A antropologia filosófica de Max Scheler : uma resposta fenomenológica ao problema da pessoa

• Autor(a) principal: Paulo Henrique Reis de Sena
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50265
• topic: Pessoa; Antropologia Filosófica; Fenomenologia; Metafísica; Max Scheler; Filosofia - Teses; Antropologia filosófica - Teses; Fenomenologia - Teses; Metafísica - Teses; Scheler, Max, 1874-1928

O trabalhou buscou esclarecer o modo como Max Scheler (1874 - 1928) articula suas análises fenomenológicas sobre a pessoa na composição da Antropologia Filosófica. No primeiro capítulo, abordou-se a perspectiva fenomenológica de Scheler, elucidando especialmente seu direcionamento à questão do ser humano a partir da compreensão das vivências intencionais (pessoa como centro de atos) e também à ontologia regional. O segundo capítulo tratou do delineamento do conceito de pessoa e de sua problematização, requerida pelas reformulações mais tardias do autor, que desembocam na Antropologia Filosófica. Especificamente, neste caso, evocou-se a questão da "inversão dos valores dos conceitos de espírito e vida", bem como o conceito de sublimação, como os meios através dos quais o autor busca articular a ideia de pessoa em sua antropologia. No último capítulo, analisou-se a Antropologia Filosófica de modo direto: seus objetivos e excessos, bem como o conteúdo elaborado pelo autor para descrever os níveis do inorgânico, do vital (desdobrado em vegetal e animal) e do espiritual. Em específico, realizou-se uma digressão às análises do Cap. VI do Formalismo na ética e ética material (não formal) dos valores (Der Formalismus in der Ethik und die materiale Wertethik – 1913/1916), em que Scheler desenvolve o exame das interconexões essenciais entre a pessoa, o ego e o corpo vivo (Leib). Concluiu-se que é possível dimensionar o modo como Scheler parte do personalismo para chegar à Antropologia Filosófica, implicando grandes manobras especulativas, concebidas de modo a tentar adequar o conceito de pessoa, em sua abordagem fenomenológica, com teses metafísicas, para realizar a fundamentação do anthropos em sua Antropologia Filosófica.