O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B8WEPY |
Resumo: | A Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (TVE) é operação intracerebral que trata a hidrocefalia. Para sua realização é necessário conhecimento da anatomia cirúrgica da membrana aracnoidea de Liliequist, que deve ser aberta durante o procedimento. Porém, a anatomia do ponto de vista neuroendoscópico é pouco conhecida, já que os ângulos de abordagem são diferentes da anatomia descritiva clássica e mesmo da anatomia cirúrgica microscópica. Há discrepância na literatura quanto a eficácia da TVE, sobretudo em crianças, em que pode ocorrer a não abertura completa da membrana de Liliequist (ML). Para compreensão do comportamento da ML, a sua associação com o Tuber Cinereo (TC) e o assoalho do III Ventrículo (IIIVT) e outras peculiaridades, foi realizada, prospectivamente, a observação sistemática destas características durante 57 operações. Os dados foram registrados após o procedimento e posteriormente estudados. Os objetivos eram sistematizar as características anatômicas destas estruturas do ponto de vista neuroendoscópico, avaliar se as alterações seguiam algum padrão e se interferiam no procedimento técnico, correlacionando com a evolução. Pela análise dos dados percebeu-se que as características da ML são variáveis e dificultam, em uma percentagem considerável de vezes, a sua interpretação e seu manejo pelo neurocirurgião. Também, que o TC alterado e separado da ML são fatores associados à maior dificuldade de realização da TVE. Que as TVE realizadas nas hidrocefalias por malformações congênitas, processos inflamatórios e pós sangramento (prevalentes na infância) estão associadas a maior dificuldade de manejar a ML e podem explicar o índice de insucesso maior observado na literatura em crianças abaixo de 2 anos. |
id |
UFMG_f4eb3aebb816fd668f5b2ef6a5f7ac1a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B8WEPY |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Sebastiao Nataniel Silva GusmaoAluizio Augusto Arantes JuniorCassius Vinicius Correa dos ReisJair Leopoldo RasoSamuel Tau ZymbergJosé Aloysio da Costa Val Filho2019-08-10T02:17:15Z2019-08-10T02:17:15Z2018-09-24http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B8WEPYA Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (TVE) é operação intracerebral que trata a hidrocefalia. Para sua realização é necessário conhecimento da anatomia cirúrgica da membrana aracnoidea de Liliequist, que deve ser aberta durante o procedimento. Porém, a anatomia do ponto de vista neuroendoscópico é pouco conhecida, já que os ângulos de abordagem são diferentes da anatomia descritiva clássica e mesmo da anatomia cirúrgica microscópica. Há discrepância na literatura quanto a eficácia da TVE, sobretudo em crianças, em que pode ocorrer a não abertura completa da membrana de Liliequist (ML). Para compreensão do comportamento da ML, a sua associação com o Tuber Cinereo (TC) e o assoalho do III Ventrículo (IIIVT) e outras peculiaridades, foi realizada, prospectivamente, a observação sistemática destas características durante 57 operações. Os dados foram registrados após o procedimento e posteriormente estudados. Os objetivos eram sistematizar as características anatômicas destas estruturas do ponto de vista neuroendoscópico, avaliar se as alterações seguiam algum padrão e se interferiam no procedimento técnico, correlacionando com a evolução. Pela análise dos dados percebeu-se que as características da ML são variáveis e dificultam, em uma percentagem considerável de vezes, a sua interpretação e seu manejo pelo neurocirurgião. Também, que o TC alterado e separado da ML são fatores associados à maior dificuldade de realização da TVE. Que as TVE realizadas nas hidrocefalias por malformações congênitas, processos inflamatórios e pós sangramento (prevalentes na infância) estão associadas a maior dificuldade de manejar a ML e podem explicar o índice de insucesso maior observado na literatura em crianças abaixo de 2 anos.Endoscopic Third Endoscopic (ETV) is a neurosurgical procedure to treat hydrocephalus. To be fully performed it is necessary opening an arachnoid structure, the Liliequist Membrane (LM). However the LM surgical anatomy from the neuroendoscopic point of view is not yet completely studied, since approach angles are different from classics descriptive and microsurgical anatomies. There is a literature discrepancy regarding the ETV efficacy, especially in children over 2 years old, which may be due to LM incomplete opening. In order to understand the LM anatomical behavior, the relationship with tuber cinereo (TC), the floor of the III Ventricle and other peculiarities, a systematic prospective observation of these characteristics was performed during the 57 surgeries. Data were recorded after the procedure and studied. Objectives were to systematize LM anatomical characteristics from neuroendoscopic perspective, understand if anatomical changes follows a pattern interfering on the procedure, and if there is correlation with patients evolution. The data analysis shows that LM characteristics are variable, making difficult the neurosurgeon management. Whenever TC anatomy modifies, or when TC and ML are separated, difficulty to perform ETV increases. When hydrocephalies are due to congenital malformations, inflammatory processes and post bleeding (prevalent in childhood), LM management is much harder, witch may explain the higher failure rate in children under 2 years of age observed in literature.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGVentriculostomiaTerceiro VentrículoNeuroendoscopiaHidrocefaliaMedicinaMembrana de LiliequistHidrocefaliaTerceiro Ventriculostomia NeuroendoscópicaO papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_versao_final_03_10_18.pdfapplication/pdf2458178https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8WEPY/1/tese_versao_final_03_10_18.pdfb86639122283ec6808e34aad5023a1d6MD51TEXTtese_versao_final_03_10_18.pdf.txttese_versao_final_03_10_18.pdf.txtExtracted texttext/plain81875https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8WEPY/2/tese_versao_final_03_10_18.pdf.txt31cd86490c15ae60f8f9b0b85865cac6MD521843/BUOS-B8WEPY2019-11-14 08:53:49.495oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B8WEPYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:53:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
title |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
spellingShingle |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica José Aloysio da Costa Val Filho Membrana de Liliequist Hidrocefalia Terceiro Ventriculostomia Neuroendoscópica Ventriculostomia Terceiro Ventrículo Neuroendoscopia Hidrocefalia Medicina |
title_short |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
title_full |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
title_fullStr |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
title_full_unstemmed |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
title_sort |
O papel da membrana de Liliequist na terceiro ventriculostomia endoscópica |
author |
José Aloysio da Costa Val Filho |
author_facet |
José Aloysio da Costa Val Filho |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sebastiao Nataniel Silva Gusmao |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Aluizio Augusto Arantes Junior |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Cassius Vinicius Correa dos Reis |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Jair Leopoldo Raso |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Samuel Tau Zymberg |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
José Aloysio da Costa Val Filho |
contributor_str_mv |
Sebastiao Nataniel Silva Gusmao Aluizio Augusto Arantes Junior Cassius Vinicius Correa dos Reis Jair Leopoldo Raso Samuel Tau Zymberg |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Membrana de Liliequist Hidrocefalia Terceiro Ventriculostomia Neuroendoscópica |
topic |
Membrana de Liliequist Hidrocefalia Terceiro Ventriculostomia Neuroendoscópica Ventriculostomia Terceiro Ventrículo Neuroendoscopia Hidrocefalia Medicina |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Ventriculostomia Terceiro Ventrículo Neuroendoscopia Hidrocefalia Medicina |
description |
A Terceiro Ventriculostomia Endoscópica (TVE) é operação intracerebral que trata a hidrocefalia. Para sua realização é necessário conhecimento da anatomia cirúrgica da membrana aracnoidea de Liliequist, que deve ser aberta durante o procedimento. Porém, a anatomia do ponto de vista neuroendoscópico é pouco conhecida, já que os ângulos de abordagem são diferentes da anatomia descritiva clássica e mesmo da anatomia cirúrgica microscópica. Há discrepância na literatura quanto a eficácia da TVE, sobretudo em crianças, em que pode ocorrer a não abertura completa da membrana de Liliequist (ML). Para compreensão do comportamento da ML, a sua associação com o Tuber Cinereo (TC) e o assoalho do III Ventrículo (IIIVT) e outras peculiaridades, foi realizada, prospectivamente, a observação sistemática destas características durante 57 operações. Os dados foram registrados após o procedimento e posteriormente estudados. Os objetivos eram sistematizar as características anatômicas destas estruturas do ponto de vista neuroendoscópico, avaliar se as alterações seguiam algum padrão e se interferiam no procedimento técnico, correlacionando com a evolução. Pela análise dos dados percebeu-se que as características da ML são variáveis e dificultam, em uma percentagem considerável de vezes, a sua interpretação e seu manejo pelo neurocirurgião. Também, que o TC alterado e separado da ML são fatores associados à maior dificuldade de realização da TVE. Que as TVE realizadas nas hidrocefalias por malformações congênitas, processos inflamatórios e pós sangramento (prevalentes na infância) estão associadas a maior dificuldade de manejar a ML e podem explicar o índice de insucesso maior observado na literatura em crianças abaixo de 2 anos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-09-24 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T02:17:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T02:17:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B8WEPY |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B8WEPY |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8WEPY/1/tese_versao_final_03_10_18.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8WEPY/2/tese_versao_final_03_10_18.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b86639122283ec6808e34aad5023a1d6 31cd86490c15ae60f8f9b0b85865cac6 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797971361801437184 |