Avaliação na licenciatura em matemática sob a ótica dos discentes: implicações para a aprendizagem e para a formação como docente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Niusarte Virginia Pinheiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32699
Resumo: O objetivo geral desta investigação é analisar como os graduandos do curso de Licenciatura em Matemática de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) percebem a prática avaliativa dos seus professores de disciplinas de conteúdo específico, bem como quais são as implicações dessa prática para a aprendizagem dos conteúdos matemáticos e para a formação docente desses estudantes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e explicativa. O curso e os estudantes foram selecionados por amostra não-probabilística acidental. Os dados foram produzidos por meio de análise documental, observação de atividades didáticas, entrevista individual, roda de conversa, redes sociais (Facebook e WhatsApp), procedendo-se a análise do conteúdo conforme a proposta de Bardin e fundamentada em teóricos da área de avaliação da aprendizagem e da formação docente, bem como na teoria de Bourdieu e Passeron, especialmente nos conceitos de habitus, campo e violência simbólica. A literatura pesquisada revela fragilidade de estudos teórico-práticos sistematizados sobre avaliação, suas modalidades e funções durante o processo de formação para a docência. Em virtude do elevado prestígio acadêmico das disciplinas de conteúdo específico, do poder de imposição e inculcação - que trazem, por consequência, a desvalorização das disciplinas de conteúdo pedagógico -, do caráter legitimador e seletivo da avaliação e diante das dificuldades para aprender os conteúdos específicos, os estudantes manifestam acentuada preocupação com a obtenção de nota e, para tanto, recorrem a diversas estratégias para alcançar a aprovação nas disciplinas, deixando a aprendizagem em segundo plano. Os discentes percebem de forma nebulosa o caráter oculto e legitimador da avaliação, que, por meio de critérios difusos e implícitos, ao atribuir notas e classificá-los, os conduzem à interiorização da responsabilidade por seus êxitos e fracassos, naturalizando, assim, a reprovação e a evasão. Imersos em um contexto no qual as práticas pedagógicas e avaliativas predominantes são tradicionais, tendo a prova convencional como instrumento principal e fidedigno, a visão de avaliação dos licenciandos oscila, ora mais próxima da perspectiva formativa, ora tradicional, evidenciando, contudo, a interiorização e naturalização da avaliação com função classificatória e seletiva em suas subjetividades. A compreensão de avaliação integrada à prática pedagógica aparece de modo incipiente nos relatos dos interlocutores para contrapor à perspectiva dominante. A maioria dos investigados percebe que as experiências vivenciadas nas disciplinas de conteúdo específico podem implicar positiva ou negativamente na formação como docente e demonstra predisposição para tomar os docentes como modelos e/ou contramodelos. Os licenciandos estão propensos, em menor ou maior grau, nos termos de Bourdieu, à incorporação do habitus do professor de Matemática, tornando-se possíveis reprodutores da prática pedagógica tradicional e, consequentemente, de uma avaliação classificatória e excludente na educação básica.
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Em virtude do elevado prestígio acadêmico das disciplinas de conteúdo específico, do poder de imposição e inculcação - que trazem, por consequência, a desvalorização das disciplinas de conteúdo pedagógico -, do caráter legitimador e seletivo da avaliação e diante das dificuldades para aprender os conteúdos específicos, os estudantes manifestam acentuada preocupação com a obtenção de nota e, para tanto, recorrem a diversas estratégias para alcançar a aprovação nas disciplinas, deixando a aprendizagem em segundo plano. Os discentes percebem de forma nebulosa o caráter oculto e legitimador da avaliação, que, por meio de critérios difusos e implícitos, ao atribuir notas e classificá-los, os conduzem à interiorização da responsabilidade por seus êxitos e fracassos, naturalizando, assim, a reprovação e a evasão. Imersos em um contexto no qual as práticas pedagógicas e avaliativas predominantes são tradicionais, tendo a prova convencional como instrumento principal e fidedigno, a visão de avaliação dos licenciandos oscila, ora mais próxima da perspectiva formativa, ora tradicional, evidenciando, contudo, a interiorização e naturalização da avaliação com função classificatória e seletiva em suas subjetividades. A compreensão de avaliação integrada à prática pedagógica aparece de modo incipiente nos relatos dos interlocutores para contrapor à perspectiva dominante. A maioria dos investigados percebe que as experiências vivenciadas nas disciplinas de conteúdo específico podem implicar positiva ou negativamente na formação como docente e demonstra predisposição para tomar os docentes como modelos e/ou contramodelos. Os licenciandos estão propensos, em menor ou maior grau, nos termos de Bourdieu, à incorporação do habitus do professor de Matemática, tornando-se possíveis reprodutores da prática pedagógica tradicional e, consequentemente, de uma avaliação classificatória e excludente na educação básica.The main objective of this research is to analyze how undergraduate students of the Teacher Training Course in Mathematics of a IFES (Instituição Federal de Ensino Superior) perceive the evaluation practice of their professors in the Mathematical- content subjects, the implications of these practices in learning mathematical content, and in their training as teachers. It is a qualitative, descriptive, and explanatory research. The major degree and the students were chosen by random non-probability sampling. The data was collected through document analysis, observation of didactic activities, individual interviews, focus groups, social networks ( Facebook and WhatsApp), and analyzed through content analysis, following the proposal of Bardin, and based on theoreticians in the area of learning evaluation and teacher training, as well as on the theory of Bourdieu & Passeron, especially the concepts of habitus, field, and symbolic violence. The literature researched reveals a frailty of systematized theoretical-practical studies about evaluation, its modalities, and roles during the process of teacher training. Due to the high level of academic prestige of the specific-content subjects, the power of imposition and inculcation - leading, consequently, to undervaluing pedagogical-content subjects-, the legitimation and selective character of evaluation, and faced by the challenges to learn specific contents, the students showed an extreme concern with their grades and, therefore, make use of several strategies to reach the approval on these subjects, relegating learning to the sidelines. . The students vaguely notice the hidden and legitimating character of evaluation that, by implicit and dispersed criteria, attributes their grades and classify them, leading to an internalization of the responsibility for their failures and successes, thus, naturalizing repetition of year/semester and drop-out. Immersed in a context in which the pedagogical and evaluation practices are predominantly traditional, with conventional exams as the main reliable instrument of evaluation, the undergraduates’ perspective of evaluation swings from a formative one to a more traditional one, showing the internalization and naturalization in their subjectivities of evaluation as having a classificatory and selective role. In the interlocutors’ discourse, the understanding of evaluation as part of the pedagogical practice is still incipient, contraposing with the dominant perspective. Most students investigated notice that their experiences on the specific-content subjects can positively or negatively influence their training as teachers and show a willingness to take their professors as role models/counter-role models. In Bourdieu’s terms, the undergrads are prone, in a lesser or greater degree, to incorporate the habitus of a Mathematics teacher becoming possible reproducers of traditional pedagogical practice and, consequently, of a classificatory and excludent evaluation in elementary education.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessMatematica -- Estudo e ensinoLicenciaturaProfessores de matemática -- FormaçãoEstudantes universitáriosAprendizagem -- AvaliaçãoRendimento escolarAvaliação da aprendizagemFormação docenteEducação MatemáticaAvaliação na licenciatura em matemática sob a ótica dos discentes: implicações para a aprendizagem e para a formação como docenteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE Niusarte V PInheiro 2019.pdfTESE Niusarte V PInheiro 2019.pdfapplication/pdf2126502https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32699/1/TESE%20Niusarte%20V%20PInheiro%202019.pdf1d8fc9855f97e680eb656fa081905432MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32699/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32699/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTTESE Niusarte V PInheiro 2019.pdf.txtTESE Niusarte V PInheiro 2019.pdf.txtExtracted texttext/plain500617https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32699/4/TESE%20Niusarte%20V%20PInheiro%202019.pdf.txt778f7a6669a71143b90f8d57c7be2d4bMD541843/326992020-03-05 03:37:25.074oai:repositorio.ufmg.br:1843/32699TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-03-05T06:37:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Niusarte Virginia Pinheiro
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