Efeitos do exercício físico regular de natação sobre desenvolvimento e progressão da Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Danielle Bernardes
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42488
https://orcid.org/0000-0002-0936-4236
Resumo: A encefalomielite autoimune experimental (EAE) é o modelo para o estudo da Esclerose Múltipla (EM), sendo caracterizado por alterações histopatológicas que incluem inflamação, desmielinização e dano axonal. Por outro lado, o exercício físico regular é reconhecido por seus efeitos antiinflamatórios e neuroprotetores. Além disso, sugere-se que o exercício físico possa exercer alguns efeitos protetores contra desenvolvimento da caquexia que é uma condição associada ao desenvolvimento da apresentação clínica do modelo EAE. Entretanto, ainda não é claro na literatura o efeito do exercício físico regular sobre as alterações histopatológicas no sistema nervoso central (SNC) bem como as alterações metabólicas sistêmicas associadas ao modelo EAE. Portanto, as interações entre um programa de exercício físico regular o desenvolvimento bem como a progressão do modelo EAE foram avaliadas no presente estudo. Para isto, camundongos fêmeas C57BL/6 foram divididos em dois grupos: sedentários e exercitados. O exercício foi realizado na modalidade natação, 5 vezes por semana durante 30 minutos. Após 4 semanas do protocolo de exercício, o peptídeo MOG35–55 foi injetado para indução da EAE em metade dos animais sedentários e metade dos exercitados. O protocolo de exercício continuou até 10 dias após a indução (dpi), completando 6 semanas de exercício regular. As análises foram realizadas início da apresentação clínica (10 dpi), no pico da apresentação clínica (entre 14 e 20 dpi) e no período crônico da doença (42 dpi) e incluíram: avaliação do metabolismo sistêmico, microscopia intravital, histopatologia (inflamação e desmielinização), citometria de fluxo, imunohistoquímica de oligodendrócitos (CC1 e NG2/PDGFRα) e de dano axonal (SMI-32), Elisa (citocinas e fator de crescimento derivado do cérebro - BDNF) e western blot (PLP, MBP e SMI-32). Como principais resultados, observamos diferente escore clínico entre o início e o período crônico de apresentação clínica do EAE entre os animais sedentários e previamente exercitados. No entanto, embora este resultado tenha sido acompanhado de significante atenuação da perda de massa corporal pelos animais exercitados em comparação aos mantidos sedentários dos grupos EAE, não foram observadas diferenças metabólicas entre esses grupos. Além disso, a atenuação clínica não foi associada com menor infiltrado de células inflamatórias no pico da doença, mas com níveis alterados de citocinas e BDNF. Neste sentido, enquanto as citocinas foram diminuídas no cérebro e aumentadas na medula espinhal dos animais EAE exercitados em relação aos sedentários, a concentração de BDNF foi elevada nos dois compartimentos no pico da doença. Os animais exercitados apresentaram ainda redução de infiltrado de células CD4, CD8 e células B, de desmielinização e de dano axonal na medula espinhal aos 42 dpi em relação aos mantidos sedentários. Estes resultados corroboram as controvérsias apontadas na literatura entre neuroinflamação e neuroproteção com respostas específicas em cada compartimento do SNC analisadas neste estudo, ou seja, cérebro e medula espinhal. No entanto, este é o primeiro trabalho a mostrar tais interações em decorrência de um programa de exercício físico regular. Sugerimos que o exercício regular realizado antes da apresentação clínica possa ter atuado sinergicamente com as respostas moleculares na fase de desenvolvimento clínico e então modificado o curso crônico de alterações histopatológicas associadas ao modelo. Entretanto, estudos adicionais são necessários para melhor entendimento sobre as relações moleculares desses efeitos sinérgicos entre o exercício e as alterações histopatológicas do modelo EAE.
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Entretanto, ainda não é claro na literatura o efeito do exercício físico regular sobre as alterações histopatológicas no sistema nervoso central (SNC) bem como as alterações metabólicas sistêmicas associadas ao modelo EAE. Portanto, as interações entre um programa de exercício físico regular o desenvolvimento bem como a progressão do modelo EAE foram avaliadas no presente estudo. Para isto, camundongos fêmeas C57BL/6 foram divididos em dois grupos: sedentários e exercitados. O exercício foi realizado na modalidade natação, 5 vezes por semana durante 30 minutos. Após 4 semanas do protocolo de exercício, o peptídeo MOG35–55 foi injetado para indução da EAE em metade dos animais sedentários e metade dos exercitados. O protocolo de exercício continuou até 10 dias após a indução (dpi), completando 6 semanas de exercício regular. As análises foram realizadas início da apresentação clínica (10 dpi), no pico da apresentação clínica (entre 14 e 20 dpi) e no período crônico da doença (42 dpi) e incluíram: avaliação do metabolismo sistêmico, microscopia intravital, histopatologia (inflamação e desmielinização), citometria de fluxo, imunohistoquímica de oligodendrócitos (CC1 e NG2/PDGFRα) e de dano axonal (SMI-32), Elisa (citocinas e fator de crescimento derivado do cérebro - BDNF) e western blot (PLP, MBP e SMI-32). Como principais resultados, observamos diferente escore clínico entre o início e o período crônico de apresentação clínica do EAE entre os animais sedentários e previamente exercitados. No entanto, embora este resultado tenha sido acompanhado de significante atenuação da perda de massa corporal pelos animais exercitados em comparação aos mantidos sedentários dos grupos EAE, não foram observadas diferenças metabólicas entre esses grupos. Além disso, a atenuação clínica não foi associada com menor infiltrado de células inflamatórias no pico da doença, mas com níveis alterados de citocinas e BDNF. Neste sentido, enquanto as citocinas foram diminuídas no cérebro e aumentadas na medula espinhal dos animais EAE exercitados em relação aos sedentários, a concentração de BDNF foi elevada nos dois compartimentos no pico da doença. Os animais exercitados apresentaram ainda redução de infiltrado de células CD4, CD8 e células B, de desmielinização e de dano axonal na medula espinhal aos 42 dpi em relação aos mantidos sedentários. Estes resultados corroboram as controvérsias apontadas na literatura entre neuroinflamação e neuroproteção com respostas específicas em cada compartimento do SNC analisadas neste estudo, ou seja, cérebro e medula espinhal. No entanto, este é o primeiro trabalho a mostrar tais interações em decorrência de um programa de exercício físico regular. Sugerimos que o exercício regular realizado antes da apresentação clínica possa ter atuado sinergicamente com as respostas moleculares na fase de desenvolvimento clínico e então modificado o curso crônico de alterações histopatológicas associadas ao modelo. Entretanto, estudos adicionais são necessários para melhor entendimento sobre as relações moleculares desses efeitos sinérgicos entre o exercício e as alterações histopatológicas do modelo EAE.The experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) is the model to study the Multiple Sclerosis (MS) disease and has been characterized by histopathological hallmarks that include inflammation, demyelination and axonal damage. On the other hand, regular physical exercise is recognized for its anti-inflammatory and neuro-protective effects. Besides, it is suggested that regular exercise can have some protective effect against cachexia, which is a condition associated to the EAE model following the clinical presentation of disease. However, it is not clear if exercise has beneficial effects in central nervous system (CNS) or in systemic metabolic alterations of experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) mice. Therefore, the interactions between a prior program of regular exercise and the development and progression of EAE model were evaluated in the present study. For that, female C57BL/6 mice were assigned in two groups: untrained and exercise-trained. The swimming exercise was realized 5 days a week by 30 minutes a day. After 4 weeks of physical exercise protocol, the peptide MOG35–55 was injected and the animals continued exercising until 10 days post induction, completing 6 weeks of regular exercise. Analyses were made at onset (10 dpi), first peak disease (between 14 and 20 dpi) and at chronic time point of disease (42 dpi) and included: systemic metabolic assessment, intravital microscopy, histopathology (inflammatory infiltrates and demyelination volume), flow cytometry profile of cells, immunohistochemistry for oligodendrocytes (CC1+, NG2+/PDGFRα) and axonal damage (SMI-32+), ELISA (cytokines and brain derived neurotrophic factor – BDNF) and western blot (PLP, MBP and SMI-32). We observed different clinical score from12 to 42 dpi between prior trained and untrained mice (P < 0.0001). Although there was an important attenuation of body weight loss by exercised EAE animals in comparison with the non-exercised ones, the metabolic alterations were not modified. Moreover, in spite of non effect on infiltrated cells, cytokines and BDNF levels were altered in association with clinical score attenuation in exercised EAE-mice. While cytokines were decreased in brain but increased in spinal cord, BDNF was elevated in both compartments in the exercised EAE-group in comparison to the untrained. Also, being physical trained alters specific profile of recruitment of leucocytes (CD4, CD8 and B cells) to the spinal cord and contribute to a lesser demyelization volume and axonal damage at 42 day post induction. These results corroborates the controvert features between neuroinflammation and neuroprotection with singular responses between the two CNS compartments at acute phase of disease. Regular exercise performed before induction acted synergistically with the EAE model and can have some protective effect at chronic time point. However, further studies are necessary to improve the understanding about the molecular outcomes of these synergic effects between prior exercise and pathologic hallmarks of EAE.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorOutra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e FarmacologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICAFisiologiaEncefalomielite Autoimune ExperimentalNeurofisiologiaDoenças DesmielinizantesNataçãoEncefalomielite autoimune experimental (EAE)Exercício de nataçãoNeuroinflamaçãoDesmielinizaçãoDano axonalEfeitos do exercício físico regular de natação sobre desenvolvimento e progressão da Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE Danielle Bernardes.pdfTESE Danielle Bernardes.pdfapplication/pdf2852926https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42488/1/TESE%20Danielle%20Bernardes.pdffa39322ebdb193aa8faba6f71ef67299MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42488/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/424882022-06-14 09:22:55.003oai:repositorio.ufmg.br:1843/42488TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-14T12:22:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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