóide juvenil/epidemiologiaContagem de plaquetasAdultoPré-escolarSedimentação sanguíneaFator reumatóideArtrite reumatóide juvenil/complicaçõesArtrite reumatóide juvenil/classificaçãoCriançaArtrite reumatóide juvenilFatores determinantesPrognósticoCaracterização dos pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide juvenildo Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG, com avaliação dos fatores determinantes do prognósticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALfl_via_patr_cia_sena_teixeira_santos.pdfapplication/pdf591960https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72EP5N/1/fl_via_patr_cia_sena_teixeira_santos.pdfd97e6e4e791dec82e38eff43ae98a758MD51TEXTfl_via_patr_cia_sena_teixeira_santos.pdf.txtfl_via_patr_cia_sena_teixeira_santos.pdf.txtExtracted texttext/plain179265https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-72EP5N/2/fl_via_patr_cia_sena_teixeira_santos.pdf.txt9b5ba67c3ca1f0930b5c32b31f4b4274MD521843/ECJS-72EP5N2019-11-14 10:16:39.868oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-72EP5NRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:16:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Caracterização dos pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide juvenildo Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG, com avaliação dos fatores determinantes do prognóstico Flavia Patricia Sena Teixeira Santos Artrite reumatóide juvenil Fatores determinantes Prognóstico Cegueira/complicações Prognóstico Fatores socioeconômicos Anticorpos antinucleares Depressão/complicações Adolescente Antígeno HLA-B27 Artrite reumatóide juvenil/epidemiologia Contagem de plaquetas Adulto Pré-escolar Sedimentação sanguínea Fator reumatóide Artrite reumatóide juvenil/complicações Artrite reumatóide juvenil/classificação Criança |
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ocorre em crianças abaixo dos 16 anos de idade e persiste por um mínimo de seis semanas, afastadas outras moléstias que levem ao acometimento articular. É, no primeiro mundo, a doença reumática mais comum na infância e uma das doenças crônicas mais freqüentes nesta faixa etária. No Brasil não existe qualquer estudo epidemiológico. Não é uma doença benigna e freqüentemente se prolonga pela vida adulta, gerando incapacidades secundárias, entre as quais descrevem-se os aspectos psicossociais, o aproveitamento escolar sub-ótimo, ajustamento psicossocial precário, problemas familiares e dificuldades financeiras. Deve-se ressaltar que as dificuldades secundárias não estão diretamente relacionadas à gravidade da artrite.Objetivos: Descrever o perfil clínico e demográfico dos pacientes com diagnóstico de ARJ que são acompanhados no Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HCl UFMG), em suas variadas formas de apresentação, avaliar o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico definitivo e descrever a incidência de marcadores sorológicos (fator reumatóide, fator antinuclear, HLA B27), avaliando-se fatores determinantes do prognóstico. Pacientes e Métodos: Estudo populacional descritivo transversal. Estudados 72 paciente que compareceram à consultas regulares no período durante o qual o estudo foi realizado, após assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. Utilizou-se protocolos padronizados, elaborados para a coleta dos dados, além do preenchimento, do Childhood Health Assessement Questionnaire, o CHAQ. Dados sociodemográficos foram comparados com fontes públicas de dados semelhantes, como encontrados nos sites do IBGE e do IPEA. Para a análise estatística de variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado, variáveis contínuas foram analisadas através do este t de Student. O nível de significância foi de 95%. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS para Windows versão 8.0. Resultados: Trinta e cinco pacientes do sexo feminino (48,6%) e 37 (51,4%) do sexo masculino. A idade no momento da entrevista máxima de 348 meses (29 anos) e mínima de 31 meses, mediana de 165,0 meses. Vinte e três residiam em Belo Horizonte, 47 em cidades do interior do estado de Minas Gerais e dois no Estado da Bahia. Dois pacientes (2,8%) moravam apenas com o pai, sete pacientes (9,7%) viviam com amigos e ou familiares, 14 (19,4%) apenas com a mãe, e 49 (68,1)% com ambos os progenitores. Sessenta e um dos entrevistados informaram sobre a renda familiar: mínima, R$0,00 (0,0 SM), máxima: R$4.000,00 (16,67 SM), mediana de R$500,00 (2,08 salários mínimos), média de R$ 734,41 (3,06 SM). Valores per capita: máximo de R$1333,33 (5,56SM per capita) e mínimo de R$0,00 (0,00SM per capita), mediana R$133,30 (0,56 SM per capita). A idade mínima ao diagnóstico definitivo foi de 15 meses e a máxima de 205 meses, mediana de 80 meses. Trinta e dois pacientes (44,4%) presentaram-se como oligoarticulares, 17 (23,6%) como poliarticulares e 23 (31,9%) tiveram início sistêmico. O tempo mínimo de evolução na série foi de oito meses e o máximo de 264 meses, média de 85 meses e mediana de 67 meses. Vinte e três pacientes, 31,9% foram admitidos com o diagnóstico de artrite a esclarecer, enquanto 15 (20,8%) tinham o diagnóstico de febre a esclarecer e 14 (19,4%) de febre reumática. O retardo ao diagnóstico variou de 1 a 49 meses, com mediana de oito meses. Sessenta e oito dos 72 pacientes foram avaliados no Serviço de Uveítes do Hospital São Geraldo. Identificou-se uveíte anterior crônica em apenas quatro deles (5,6%), todas do sexo feminino (p= 0,034) e FAN positivo (p=0,003). A pesquisa do fator reumatóide foi positiva em dez dos 72 pacientes investigados. A pesquisa do HLA B27 foi realizada em 24 dos 72 pacientes e em três deles (12,5%) foi positiva, todos do sexo masculino. O CHAQ, realizado em todos os entrevistados, evidenciou, para o índice de incapacidade, média de 0,32, mediana de 0,13. O Índice de Desconforto, medido pela escala de dor analógica de 100 milímetros (VAS) teve a média de 1,05, a mediana de 0,5. Aferiu-se relação estatisticamente significativa com o Índice de Incapacidade e os seguintes parâmetros: forma de início da doença (p=0,008), a idade ao diagnóstico (p=0,000), retardo diagnóstico (p=0,000), a idade atual do paciente estudado (p=0,000), VHS elevada ao diagnóstico (p=0,000), plaquetose ao diagnóstico (p=0,000), tempo de evolução da doença (p=0,000), renda familiar total aferida em salários mínimos (p=0,000), uso atual de medicamentos (p=0,018), uso de antidepressivos (p=0,032). O Índice de Desconforto foi significativamente afetado por: idade de início (p=0,001), forma de início da doença (p=0,014), companhia doméstica (p=0,001), uso de antidepressivos (p=0,05) e plaquetose ao diagnóstico (p=0,009). Conclusão: A maioria dos pacientes do presente estudo (68%) reside fora de Belo Horizonte, evidenciando a condição de referência para todo o Estado de Minas Gerais e até para o Estado da Bahia do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG. Trinta e sete por cento dos informantes foram classificados como miseráveis, com renda per capita menor que R$108,00, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde. Sessenta e sete por cento dos pacientes analisados vivem com ambos os progenitores. A interpretação do acima relatado nos leva a inferir que são determinantes para o bem-estar destes pacientes: fatores intrínsecos à doença - sua forma de início e idade ao início, assim como a intensidade da atividade inflamatória inicial refletida pela avaliação da VHS e contagem plaquetária, fatores ligados ao tratamento, como o retardo ao diagnóstico e utilização de medicamentos, bem como fatores psicossociais: a renda e a estruturação familiar. Assim, ao se pensar no prognóstico do paciente com ARJ, deve-se considerar a criança/adolescente como um indivíduo, e não como um paciente apenas, considerando não apenas suas necessidades médicas, mas suas necessidades, suas carências e anseios pessoais. Uma vez que o tratamento não só medicamentoso, mas multidisciplinar está indicado, o ideal seria a estruturação de serviços de Reumatologia Pediátrica, com profissionais das mais diversas áreas, respaldados por instituições hospitalares e de apoio ambulatorial eficientes, além do fornecimento regular de medicamentos pelas agências governamentais, para a melhoria definitiva das perspectivas destes a médio e longo prazo. |
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