Perfil sociodemográfico e distribuição dos casos de pênfigo foliáceo endêmico nas diferentes regiões do estado de Minas Gerais, no período de 2005 a 2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciana Consoli Fernandes Pimentel
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7NAFRV
Resumo: O pênfigo foliáceo é dermatose bolhosa auto-imune, esporádica emtodo o mundo e endêmica em alguns estados brasileiros, onde recebe o nome de pênfigo foliáceo endêmico ou fogo selvagem (PFE/FS). A distribuição do PFE/FS no Brasil tem se modificado ao longo dos anos. Em regiões onde a prevalência era alta, houve redução do número de casos e novos focos surgiram. Este estudo avaliou a prevalência da doença em Minas Gerais, suas características epidemiológicas e a distribuição nas mesorregiões geográficas do estado. O trabalho foi desenvolvido por meio de análise dos prontuários de doentes dePFE/FS do Ambulatório de Doenças Bolhosas do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFMG e da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, assim como envio de questionários a dermatologistas associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Minas Gerais e aos principais serviços de atendimento a doentes dermatológicos no estado. Foram observados 256 pacientes no estado de Minas Gerais nos anos de 2005 e 2006. A prevalência da doença foi de 1,22 por 100.000 habitantes. Não houve diferença em relação asexo. A predominância da doença foi na zona rural, em indivíduos da cor parda, ocorrendo acometimento de familiares geneticamente relacionados (5,1%). A faixa etária mais atingida foi dos 22 aos 45 anos (46,88%), que coincide com a de maior número de indivíduos no estado. A análise estatística, levando em conta dados da população, mostrou incidência menor até os 12 anos e igual nas outras faixas etárias. As profissões do lar/doméstica e de lavrador foram as mais atingidas. A mesorregião com o mais alto número de casos foi a Metropolitana deBelo Horizonte (39,68%), seguida por Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (21,43%), Zona da Mata (6,75%), Vale do Rio Doce (5,56%), Jequitinhonha e Sul/Sudoeste (5,16% cada), Oeste (3,97%), Norte e Central (3,57% cada) e Campo das Vertentes (0,79%). Na região Noroeste e Vale do Mucuri não foram registrados casos. Ao comparar esses dados com estudos anteriores, realizados nos anos de 1945 e 1990, verifica-se que a incidência e a prevalência da doença estãodiminuindo no estado. A região Metropolitana de Belo Horizonte é o foco mais importante, seguido pelo Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, que vem apresentando porcentagem crescente de casos ao longo dos anos.
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O trabalho foi desenvolvido por meio de análise dos prontuários de doentes dePFE/FS do Ambulatório de Doenças Bolhosas do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFMG e da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, assim como envio de questionários a dermatologistas associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Minas Gerais e aos principais serviços de atendimento a doentes dermatológicos no estado. Foram observados 256 pacientes no estado de Minas Gerais nos anos de 2005 e 2006. A prevalência da doença foi de 1,22 por 100.000 habitantes. Não houve diferença em relação asexo. A predominância da doença foi na zona rural, em indivíduos da cor parda, ocorrendo acometimento de familiares geneticamente relacionados (5,1%). A faixa etária mais atingida foi dos 22 aos 45 anos (46,88%), que coincide com a de maior número de indivíduos no estado. A análise estatística, levando em conta dados da população, mostrou incidência menor até os 12 anos e igual nas outras faixas etárias. As profissões do lar/doméstica e de lavrador foram as mais atingidas. A mesorregião com o mais alto número de casos foi a Metropolitana deBelo Horizonte (39,68%), seguida por Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (21,43%), Zona da Mata (6,75%), Vale do Rio Doce (5,56%), Jequitinhonha e Sul/Sudoeste (5,16% cada), Oeste (3,97%), Norte e Central (3,57% cada) e Campo das Vertentes (0,79%). Na região Noroeste e Vale do Mucuri não foram registrados casos. Ao comparar esses dados com estudos anteriores, realizados nos anos de 1945 e 1990, verifica-se que a incidência e a prevalência da doença estãodiminuindo no estado. A região Metropolitana de Belo Horizonte é o foco mais importante, seguido pelo Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, que vem apresentando porcentagem crescente de casos ao longo dos anos.Pemphigus foliaceus is an autoimmune blistering disease, which isendemic in some Brazilian states where it is named endemic pemphigus foliaceus or fogo selvagem (EPF/FS) and which occurs sporadically elsewhere in the world. The geographic distribution of endemic pemphigus foliaceus has been changing gradually over the years. Its frequency has dropped in areas where it was highly prevalent in the past, and new cases have been detected in areas previously free of the disease. This study evaluates the prevalence of the diseasein the state of Minas Gerais, its epidemiologic characteristics and its distribution in geographic regions. The study was developed by the analysis of the charts of patients who were been treated in the Dermatology Clinic at the University Hospital in the state of Minas Gerais - Hospital das Clínicas da UFMG - and at Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte as well as by a questionnaire sent to all dermatologists, members of the Brazilian Society of Dermatology in Minas Gerais, and to main dermatology care units in the state. The disease was diagnosed in 256 patients in the state of Minas Gerais between 2005 and 2006. The prevalence of EPF/FS was 1.22 per 100.00 inhabitants. Both sexes were equally affected. There was a predominance of patients in rural areas, and in nonwhites. Genetically related family members were affected in some cases (5,1%). The disease was more frequent in individuals between 22-45 years of age (46.88%), which happens to be the most represented age group in the state. Statistical analysis has shown lower incidence in children under the age of 12. However, that was not true for the other age groups. Housewives and domestic employees as well as farmers were more commonly affected than other professions. The Metropolitan region of Belo Horizonte showed the greatest number of cases (39.68%), followed by Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (21.43%), Zona da Mata (6.75%), Vale do Rio Doce (5.56%), Jequitinhonha andSul/Sudoeste (5.16% each), Oeste (3.97%), Norte and Central (3.57% each) and Campo das Vertentes (0.79%). No patients of EPF/FS were diagnosed in the Noroeste region and Vale do Mucuri during the two year period of the study. When comparing this study with the ones carried out in 1945 and 1990, it is evident that both the incidence and the prevalence of the disease are decreasing in the state. The Metropolitan region of Belo Horizonte is the most important focus and Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba ranks second in number of cases, with a growing percentage of patients through the years..Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPênfigo/epidemiologiaPrevalênciaIncidênciaLevantamentos demográficosPênfigoPrevalênciaIncidênciaPerfil sociodemográfico e distribuição dos casos de pênfigo foliáceo endêmico nas diferentes regiões do estado de Minas Gerais, no período de 2005 a 2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALluciana_consoli_fernandes_pimentel.pdfapplication/pdf364914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7NAFRV/1/luciana_consoli_fernandes_pimentel.pdf104ff74e3e71856832d2a7636c4b9073MD51TEXTluciana_consoli_fernandes_pimentel.pdf.txtluciana_consoli_fernandes_pimentel.pdf.txtExtracted texttext/plain106649https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7NAFRV/2/luciana_consoli_fernandes_pimentel.pdf.txt89e0861310e39ea50662d91da63956f5MD521843/ECJS-7NAFRV2019-11-14 21:38:02.469oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7NAFRVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:38:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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