Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fidel Castro Alves de Meira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/56174
Resumo: A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC.
id UFMG_dbf742e5ac892c046fea89b63d5ff59f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/56174
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antônio Lúcio Teixeira Júniorhttp://lattes.cnpq.br/2302805234722051Maria do Carmo Pereira NunesWagner Mauad AvelarPaulo Pereira Christohttp://lattes.cnpq.br/3048277073456558Fidel Castro Alves de Meira2023-07-13T15:45:02Z2023-07-13T15:45:02Z2016-11-09http://hdl.handle.net/1843/56174A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC.Chagas disease (CD) is an infectious disease caused by the protozoan parasite Trypanosoma cruzi. It is estimated that 5.7 million people are infected by this parasite in Latin America. Chagasic cardiomyopathy is the main clinical form of CD and it affects 20 to 30% of infected individuals. Structural cardiac changes (i.e. apical aneurism) and cardiac rhythm disturbances (i.e. atrial fibrillation) may occur in this form of the disease. Both conditions are related to embolic phenomena like stroke. Other proposed mechanisms for the relation between CD and stroke are brain microvasculopathy and arterial wall stiffness. This study was based in the review of medical records from patients admitted to Hospital Risoleta Tolentino Neves due to acute ischemic stroke (AIS). Data regarding demographics, cardiovascular risk factors (including CD diagnosis), medications, laboratory results, time for discharge, treatment with venous alteplase and in-hospital mortality were recorded. AIS patients with CD were compared to non-CD AIS patients (in a 1:4 proportion). This study was evaluated and approved by the local ethics committee. Five hundred fifty eight patients were included in this study, being 490 with AIS diagnosis. Twenty two had CD. For comparison, 88 patients with non-CD related stroke were selected. CD and non-CD groups were similar regarding gender, age and hospital stay. Cardioembolic stroke was the main stroke subtype in the CD group (77.3%; p<0.001) while stroke of undetermined etiology predominated in non-CD group. Hypertension was statically more prevalent in non-CD group (81.8%; p=0.023), while cardiopathy (68.2; p<0.001) and previous stroke or transient ischemic attack (50.0%; p=0.016) were more prevalent in CD group. This group also had a significant difference for the use of oral anticoagulation (22.7%; p=0.008). Endovenous alteplase use were similar in both groups. Cervical artery ultrasound findings did not show statistical difference between the two groups. Echocardiography data analysis showed a significantly greater proportion of myocardial hypokinesia, myocardial akinesia, left ventricular thrombus, apical 11 aneurism and lower left ventricular ejection fraction among CD patients. Hospital mortality was similar between the two groups. In conclusion, patients with CD and stroke show clinical differences, mainly related to heart problems, when compared to patients with ischemic stroke without CD.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDoença de ChagasMiocardiopatia chagásicaAcidente vascular cerebralNeurociênciasAcidente vascular cerebral isquêmicoDoença de ChagasMiocardiopatia chagásicaCaracterísticas do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAVC e Doença de Chagas F Meira final.pdfAVC e Doença de Chagas F Meira final.pdfapplication/pdf4406314https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/1/AVC%20e%20Doen%c3%a7a%20de%20Chagas%20F%20Meira%20final.pdf595e3b0d1a61e96dd85ff4986971f824MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/561742023-07-13 12:45:03.546oai:repositorio.ufmg.br:1843/56174TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-13T15:45:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
title Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
spellingShingle Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
Fidel Castro Alves de Meira
Acidente vascular cerebral isquêmico
Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
Acidente vascular cerebral
Neurociências
title_short Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
title_full Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
title_fullStr Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
title_full_unstemmed Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
title_sort Características do acidente vascular cerebral associado á doença de Chagas
author Fidel Castro Alves de Meira
author_facet Fidel Castro Alves de Meira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antônio Lúcio Teixeira Júnior
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2302805234722051
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Maria do Carmo Pereira Nunes
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Wagner Mauad Avelar
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paulo Pereira Christo
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3048277073456558
dc.contributor.author.fl_str_mv Fidel Castro Alves de Meira
contributor_str_mv Antônio Lúcio Teixeira Júnior
Maria do Carmo Pereira Nunes
Wagner Mauad Avelar
Paulo Pereira Christo
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente vascular cerebral isquêmico
Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
topic Acidente vascular cerebral isquêmico
Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
Acidente vascular cerebral
Neurociências
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Doença de Chagas
Miocardiopatia chagásica
Acidente vascular cerebral
Neurociências
description A doença de Chagas (DC) compreende uma patologia infecciosa causada pelo parasita protozoário Trypanosoma cruzi. Estima-se que são cerca de 5,7 milhões de pessoas infectadas por este parasita na América Latina. A principal forma clínica da DC é a miocardiopatia chagásica, que afeta de 20 a 30% das pessoas infectadas e pode provocar alterações estruturais (como a formação do aneurisma apical) e do ritmo cardíaco (como fibrilação atrial). Estas são relacionadas à ocorrência de fenômenos tromboembólicos, entre eles o acidente vascular cerebral (AVC). Outros mecanismos são propostos para a relação entre DC e AVC como a microvasculopatia cerebral e endurecimento da parede arterial. Este estudo foi realizado a partir da revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Hospital Risoleta Tolentino Neves por AVC isquêmico agudo. Os dados relativos a características demográficas, fatores de risco cardiovasculares (incluindo o diagnóstico de DC), medicamentos em uso, exames complementares, tempo de internação, realização de trombólise venosa com alteplase e mortalidade intrahospitalar foram registrados.Os pacientes com DC admitidos por AVC isquêmico agudo foi comparado com pacientes com AVC isquêmico agudo sem DC (na proporção de 1:4). O presente estudo foi submetido para avaliação e aprovado pelo COEP UFMG. Foram incluídos neste estudo 558 pacientes, sendo 490 com diagnóstico de AVC isquêmico. Vinte e dois pacientes eram portadores de DC. O grupo sem DC contou com 88 pacientes. Os grupos foram comparáveis em parâmetros como sexo, idade e tempo de internação. O mecanismo etiológico cardioembólico predominou no grupo com DC (77,3%; p<0,001), enquanto o mecanismo indeterminado predominou no outro grupo. Também foi observada diferença estatisticamente significativa na ocorrência de hipertensão arterial sistêmica (81,8%; p=0,023) no grupo sem DC e de cardiopatia (68,2%; p<0,001) e AVC ou ataque isquêmico transitório prévios (50,0%; p=0,016) no grupo de chagásicos. Este mesmo grupo também apresentou percentual maior de utilização de anticoagulantes orais (22,7%; p=0,008). A taxa de 9 tratamento trombolítico endovenoso também foi similar entre os grupos. Os achados relativos ao estudo ecográfico das artérias cervicais não mostraram diferença significativa entre os grupos. Os dados ecocardiográficos mostraram proporção significativamente maior de segmentos acinético ou hipocinético do ventrículo esquerdo, encontro de trombo em ventrículo esquerdo, de aneurisma apical e menor média da fração de ejeção do ventrículo esquerdo entre os pacientes portadores de DC. O óbito hospitalar foi semelhante entre os dois grupos. Conclui-se que os pacientes com DC e AVC apresentam diferenças clínicas, principalmente relacionadas a alterações cardíacas, quando comparados a pacientes com AVC isquêmico sem DC.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-11-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-07-13T15:45:02Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-07-13T15:45:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/56174
url http://hdl.handle.net/1843/56174
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Neurociências
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/1/AVC%20e%20Doen%c3%a7a%20de%20Chagas%20F%20Meira%20final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56174/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 595e3b0d1a61e96dd85ff4986971f824
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676692623720448