Inserção e sobre-escolaridade dos jovens no mercado de trabalho diante das transformações econômicas e sociais brasileiras na última década
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/32086 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo avaliar a inserção e sobre-escolaridade dos jovens no mercado de trabalho das regiões metropolitanas brasileiras. Particularmente, pretende-se analisar não apenas se o jovem está trabalhando ou não, mas também o tipo de ocupação em que está inserido (formal ou informal, público ou privado) e ainda a qualidade da inserção (adequado ou sobre-escolarizado). Neste sentido, almeja-se estabelecer os determinantes da inserção, o impacto da expansão educacional e ciclos econômicos, diferenças entre gêneros e principalmente comparar os jovens de acordo com seu status de escolaridade (não graduados, recém-graduados e graduados há mais tempo). Para tanto, foram estimados quatro modelos, no primeiro foi utilizado o método logit em que a variável dependente é binária e para os outros três modelos foi utilizado o método logit multinomial em que a variável dependente apresenta mais de duas possibilidades de escolha, sendo que foram feitas três versões de cada modelo: com todos os jovens, apenas com homens e apenas com mulheres. Os resultados indicaram que quanto maior a idade maior a probabilidade de entrar no mercado de trabalho e que os jovens que ainda vivem com os pais têm menos chances de trabalhar. Além disso, constatou-se que em anos de crescimento econômico a probabilidade de trabalhar aumentou e em anos de recessão ou estagnação essa probabilidade diminuiu, houve uma tendência de formalização no mercado de trabalho ao longo do período e os trabalhos no setor público se mostraram menos voláteis às variações econômicas. O grau de sobre-escolaridade é elevado entre os jovens que possuem nível superior, mais da metade dos ocupados trabalha sobreescolarizado, o que representa uma ineficiência na alocação desses indivíduos no mercado de trabalho. Entretanto, não houve um aumento significativo ao longo dos últimos anos na taxa de sobre-escolaridade, ou seja, a oferta e a demanda por mão de obra mais escolarizada caminharam no mesmo sentido. No que diz respeito às diferenças de gênero, as mulheres têm uma probabilidade menor de trabalhar e essa probabilidade pode ser ainda mais baixa dependendo dos arranjos familiares, uma vez que muitas mulheres abrem mão da vida profissional em função das atividades domésticas e criação dos filhos. Por fim, ter curso superior melhora substancialmente as chances de entrar no mercado de trabalho e essa probabilidade é ainda maior após um tempo de formado, aliás, esse tempo também aumenta as chances de trabalhar em ocupações em que o nível de escolaridade exigido pelo cargo está de acordo com o nível de escolaridade do indivíduo. |
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Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/4296821710899356http://lattes.cnpq.br/4501373424227141Felipe da Silva Basso2020-01-21T15:09:37Z2020-01-21T15:09:37Z2017-02-08http://hdl.handle.net/1843/32086Este trabalho tem como objetivo avaliar a inserção e sobre-escolaridade dos jovens no mercado de trabalho das regiões metropolitanas brasileiras. Particularmente, pretende-se analisar não apenas se o jovem está trabalhando ou não, mas também o tipo de ocupação em que está inserido (formal ou informal, público ou privado) e ainda a qualidade da inserção (adequado ou sobre-escolarizado). Neste sentido, almeja-se estabelecer os determinantes da inserção, o impacto da expansão educacional e ciclos econômicos, diferenças entre gêneros e principalmente comparar os jovens de acordo com seu status de escolaridade (não graduados, recém-graduados e graduados há mais tempo). Para tanto, foram estimados quatro modelos, no primeiro foi utilizado o método logit em que a variável dependente é binária e para os outros três modelos foi utilizado o método logit multinomial em que a variável dependente apresenta mais de duas possibilidades de escolha, sendo que foram feitas três versões de cada modelo: com todos os jovens, apenas com homens e apenas com mulheres. Os resultados indicaram que quanto maior a idade maior a probabilidade de entrar no mercado de trabalho e que os jovens que ainda vivem com os pais têm menos chances de trabalhar. Além disso, constatou-se que em anos de crescimento econômico a probabilidade de trabalhar aumentou e em anos de recessão ou estagnação essa probabilidade diminuiu, houve uma tendência de formalização no mercado de trabalho ao longo do período e os trabalhos no setor público se mostraram menos voláteis às variações econômicas. O grau de sobre-escolaridade é elevado entre os jovens que possuem nível superior, mais da metade dos ocupados trabalha sobreescolarizado, o que representa uma ineficiência na alocação desses indivíduos no mercado de trabalho. Entretanto, não houve um aumento significativo ao longo dos últimos anos na taxa de sobre-escolaridade, ou seja, a oferta e a demanda por mão de obra mais escolarizada caminharam no mesmo sentido. No que diz respeito às diferenças de gênero, as mulheres têm uma probabilidade menor de trabalhar e essa probabilidade pode ser ainda mais baixa dependendo dos arranjos familiares, uma vez que muitas mulheres abrem mão da vida profissional em função das atividades domésticas e criação dos filhos. Por fim, ter curso superior melhora substancialmente as chances de entrar no mercado de trabalho e essa probabilidade é ainda maior após um tempo de formado, aliás, esse tempo também aumenta as chances de trabalhar em ocupações em que o nível de escolaridade exigido pelo cargo está de acordo com o nível de escolaridade do indivíduo.This work aims to evaluate the insertion and the overeducation of young people in the labor market of brazilian metropolitan regions. Particularly, it is intended to analyze not only if the young person is working or not, but also the type of occupation in which they are inserted (formal or informal, public or private) and also the quality of the insertion (adequately educated or overeducated). Therefore, it purposes to establish the determinants of insertion, the impact of educational expansion and economic cycles, differences between genders and mainly compare young people according to their educational status (non-graduated, recent graduated and graduated for longer). For attending the goals, four models were estimated, for the first one it is aplied the logit method in which the dependent variable is binary and for the other ones it is aplied the multinomial logit in which the dependent variable has more than two alternatives, each one of them has three versions: with all young people, only with men and only with women. The results indicates that the greater the age, the greater the probability of working and that the young people who still live with their parents are less likely to work. In addition, it was found that in years of economic growth the probability of working increased and in years of recession or stagnation this probability decreased, there was a trend of formalization in the labor market throughout the period and jobs in the public sector are less volatile in relation to the economic variations. The degree of overeducation is high among young people with college degree, more than a half of the employed ones works overeducated, which represents an inefficiency in the allocation of these people in the labor market. However, there has not been a significant increase over the last years in the overeducation rate and it means that the supply and demand for more schooling labor force have moved in the same direction. With respect to gender differences, women are less likely to work and this probability may be even lower depending on family arrangements, it is a fact that many women have to give up of their professional career because of domestic activities and for their children's education. Finally, young people with college degree improve substantially the chances of working and this probability is even greater after a time of being graduated, by the way, a time after being graduated also increases the chances of working in occupations where the level of education required by the position is the same level education acquired by the the individual.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAShttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessJuventudeEmpregoBrasilEconomiaJovensMercado de TrabalhoMismatchInserção e sobre-escolaridade dos jovens no mercado de trabalho diante das transformações econômicas e sociais brasileiras na última décadainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Felipe Final.pdfDissertação Felipe Final.pdfapplication/pdf2210416https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32086/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Felipe%20Final.pdfd3bc1b1f226702ea466a3459333034c7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32086/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32086/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertação Felipe Final.pdf.txtDissertação Felipe Final.pdf.txtExtracted texttext/plain213006https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32086/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Felipe%20Final.pdf.txt33c57ffc6f4063272807135477789ad3MD541843/320862020-01-22 06:58:47.842oai:repositorio.ufmg.br:1843/32086TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-22T09:58:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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