Avaliação da atividade antimicrobiana e antioxidante de Oenocarpus bacaba Mart., Cordia glabrata Mart. e Siparuna guianensis Aubl.

• Autor(a) principal: Magalhães, Marina
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/1388
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Oenocarpus bacaba; Cordia glabrata; Siparuna guianensis; Antimicrobiana; Antioxidante

NTRODUÇÃO: As plantas são os instrumentos mais antigos utilizados no tratamento de doenças e no Brasil a miscigenação aliada a biodiversidade levaram a população às mais variadas formas de tratamentos com diferentes plantas. Ensaios científicos que esclareçam as propriedades biológicas de plantas que ainda não foram alvos de estudos multidisciplinares são de grande importância. Nesse contexto pesquisas envolvendo a avaliação da atividade biológica da Oenocarpus bacaba Mart. (bacaba), Cordia glabrata Mart. (louro branco) e Siparuna guianensis Aubl. (negramina) são relevantes para desvendar as lacunas presentes na literatura sobre possíveis propriedades farmacológicas a elas atribuídas. OBJETIVO: Avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante de extratos obtidos da O. bacaba, C. glabrata e S. guianensis. MATERIAIS E MÉTODOS: Extratos de cascas dos frutos de O. bacaba, de flores de C. glabrata e folhas de S. guianensis foram obtidos através de extração com etanol 70%. A avaliação da atividade antibacteriana e antifúngica foi realizada pela técnica de microdiluição em caldo e a antioxidante pelo ensaio espectrofotométrico utilizando o radical livre DPPH. RESULTADOS: Na avaliação da atividade antibacteriana, frente a Escherichia coli a S. guianensis foi a espécie que apresentou maior inibição (89,3%), na maior concentração testada, contudo não foi possível determinar a concentração inibitória mínima (CIM) para nenhum dos extratos testados. Os extratos de C. glabrata, S. guianensis e O. bacaba apresentaram CIM igual a 4000 µg/mL para a Pseudomonas aeruginosa. Já para Salmonella typhimurium a S. guianensis foi o único extrato em que foi possível determinar a concentração inibitória (CIM = 4000 µg/mL). A O. bacaba não apresentou atividade contra o Staphylococcus aureus, enquanto o extrato de S. guianensis revelou uma CIM de 1000 µg/mL e o extrato de C. glabrata CIM de 4000 µg/mL. Na avaliação da atividade antifúngica o extrato de C. glabrata revelou CIM de 4000 µg/mL apenas para a C. parapsilosis. Já para o extrato de S. guianensis foi possível estabelecer o valor de concentração inibitória tanto para C. albicans como para C. parapsilosis (CIM = 4000 µg/mL). Na avaliação da atividade antioxidante a S. guianensis apresentou o menor valor de concentração eficiente - CE50 = 34,3 µg/mL, para a C. glabrata e O. bacaba as CE50s obtidas foram de 41,5 e 44,3 µg/mL respectivamente. CONCLUSÃO: Dentre as espécies vegetais avaliadas, a Siparuna guianensis apresentou o melhor potencial antimicrobiano, especialmente frente a bactéria S. aureus, bem como seu extrato foi o que apresentou maior capacidade de reduzir o radical DPPH, revelando a menor CE50.