Conflitos e tensões entre BDSM e feminismo: algo mudou?

• Autor(a) principal: Andressa Carolina do Nascimento Nunes
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Rafael Diogo Pereira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47066
• topic: BDSM; Feminismo; Estudos de gênero; Feminismo radical; Feminismo

O BDSM erótico é caracterizado por um conjunto de práticas inseridas nos universos sadomasoquis- ta e fetichista, regrados pelos princípios de segu- rança, consensualidade e sanidade. Praticantes e membros da comunidade BDSM são há muito discriminados e hostilizados não somente pela so- ciedade em geral, mas também por uma parte vo- cal do movimento feminista, o feminismo radical. Desde o final da década de 1970 feministas radicais vêm se pronunciando contrárias às práticas sado- masoquistas e à pornografia, gerando um conflito que se desenrolou tanto na mídia, quanto na arena política, a fim de determinar o posicionamento do feminismo sobre sexo e sexualidade. Artigos como o de Luke Lockhart (2015) nos revelam que as ten- sões entre o feminismo e o BDSM, embora tenham se esvaído com o tempo, de modo algum cessaram por completo. O que justifica o questionamento: o que se tem produzido nos circuitos feministas a res- peito do BDSM ultimamente? A fim de responder a essa questão, este artigo tem por objetivo discutir de que forma a temática BDSM tem sido tratada em estudos feministas nos últimos anos. Selecionamos produções acadêmicas que abordaram o fenômeno do BDSM sob o prisma das perspectivas feministas e percebemos que o debate tampouco foi esgotado, como também ainda acena para novos e interessan- tes desdobramentos nessa discussão