Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Denise Marques Sales
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30148
Resumo: Pensar a saúde em espaços urbanos é, acima de tudo, entender os elementos que os compõem e a existência de uma trama com diversas interações, confrontos e afinidades de origem ambiental e social. Considerando essa organicidade dos ambientes urbanos, torna-se essencial entender suas relações com a população que ali habita e os determinantes que agravam à saúde. Para tanto é necessário envolver o caráter transdisciplinar que pode resultar em relevantes análises espaço-temporais das cidades. Dentro dessa perspectiva, as condições climáticas vêm ganhando espaço em estudos epidemiológicos, principalmente em relação aos agravos à saúde respiratória. Em paralelo a esse cenário e definindo a escala de análise, percebe-se um grande volume de casos de doenças respiratórias no município de Belo Horizonte (MG), que constitui um problema para a saúde pública e ocupa posição de destaque entre as principais causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo dessa pesquisa é entender em que medida nos ambientes antropizados as condições climáticas desencadeiam ou agravam diretamente o conforto humano e consequentemente a saúde, deixando a população de 0 a 5 anos mais vulnerável. Através das análises dos dados climáticos e de saúde, das análises rítmicas e da modelagem ambiental foi possível identificar algumas inter-relações. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados registros mensais de cinco estações meteorológicas pertencentes à FEAM e de quatro estações meteorológicas do INMET. Os sistemas atmosféricos atuantes no período foram identificados utilizando-se cartas sinóticas, disponibilizadas pela DHN, e imagens de satélite, disponíveis na página do INPE. As informações relacionadas às doenças respiratórias foram disponibilizadas pela SMSA e os dados da malha urbana de Belo Horizonte da PRODABEL. Concluindo-se que elementos do clima (variações de temperatura, baixa umidade relativa do ar, redução da precipitação, a emissão e concentração de poluentes no ar), sazonalidade (características predominantes das estações do ano e a transição entre elas) e alguns tipos de organizações sócio espaciais (zonas de baixa renda, próximas de complexos industriais e classificadas como vulneráveis) sofrem agravos à ocorrência de doenças respiratórias. Nas análises temporais foi possível identificar o mês de abril como o pico de registros de agravos ao aparelho respiratório e janeiro como o mês de menor ocorrência. Já as análises espaciais revelaram que os distritos sanitários em que há potencial de ocorrência de doenças respiratórias são: Venda Nova, Norte, Nordeste, Leste e Barreiro, validadas a partir dos dados empíricos contendo o número de ocorrência de doenças respiratórias por setor censitário. Nesse sentido, espera-se que com os resultados deste trabalho, o poder público possa obter novos olhares para intervir na saúde, possibilitando a diminuição dos gastos e a criação de políticas públicas mais eficazes em áreas vulneráveis à propagação de doenças. Isso é importante para reduzir iniquidades e ampliar a equidade do atendimento, hospitalização, tratamento e prevenção das doenças respiratórias em crianças de 0 a 5 anos e possivelmente para outras faixas etárias também acometidas.
id UFMG_e4d05f09ec897525791e145d0a386afe
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30148
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Wellington Lopes Assishttp://lattes.cnpq.br/7319113418076858Braulio Magalhaes FonsecaWaleska Teixeira CaiaffaAna Clara Mourão MouraCarlos Henrique Jardimhttp://lattes.cnpq.br/9086771744338751Denise Marques Sales2019-09-30T13:48:08Z2019-09-30T13:48:08Z2019-05-15http://hdl.handle.net/1843/30148Pensar a saúde em espaços urbanos é, acima de tudo, entender os elementos que os compõem e a existência de uma trama com diversas interações, confrontos e afinidades de origem ambiental e social. Considerando essa organicidade dos ambientes urbanos, torna-se essencial entender suas relações com a população que ali habita e os determinantes que agravam à saúde. Para tanto é necessário envolver o caráter transdisciplinar que pode resultar em relevantes análises espaço-temporais das cidades. Dentro dessa perspectiva, as condições climáticas vêm ganhando espaço em estudos epidemiológicos, principalmente em relação aos agravos à saúde respiratória. Em paralelo a esse cenário e definindo a escala de análise, percebe-se um grande volume de casos de doenças respiratórias no município de Belo Horizonte (MG), que constitui um problema para a saúde pública e ocupa posição de destaque entre as principais causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo dessa pesquisa é entender em que medida nos ambientes antropizados as condições climáticas desencadeiam ou agravam diretamente o conforto humano e consequentemente a saúde, deixando a população de 0 a 5 anos mais vulnerável. Através das análises dos dados climáticos e de saúde, das análises rítmicas e da modelagem ambiental foi possível identificar algumas inter-relações. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados registros mensais de cinco estações meteorológicas pertencentes à FEAM e de quatro estações meteorológicas do INMET. Os sistemas atmosféricos atuantes no período foram identificados utilizando-se cartas sinóticas, disponibilizadas pela DHN, e imagens de satélite, disponíveis na página do INPE. As informações relacionadas às doenças respiratórias foram disponibilizadas pela SMSA e os dados da malha urbana de Belo Horizonte da PRODABEL. Concluindo-se que elementos do clima (variações de temperatura, baixa umidade relativa do ar, redução da precipitação, a emissão e concentração de poluentes no ar), sazonalidade (características predominantes das estações do ano e a transição entre elas) e alguns tipos de organizações sócio espaciais (zonas de baixa renda, próximas de complexos industriais e classificadas como vulneráveis) sofrem agravos à ocorrência de doenças respiratórias. Nas análises temporais foi possível identificar o mês de abril como o pico de registros de agravos ao aparelho respiratório e janeiro como o mês de menor ocorrência. Já as análises espaciais revelaram que os distritos sanitários em que há potencial de ocorrência de doenças respiratórias são: Venda Nova, Norte, Nordeste, Leste e Barreiro, validadas a partir dos dados empíricos contendo o número de ocorrência de doenças respiratórias por setor censitário. Nesse sentido, espera-se que com os resultados deste trabalho, o poder público possa obter novos olhares para intervir na saúde, possibilitando a diminuição dos gastos e a criação de políticas públicas mais eficazes em áreas vulneráveis à propagação de doenças. Isso é importante para reduzir iniquidades e ampliar a equidade do atendimento, hospitalização, tratamento e prevenção das doenças respiratórias em crianças de 0 a 5 anos e possivelmente para outras faixas etárias também acometidas.Urban health should be considered using a framework that considers the interactions and associations between environmental and social factors. Considering the interconnectedness of the urban environment, it is important to identify factors which jeopardize the health and wellbeing of urban residents. Spatiotemporal analysis from an interdisciplinary perspective is one approach to evaluate these relationships. Climatic variables have been gaining attention among epidemiological studies using this approach, particularly those examining respiratory health. Respiratory diseases are a major concern in Belo Horizonte (MG), where they are one of the leading causes of hospitalization. Accordingly, the aim of this study is to understand how climatic conditions affect respiratory health among a vulnerable population (0 to 5 year-olds) in the urban environment of Belo Horizonte. Monthly records were obtained from nine weather stations, and atmospheric systems were identified using synoptic charts and satellite imagery. Municipal data on respiratory diseases and urban infrastructure by census tract was also utilized. Methods included rhythmic analysis and environmental modeling. Respiratory diseases were associated with seasonality, climatic factors (temperature variations, relative humidity, precipitation, and pollutants), and socio-spatial elements (average income and proximity to industrial complexes). April was the annual peak of respiratory disease occurrence and January was the month of lowest incidence. Spatial analysis by census tract revealed that the districts of Venda Nova, North, Northeast, East, and Barreiro had the highest rates of respiratory disease. The results of this study may be used by the municipal government to reduce costs and enact effective policies in vulnerable areas. These actions are important to reduce inequities in hospitalization, treatment, and prevention of respiratory diseases in both children ages 0 to 5 and other affected age groups.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAElementos climáticosFatores socioeconômicosVulnerabilidadeDoenças respiratóriasClima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCLIMA E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INTER-RELAÇÕES NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) - Denise Marques Sales.pdfCLIMA E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INTER-RELAÇÕES NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) - Denise Marques Sales.pdfAbertoapplication/pdf8854645https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/1/CLIMA%20E%20DOEN%c3%87AS%20RESPIRAT%c3%93RIAS%20INTER-RELA%c3%87%c3%95ES%20NO%20MUNIC%c3%8dPIO%20DE%20BELO%20HORIZONTE%20%28MG%29%20-%20Denise%20Marques%20Sales.pdf7641a053b1dfce70f287b264f9af37e4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTCLIMA E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INTER-RELAÇÕES NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) - Denise Marques Sales.pdf.txtCLIMA E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INTER-RELAÇÕES NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) - Denise Marques Sales.pdf.txtExtracted texttext/plain252267https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/3/CLIMA%20E%20DOEN%c3%87AS%20RESPIRAT%c3%93RIAS%20INTER-RELA%c3%87%c3%95ES%20NO%20MUNIC%c3%8dPIO%20DE%20BELO%20HORIZONTE%20%28MG%29%20-%20Denise%20Marques%20Sales.pdf.txt23664b0b55350373ed78f3a2378fed73MD531843/301482019-11-14 12:23:01.592oai:repositorio.ufmg.br:1843/30148TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:23:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
title Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
spellingShingle Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
Denise Marques Sales
Elementos climáticos
Fatores socioeconômicos
Vulnerabilidade
Doenças respiratórias
title_short Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
title_full Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
title_fullStr Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
title_full_unstemmed Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
title_sort Clima e doenças respiratórias: inter-relações no município de Belo Horizonte (MG)
author Denise Marques Sales
author_facet Denise Marques Sales
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Wellington Lopes Assis
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7319113418076858
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Braulio Magalhaes Fonseca
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Waleska Teixeira Caiaffa
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ana Clara Mourão Moura
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Carlos Henrique Jardim
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9086771744338751
dc.contributor.author.fl_str_mv Denise Marques Sales
contributor_str_mv Wellington Lopes Assis
Braulio Magalhaes Fonseca
Waleska Teixeira Caiaffa
Ana Clara Mourão Moura
Carlos Henrique Jardim
dc.subject.por.fl_str_mv Elementos climáticos
Fatores socioeconômicos
Vulnerabilidade
Doenças respiratórias
topic Elementos climáticos
Fatores socioeconômicos
Vulnerabilidade
Doenças respiratórias
description Pensar a saúde em espaços urbanos é, acima de tudo, entender os elementos que os compõem e a existência de uma trama com diversas interações, confrontos e afinidades de origem ambiental e social. Considerando essa organicidade dos ambientes urbanos, torna-se essencial entender suas relações com a população que ali habita e os determinantes que agravam à saúde. Para tanto é necessário envolver o caráter transdisciplinar que pode resultar em relevantes análises espaço-temporais das cidades. Dentro dessa perspectiva, as condições climáticas vêm ganhando espaço em estudos epidemiológicos, principalmente em relação aos agravos à saúde respiratória. Em paralelo a esse cenário e definindo a escala de análise, percebe-se um grande volume de casos de doenças respiratórias no município de Belo Horizonte (MG), que constitui um problema para a saúde pública e ocupa posição de destaque entre as principais causas de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo dessa pesquisa é entender em que medida nos ambientes antropizados as condições climáticas desencadeiam ou agravam diretamente o conforto humano e consequentemente a saúde, deixando a população de 0 a 5 anos mais vulnerável. Através das análises dos dados climáticos e de saúde, das análises rítmicas e da modelagem ambiental foi possível identificar algumas inter-relações. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados registros mensais de cinco estações meteorológicas pertencentes à FEAM e de quatro estações meteorológicas do INMET. Os sistemas atmosféricos atuantes no período foram identificados utilizando-se cartas sinóticas, disponibilizadas pela DHN, e imagens de satélite, disponíveis na página do INPE. As informações relacionadas às doenças respiratórias foram disponibilizadas pela SMSA e os dados da malha urbana de Belo Horizonte da PRODABEL. Concluindo-se que elementos do clima (variações de temperatura, baixa umidade relativa do ar, redução da precipitação, a emissão e concentração de poluentes no ar), sazonalidade (características predominantes das estações do ano e a transição entre elas) e alguns tipos de organizações sócio espaciais (zonas de baixa renda, próximas de complexos industriais e classificadas como vulneráveis) sofrem agravos à ocorrência de doenças respiratórias. Nas análises temporais foi possível identificar o mês de abril como o pico de registros de agravos ao aparelho respiratório e janeiro como o mês de menor ocorrência. Já as análises espaciais revelaram que os distritos sanitários em que há potencial de ocorrência de doenças respiratórias são: Venda Nova, Norte, Nordeste, Leste e Barreiro, validadas a partir dos dados empíricos contendo o número de ocorrência de doenças respiratórias por setor censitário. Nesse sentido, espera-se que com os resultados deste trabalho, o poder público possa obter novos olhares para intervir na saúde, possibilitando a diminuição dos gastos e a criação de políticas públicas mais eficazes em áreas vulneráveis à propagação de doenças. Isso é importante para reduzir iniquidades e ampliar a equidade do atendimento, hospitalização, tratamento e prevenção das doenças respiratórias em crianças de 0 a 5 anos e possivelmente para outras faixas etárias também acometidas.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-30T13:48:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-30T13:48:08Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-05-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30148
url http://hdl.handle.net/1843/30148
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/1/CLIMA%20E%20DOEN%c3%87AS%20RESPIRAT%c3%93RIAS%20INTER-RELA%c3%87%c3%95ES%20NO%20MUNIC%c3%8dPIO%20DE%20BELO%20HORIZONTE%20%28MG%29%20-%20Denise%20Marques%20Sales.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30148/3/CLIMA%20E%20DOEN%c3%87AS%20RESPIRAT%c3%93RIAS%20INTER-RELA%c3%87%c3%95ES%20NO%20MUNIC%c3%8dPIO%20DE%20BELO%20HORIZONTE%20%28MG%29%20-%20Denise%20Marques%20Sales.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7641a053b1dfce70f287b264f9af37e4
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
23664b0b55350373ed78f3a2378fed73
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797971382458384384