Estudo do material particulado atmosférico proveniente da extração e manufatura de pedra-sabão nos municípios de Ouro Preto e Mariana, MG.

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Main Author: Proti, Rafaela Soares Costa
Publication Date: 2010
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFOP
Download full: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2271
Summary: A utilização da pedra-sabão (esteatito) em Ouro Preto ocorre desde o séc.XVIII quando passou a ser empregada na ornamentação das igrejas e na produção artesanal de utensílios domésticos. Ainda hoje é utilizada como matéria-prima para produção de objetos decorativos e utilitários, constituindo uma importante alternativa econômica para a população local, excluída do mercado formal de trabalho. O esteatito é uma rocha metamórfica de baixa dureza, constituída principalmente de talco, um filossilicato de magnésio hidratado, podendo ocorrer também clorita, serpentina, antigorita e, ocasionalmente, quartzo, magnetita e pirita. O processo de extração da rocha em pedreiras e de produção de peças artesanais em oficinas submete trabalhadores e artesãos a inalação de grande quantidade de poeira. Esta exposição ocupacional pode levar ao desenvolvimento de pneumoconioses como a talcose ou a talcoasbestose, que são doenças pulmonares decorrentes da inalação de partículas respiráveis de talco ou de talco contaminado por fibras de asbesto. A caracterização química e física do material particulado oriundo destas atividades é importante para avaliação dos seus efeitos à saúde humana e ao meio ambiente. Com este propósito, foram coletadas amostras de poeiras geradas em oficinas de artesanato, numa indústria de moagem de pedra-sabão e em uma mineração nos distritos de Santa Rita de Ouro Preto e Cachoeira do Brumado. A amostragem do material particulado em suspensão foi realizada por meio de coletores passivos e amostrador portátil (handi-vol). Foram ainda amostrados a poeira depositada sobre o solo nas oficinas artesanais e rochas utilizadas nos processos de moagem e de confecção de peças. As concentrações das partículas em suspensão na atmosfera foram obtidas por meio de análises gravimétricas. As amostras de poeira foram submetidas à digestão total e parcial e analisados elementos Al, As, Ba, Be, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Na, Ni, P, Pb, S, Sr, Sc, Th, Ti, V, Zn e Zr por meio do ICP-OES. O tamanho e a forma das partículas foram determinados por meio do Granulômetro a Laser e MEV-EDS. Para a caracterização mineralógica utilizou-se a Difração de Raio X e, descrição das rochas com auxílio do Microscópio Petrográfico Binocular. A concentração de partículas em suspensão foi muito elevada em todos os pontos de amostragem, excedendo os limites estabelecidos pelas normas brasileiras. As partículas respiráveis (menores que 10 µm) chegam a ultrapassar em até 11 vezes o padrão estabelecido pela WHO. O magnésio foi o elemento encontrado em maiores proporções na poeira. As análises obtidas pelo MEV-EDS e pela Difração de Raio X revelam predominância de minerais de talco na poeira, sendo encontrados também clorita e anfibólio, de forma lamelar e acicular, respectivamente. A descrição petrográfica revela ainda, presença de carbonatos nas rochas utilizadas na oficina artesanal de Cachoeira do Brumado e na indústria de moagem em Santa Rita. A predominância de talco (Mg3Si4O10 (OH2)) na rocha utilizada no processo de moagem e de produção de peças artesanais, pode explicar as altas concentrações de Mg. Os carbonatos, encontrados somente nas amostras de rocha utilizadas na oficina de Cachoeira do Brumado e na indústria em Santa Rita, podem explicar a grande diferença na concentração de Ca entre estes pontos e a oficina de artesanato de Santa Rita. Embora os teores de ferro, alumínio e cálcio tenham sido elevados, não foi encontrado na literatura limites para sua concentração no material particulado em suspensão. As concentrações de manganês, níquel e cromo na poeira em suspensão foram superiores aos padrões estabelecidos pela Fundação Nacional de Saúde. Sendo ainda encontrados chumbo na poeira coletada na oficina em Santa Rita de Ouro Preto, e, arsênio na indústria e nas oficinas de artesanato.
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spelling Proti, Rafaela Soares CostaNalini Júnior, Hermínio Arias2013-02-20T17:01:09Z2013-02-20T17:01:09Z2010Proti, R. S. C. Estudo do material particulado atmosférico proveniente da extração e manufatura de pedra-sabão nos municípios de Ouro Preto e Mariana, MG. 2010. 125 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2010http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2271A utilização da pedra-sabão (esteatito) em Ouro Preto ocorre desde o séc.XVIII quando passou a ser empregada na ornamentação das igrejas e na produção artesanal de utensílios domésticos. Ainda hoje é utilizada como matéria-prima para produção de objetos decorativos e utilitários, constituindo uma importante alternativa econômica para a população local, excluída do mercado formal de trabalho. O esteatito é uma rocha metamórfica de baixa dureza, constituída principalmente de talco, um filossilicato de magnésio hidratado, podendo ocorrer também clorita, serpentina, antigorita e, ocasionalmente, quartzo, magnetita e pirita. O processo de extração da rocha em pedreiras e de produção de peças artesanais em oficinas submete trabalhadores e artesãos a inalação de grande quantidade de poeira. Esta exposição ocupacional pode levar ao desenvolvimento de pneumoconioses como a talcose ou a talcoasbestose, que são doenças pulmonares decorrentes da inalação de partículas respiráveis de talco ou de talco contaminado por fibras de asbesto. A caracterização química e física do material particulado oriundo destas atividades é importante para avaliação dos seus efeitos à saúde humana e ao meio ambiente. Com este propósito, foram coletadas amostras de poeiras geradas em oficinas de artesanato, numa indústria de moagem de pedra-sabão e em uma mineração nos distritos de Santa Rita de Ouro Preto e Cachoeira do Brumado. A amostragem do material particulado em suspensão foi realizada por meio de coletores passivos e amostrador portátil (handi-vol). Foram ainda amostrados a poeira depositada sobre o solo nas oficinas artesanais e rochas utilizadas nos processos de moagem e de confecção de peças. As concentrações das partículas em suspensão na atmosfera foram obtidas por meio de análises gravimétricas. As amostras de poeira foram submetidas à digestão total e parcial e analisados elementos Al, As, Ba, Be, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Na, Ni, P, Pb, S, Sr, Sc, Th, Ti, V, Zn e Zr por meio do ICP-OES. O tamanho e a forma das partículas foram determinados por meio do Granulômetro a Laser e MEV-EDS. 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A predominância de talco (Mg3Si4O10 (OH2)) na rocha utilizada no processo de moagem e de produção de peças artesanais, pode explicar as altas concentrações de Mg. Os carbonatos, encontrados somente nas amostras de rocha utilizadas na oficina de Cachoeira do Brumado e na indústria em Santa Rita, podem explicar a grande diferença na concentração de Ca entre estes pontos e a oficina de artesanato de Santa Rita. Embora os teores de ferro, alumínio e cálcio tenham sido elevados, não foi encontrado na literatura limites para sua concentração no material particulado em suspensão. As concentrações de manganês, níquel e cromo na poeira em suspensão foram superiores aos padrões estabelecidos pela Fundação Nacional de Saúde. Sendo ainda encontrados chumbo na poeira coletada na oficina em Santa Rita de Ouro Preto, e, arsênio na indústria e nas oficinas de artesanato.The soapstone is used in Ouro Preto since XVIII century on churches adornment and to produce domestic utensil. Nowadays it still been used to produce handicrafts, being a important alternative to the inhabitants local, excluded of formal job. The steatite is a metamorphic rock. It is largely composed of the mineral talc, composed of hydrated magnesium silicate, with varying amounts of chlorite, serpentine and antigorite, may be present quartz, magnetite and pyrite. The process of rock extraction in pits, and handicrafts production submit the workers and craftsman to inhale big amount of dust. This occupational exposition may be cause talc pneumoconiosis or talc asbestosis, which are pulmonary disease resultant of inhalation of breathable particles of talc or talc containing asbestos. Chemical and physical characterization of particulate matter resultant of these works is important to assess the effect to human health and to environment. For this, it was sampling dust generated in handicrafts places, in a mill factory of soapstone and a mining in a Santa Rita de Ouro Preto and Cachoeira do Brumado districts. The sampling of particulate matter was carried out about passive collectors, and a handi-vol. It was sampled the floor dust of the handicrafts places and rocks used in mill and to produce handicrafts. The particle suspended concentration was obtained by gravimetric analysis. Chemical analysis were carried out of dust samples, it was determined the elements Al, As, Ba, Be, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, Li, Mg, Mn, Na, Ni, P, Pb, S, Sr, Sc, Th, Ti, V, Zn e Zr by ICP-OES. The size and the shape of particles was determined by Particle Size Analyzer and Scanning Electron Microscopy (SEM). It was used X-ray diffraction, for mineralogical characterization and, the description of the rocks with Petrographic Microscope. The particle suspended concentration was high in every samples points, pasting limit of brasilian standard. The inhale particles (less than 10 µm) pasted limit 11 fold the standard of WHO. Magnesium was the element with largest concentration on dust. The analysis of Scanning Electron Microscopy (SEM) and of X-ray diffraction, show the dominance of talc minerals on dust, being present chlorite and amphiboles, with shape lamellar e acicular, respectively. The petrographic description reveal the presence of carbonates in the rocks used in handicraft place of Cachoeira do Brumado and in the mill factory in Santa Rita. The predominate of talc (Mg3Si4O10 (OH2)) in the rock used in mill and in handicrafts process, may explain the high concentration of Mg. The carbonates, presents just in the rocks samples of Cachoeira do Brumado and mill factory in Santa Rita can explain the high difference of Ca concentration between this sample points and Santa Rita handicrafts place. The iron, aluminum and calcium concentrations were high, but it didn´t find on the literature limits for these on particulate matter suspended. The concentrations of manganese, nickel e chromium on dust were highest to the standard of FUNASA. The dust of Santa Rita handicrafts place still has lead. And, there is arsenic on the dust of mill factory and the handicrafts placesPrograma de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.Material particuladoPedra-sabão - esteatito - Ouro Preto - MGArtesanato em pedra-sabãoPedra-sabão - esteatito - Mariana - MGEstudo do material particulado atmosférico proveniente da extração e manufatura de pedra-sabão nos municípios de Ouro Preto e Mariana, MG.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2271/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO_EstudoMaterialParticulado.pdfDISSERTAÇÃO_EstudoMaterialParticulado.pdfapplication/pdf17654951http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2271/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_EstudoMaterialParticulado.pdf3e5a4ef894a357d5cafb1237b64d758cMD51123456789/22712019-03-20 09:19:21.114oai:localhost:123456789/2271Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-03-20T13:19:21Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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