Formas de referenciação a pessoas: uma abordagem variacionista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9BLPKL |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo estudar o uso das formas de referenciação a pessoas no português brasileiro falado, partindo da hipótese de que as escolhas feitas pelos falantes são condicionadas por fatores linguísticos e sociais. O corpus foi formado a partir de uma amostra composta de 24 entrevistas com moradores de duas áreas geográficas distintas e índices de população e desenvolvimento humano diversos: o distrito Aparecida do Mundo Novo (MG), e Belo Horizonte (MG), região escolhida para que se pudesse fazer um estudo comparativo com a comunidade pesquisada, uma vez que, conforme se sabe, o Estado de Minas Gerais possui diferentes áreas dialetais, e Belo Horizonte constitui um centro metropolitano que recebe pessoas de diferentes regiões. Para a análise, foram identificadas duas variantes: (1) o nome oficial, como José, José Paulo, José dos Santos, e (2) outros antropônimos diferentes do nome oficial, como Zé, Zé de Paulo, Zé de Juca. Foram selecionadas as ocorrências em que a referência é indireta, ou seja, a pessoa referida não é o entrevistado. Mais exatamente, quando as formas de nomear são usadas para fazer menção a uma terceira pessoa. São apresentadas análises quantitativa e qualitativa. A metodologia de tratamento dos dados foi a Teoria da Variação integrada à análise das redes de relações sociais dos informantes. Os resultados mostram que, em Aparecida do Mundo Novo, é mais frequente o uso dos nomes morfologicamente modificados, já em Belo Horizonte, é mais frequente o uso de nomes sem modificações. Identificadas e tipificadas as interações entre os informantes das amostras, atribuem-se os resultados ao grau de densidade das redes de cada comunidade analisada. A correlação tipo de referenciação escolhida e densidade de redes é também encontrada em comunidades portuguesas em outros momentos de tempo. A pesquisa diacrônica nos permitiu verificar que um mesmo processo se repete através dos anos. O estudo desse tema apresenta mais evidência a favor da atuação do Princípio Uniformitário. |
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Jania Martins RamosAna Paula Antunes RochaEduardo Tadeu Roque AmaralMaria Candida Trindade Costa de SeabraMarlos de Barros PessoaMaria Alice Mota2019-08-12T09:41:31Z2019-08-12T09:41:31Z2013-08-02http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9BLPKLEste trabalho tem como objetivo estudar o uso das formas de referenciação a pessoas no português brasileiro falado, partindo da hipótese de que as escolhas feitas pelos falantes são condicionadas por fatores linguísticos e sociais. O corpus foi formado a partir de uma amostra composta de 24 entrevistas com moradores de duas áreas geográficas distintas e índices de população e desenvolvimento humano diversos: o distrito Aparecida do Mundo Novo (MG), e Belo Horizonte (MG), região escolhida para que se pudesse fazer um estudo comparativo com a comunidade pesquisada, uma vez que, conforme se sabe, o Estado de Minas Gerais possui diferentes áreas dialetais, e Belo Horizonte constitui um centro metropolitano que recebe pessoas de diferentes regiões. Para a análise, foram identificadas duas variantes: (1) o nome oficial, como José, José Paulo, José dos Santos, e (2) outros antropônimos diferentes do nome oficial, como Zé, Zé de Paulo, Zé de Juca. Foram selecionadas as ocorrências em que a referência é indireta, ou seja, a pessoa referida não é o entrevistado. Mais exatamente, quando as formas de nomear são usadas para fazer menção a uma terceira pessoa. São apresentadas análises quantitativa e qualitativa. A metodologia de tratamento dos dados foi a Teoria da Variação integrada à análise das redes de relações sociais dos informantes. Os resultados mostram que, em Aparecida do Mundo Novo, é mais frequente o uso dos nomes morfologicamente modificados, já em Belo Horizonte, é mais frequente o uso de nomes sem modificações. Identificadas e tipificadas as interações entre os informantes das amostras, atribuem-se os resultados ao grau de densidade das redes de cada comunidade analisada. A correlação tipo de referenciação escolhida e densidade de redes é também encontrada em comunidades portuguesas em outros momentos de tempo. A pesquisa diacrônica nos permitiu verificar que um mesmo processo se repete através dos anos. O estudo desse tema apresenta mais evidência a favor da atuação do Princípio Uniformitário.This work aims to study the use of the referral forms to people in Oral Brazilian Portuguese, starting from hypothesis that the choices made by the speakers are conditioned by social and linguistic factors. The corpus was formed by a sample consisting of 24 interviews with residents in two distinct geographical areas and with diverse population index and human development: the Aparecida do Mundo Novo municipality (MG) and Belo Horizonte city (MG), a chosen region so that they could make a comparative study with the studied community, since, as we have known, the Minas Gerais state has different dialect areas, and Belo Horizonte is a metropolitan center that welcomes people from different regions. For the analysis, two variants were identified: (1) the civil name as José, José Paulo, José dos Santos, and (2) other anthroponyms different civil names such as Zé, Zé de Paulo, Zé de Juca. It was selected the instances in which the reference is indirect, that is, the one to whom the reference has been made to is not the interviewed. More accurately, when the naming forms are used to mention a third person. The quantitative and qualitative analysis are presented. The data processing methodology was the Variation Theory integrated to the networks analysis of the residents social relations. The results show that in Aparecida do Mundo Novo, the use of morphologically modified names is the most frequent, while in Belo Horizonte the use of names without modifications is the most frequent. After identifying and typifying the interactions between the informants samples, we attribute the results to the networks density degree of each analyzed community. The correlation, the referencing type and the density of the selected networks are also found in Portuguese communities in other periods of time. The diachronic study allowed us to verify that the same process is repeated through the years. This issue study presents more evidence for the acting of the Uniformitarian Principle.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLíngua portuguesa VariaçãoSociolinguísticaNomes Pessoais Aparecida do Mundo Novo (Montes Claros, MG)OnomásticaNomes Pessoais Belo Horizonte (MG)AntropônimosVariaçãoReferenciaçãoRedesFormas de referenciação a pessoas: uma abordagem variacionistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL1446d.pdfapplication/pdf2079519https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9BLPKL/1/1446d.pdf1f6eea7d5ef4151ee6ca7b8ebb171f06MD51TEXT1446d.pdf.txt1446d.pdf.txtExtracted texttext/plain348423https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9BLPKL/2/1446d.pdf.txt38f7ff036cb8d227a09c4794d708cb90MD521843/MGSS-9BLPKL2019-11-14 16:20:49.672oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9BLPKLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:20:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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