Intervenientes nos relacionamentos interorganizacionais e seus desdobramentos: um estudo na indústria moveleira no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardo Pinheiro Deboc?
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9AXJPN
Resumo: O esforço teórico desta tese caminha no sentido de responder a questões do tipo: Por que algumas organizações são mais propensas ou menos propensas aos relacionamentos interorganizacionais? Que fatores estão associados ao desenvolvimento e à manutenção dos relacionamentos interorganizacionais? Como o ambiente impacta a propensão das empresas aos relacionamentos interorganizacionais, para empresas inseridas em aglomerações? Tais questões estão ancoradas na explicação dos relacionamentos interorganizacionais, em seus elementos formadores, bem como nos desdobramentos destes relacionamentos para as empresas e para os polos onde estão inseridas. Em um contexto no qual a área de cadeia de suprimentos passa por um processo de sedimentação teórica, esta tese se propõe ao cruzamento de aportes teóricos pouco explorados nessa área. De um lado, partiu-se de pressupostos da visão relacional; de outro, do conceito de capital social, com a intenção de embasar e aprofundar a compreensão do fenômeno dos relacionamentos interorganizacionais, em suas relações com elementos formadores e com desdobramentos para as empresas e para os polos. Nos procedimentos metodológicos, o campo empírico foi abordado por meio de estudo comparativo entre os polos moveleiros de Mirassol (SP) e Ubá (MG). A pesquisa foi de natureza qualitativa e quantitativa, para a qual se utilizou de entrevistas semiestruturadas em 40 empresas moveleiras e em 13 entidades de apoio presentes nos dois polos pesquisados. Do ponto de vista qualitativo, utilizou-se de análise de conteúdo das entrevistas, e do ponto de vista quantitativo, de medidas de estatística descritiva. Os resultados levaram à identificação de fatores que limitam a transição dos relacionamentos da condição de não colaborativos para colaborativos, fazendo prevalecer uma lógica transacional sobre uma lógica relacional. O ambiente foi caracterizado pela percepção de risco, pela desconfiança, pela concorrência e pelo oportunismo, em que se fazem ausentes mecanismos efetivos de governança, no qual se restringe a propensão a investimentos em ativos específicos de relacionamento, bem como ao compartilhamento de informação e à complementação entre as empresas. Em paralelo, possíveis ganhos relacionais encontram espaço nas relações em pequenos grupos de empresários, cujas configurações permitem mecanismos de controle e de ajustes em suas relações. Foi possível esboçar a associação entre elementos que constituem o capital social e medidas de desempenho nas empresas moveleiras. Entretanto, em referência aos polos como unidades, não foi possível identificar elementos de gestão da cadeia de suprimentos gerando vantagem competitiva.
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Em um contexto no qual a área de cadeia de suprimentos passa por um processo de sedimentação teórica, esta tese se propõe ao cruzamento de aportes teóricos pouco explorados nessa área. De um lado, partiu-se de pressupostos da visão relacional; de outro, do conceito de capital social, com a intenção de embasar e aprofundar a compreensão do fenômeno dos relacionamentos interorganizacionais, em suas relações com elementos formadores e com desdobramentos para as empresas e para os polos. Nos procedimentos metodológicos, o campo empírico foi abordado por meio de estudo comparativo entre os polos moveleiros de Mirassol (SP) e Ubá (MG). A pesquisa foi de natureza qualitativa e quantitativa, para a qual se utilizou de entrevistas semiestruturadas em 40 empresas moveleiras e em 13 entidades de apoio presentes nos dois polos pesquisados. Do ponto de vista qualitativo, utilizou-se de análise de conteúdo das entrevistas, e do ponto de vista quantitativo, de medidas de estatística descritiva. Os resultados levaram à identificação de fatores que limitam a transição dos relacionamentos da condição de não colaborativos para colaborativos, fazendo prevalecer uma lógica transacional sobre uma lógica relacional. O ambiente foi caracterizado pela percepção de risco, pela desconfiança, pela concorrência e pelo oportunismo, em que se fazem ausentes mecanismos efetivos de governança, no qual se restringe a propensão a investimentos em ativos específicos de relacionamento, bem como ao compartilhamento de informação e à complementação entre as empresas. Em paralelo, possíveis ganhos relacionais encontram espaço nas relações em pequenos grupos de empresários, cujas configurações permitem mecanismos de controle e de ajustes em suas relações. Foi possível esboçar a associação entre elementos que constituem o capital social e medidas de desempenho nas empresas moveleiras. Entretanto, em referência aos polos como unidades, não foi possível identificar elementos de gestão da cadeia de suprimentos gerando vantagem competitiva.The theoretical effort of this thesis strides towards answering questions such as: Why are some organizations more or less prone to have interorganizational relationships? What components are associated with the development and continuity of interorganizational relationships? How does the corporate environment influence the companies tendency to develop interorganizational relationships, regarding firms within agglomerations? Such questions are anchored on the explanation of the formative elements of the interorganizational relationships and on the unfolding of this relationship in the firm and the corporate complex they are in. In a context that the supply chain area goes through a theoretical sedimentation process, this thesis attempts to combine theoretical approaches rarely explored in this area. From one side, the starting point was the Relational View principles and from the other, the Social Capital concept. The intention was to support and deepen the understanding of the interorganizational phenomena in its relations with its formative elements and its unfolding in the companies and in their firms agglomerations. Within the methodological procedures, the empirical field was approached through a comparative study among the furniture complexes of Mirassol (state of São Paulo) and Ubá (state of Minas Gerais). The research had a quantitative and qualitative nature, for which semi structured interviews were used in 40 furniture firms and in 13 support entities present in both agglomerations studied. From a qualitative point of view, the content of the interview was analyzed, and from a quantitative point of view statistic measurements were described. The results allowed us to identify the components that limit the transition of a relationship from a non-collaborative to a collaborative condition, and thus prevailing a transitional logic instead of a relational logic. A corporate environment that is perceived as risky or charged with suspicion, competitiveness and opportunism, in which effective governance mechanisms are absent, restricts the tendency to invest in relationship assets, share information, as well as the complementation of firms. Parallel to that, possible relational gains find space in the relationship between small groups of entrepreneurs, whose configurations allow control and adjustment mechanisms in their relationship. It was possible to outline an association between elements that constitute the social capital and performance measurements in furniture firms. On the other hand, regarding the firms agglomerations as unities, it was not possible to identify management elements from the supply chain that generate competitive advantages.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLogística empresarial BrasilAdministraçãoIndústria moveleiraRelacionamento interorganizacionalCadeias de suprimentoIntervenientes nos relacionamentos interorganizacionais e seus desdobramentos: um estudo na indústria moveleira no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese___leonardo_pinheiro_debo__.pdfapplication/pdf2935717https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9AXJPN/1/tese___leonardo_pinheiro_debo__.pdfb02b796c2dc2f95aa6b2900ccb06ad3aMD51TEXTtese___leonardo_pinheiro_debo__.pdf.txttese___leonardo_pinheiro_debo__.pdf.txtExtracted texttext/plain356921https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9AXJPN/2/tese___leonardo_pinheiro_debo__.pdf.txtb57960d5940dc995a495157dd996bb22MD521843/BUOS-9AXJPN2019-11-14 13:14:01.431oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9AXJPNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:14:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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