The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Camila Bassil Gradim
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Roncato Júnior, Jorge Geraldo, Soares, Antônio Carlos Pedrosa, Cordani, Umberto Giuseppe, Dussin, Ivo Antonio, Alkmim, Fernando Flecha de, Queiroga, Gláucia Nascimento, Jacobsohn, Tânia, Silva, Luiz Carlos da, Babinski, Marly
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4143
https://doi.org/10.5327/Z2317-4889201400010012
Resumo: Este artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.
id UFOP_487bc755880afcee4186dac62e757dce
oai_identifier_str oai:localhost:123456789/4143
network_acronym_str UFOP
network_name_str Repositório Institucional da UFOP
repository_id_str 3233
spelling Mendonça, Camila Bassil GradimRoncato Júnior, Jorge GeraldoSoares, Antônio Carlos PedrosaCordani, Umberto GiuseppeDussin, Ivo AntonioAlkmim, Fernando Flecha deQueiroga, Gláucia NascimentoJacobsohn, TâniaSilva, Luiz Carlos daBabinski, Marly2014-12-11T17:04:43Z2014-12-11T17:04:43Z2014GRADIM, C. B. G. et al. The hot back-arc of the Arçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation. Brazilian Journal of Geology, v. 44, n. 1, p. 155-180, 2014. Disponível em: <http://bjg.siteoficial.ws/2014/n.1/l.pdf>. Acesso em: 04 set. 2014.2317-4692http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4143https://doi.org/10.5327/Z2317-4889201400010012Este artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.This article presents new lithochemical and geochronological data obtained from gneisses and granites occurring in the region located to the east of the Rio Doce calc-alkaline arc (630 – 580 Ma), which corresponds to the back-arc basin of the Araçuaí orogen. The Nova Venécia Complex, represents the most fertile source of peraluminous granitic melts in the studied back-arc zone. It mostly consists of migmatitic Al-rich paragneisses, ranging from biotite-rich gneisses to biotite-free cordierite-rich granulites, whose main protoliths were graywacky sediments. An EW-oriented section across the northern back-arc region reveals a zone rich in cordierite granulites of the Nova Venécia Complex at the base, followed by migmatites that gradually pass to the Ataléia foliated granites rich in metasedimentary enclaves, which in turn lay beneath the Carlos Chagas batholith. To the south of the Carlos Chagas batholith, orthopyroxene-bearing rocks often occur in both the Nova Venécia Complex and the Ataléia Suite, suggesting a deeper crustal level. Our U-Pb data suggest that melting processes started on the Nova Venécia Complex during the late development of the Rio Doce arc, around 590 Ma, forming autochthonous peraluminous melts related to the Ataléia Suite. Progressive anatexis and melt accumulation attained the climax around 575 Ma, leading to the development of the syn-collisional Carlos Chagas batholith. Around 545 – 530 Ma, a late to post-collisional anatectic episode formed garnet-cordierite leucogranites, mostly from the re-melting of the Ataléia and Carlos Chagas granites. A remarkable post-collisional plutonism caused widesperead re-heating of the back-arc domain from ca. 520 Ma to 480 Ma. This long lasting history (ca. 110 Ma) of granite generation in the back-arc zone requires distinct heat sources, such as asthenosphere ascent under the back-arc region in the pre-collisional stage, thrust stacking of the hot arc onto the back-arc, radiogenic heat release from the collisional thickened crust and, finally, asthenosphere uprising during the gravitational collapse of the Araçuaí orogen.Rochas gnáissicasOrogenic heatRio DoceOrógeno AraçuaíThe hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.A zona quente do retroarco do Orógeno Araçuaí, Brasil Oriental : da sedimentação à geração de granitos.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleTodo o conteúdo do periódico Brazilian Journal of Geology, exceto onde identificado, está licenciado sob uma licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho em qualquer suporte ou formato desde que sejam citados o autor e o licenciante. Fonte: Brazilian Journal of Geology <http://www.scielo.br/revistas/bjgeo/iinstruc.htm>. Acesso em: 12 jan. 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4143/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALARTIGO_HotBackArc.pdfARTIGO_HotBackArc.pdfapplication/pdf26190527http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4143/1/ARTIGO_HotBackArc.pdfb600df835674d25a30e5d7a4c37c7ad2MD51123456789/41432019-05-16 10:31:11.163oai:localhost:123456789/4143Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-05-16T14:31:11Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv A zona quente do retroarco do Orógeno Araçuaí, Brasil Oriental : da sedimentação à geração de granitos.
title The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
spellingShingle The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
Mendonça, Camila Bassil Gradim
Rochas gnáissicas
Orogenic heat
Rio Doce
Orógeno Araçuaí
title_short The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
title_full The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
title_fullStr The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
title_full_unstemmed The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
title_sort The hot back-arc zone of the Araçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation.
author Mendonça, Camila Bassil Gradim
author_facet Mendonça, Camila Bassil Gradim
Roncato Júnior, Jorge Geraldo
Soares, Antônio Carlos Pedrosa
Cordani, Umberto Giuseppe
Dussin, Ivo Antonio
Alkmim, Fernando Flecha de
Queiroga, Gláucia Nascimento
Jacobsohn, Tânia
Silva, Luiz Carlos da
Babinski, Marly
author_role author
author2 Roncato Júnior, Jorge Geraldo
Soares, Antônio Carlos Pedrosa
Cordani, Umberto Giuseppe
Dussin, Ivo Antonio
Alkmim, Fernando Flecha de
Queiroga, Gláucia Nascimento
Jacobsohn, Tânia
Silva, Luiz Carlos da
Babinski, Marly
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mendonça, Camila Bassil Gradim
Roncato Júnior, Jorge Geraldo
Soares, Antônio Carlos Pedrosa
Cordani, Umberto Giuseppe
Dussin, Ivo Antonio
Alkmim, Fernando Flecha de
Queiroga, Gláucia Nascimento
Jacobsohn, Tânia
Silva, Luiz Carlos da
Babinski, Marly
dc.subject.por.fl_str_mv Rochas gnáissicas
Orogenic heat
Rio Doce
Orógeno Araçuaí
topic Rochas gnáissicas
Orogenic heat
Rio Doce
Orógeno Araçuaí
description Este artigo apresenta novos dados litoquímicos e geocronológicos obtidos de rochas gnáissicas e graníticas da zona de retroarco situada imediatamente a leste do Arco Rio Doce (630 – 580 Ma), no orógeno Araçuaí. O Complexo Nova Venécia é a mais importante fonte de fusões graníticas peraluminosas na região. Este complexo consiste, essencialmente, de paragnaisses peraluminosos migmatíticos que variam entre gnaisses ricos em biotita e cordierita-granulitos livres de biotita, cujos protolitos foram sedimentos grauvaquianos. Uma seção E-W no setor norte do retroarco revela uma zona rica em cordierita-granulito, na base, seguida por paragnaisses migmatíticos do Complexo Nova Venécia que passam, gradativamente, a granitos foliados ricos em enclaves de rochas metassedimentares (Suíte Ataléia), os quais estão sobrepostos pelo Batólito Carlos Chagas. Ao sul deste batólito, rochas a hercinita e ortopiroxênio são freqüentes no Complexo Nova Venécia e Suíte Ataléia, indicando nível crustal mais profundo. Nossos dados U-Pb evidenciam que processos anatéticos tiveram início no Complexo Nova Venécia ainda durante o desenvolvimento do Arco Rio Doce, em torno de 590 Ma, originando fusões graníticas relacionadas à Suíte Ataléia. A progressiva produção de magma granítico e sua acumulação atingiram o clímax no intervalo 575 Ma, em pleno estágio sincolisional, resultando na edificação do Batólito Carlos Chagas. Em torno de 545 – 530 Ma, adveio novo processo anatético, que originou granada-cordierita leucogranitos a partir da fusão parcial de granitos da Suíte Ataléia e Batólito Carlos Chagas. Finalmente, um marcante plutonismo pós-colisional (520–480 Ma) do tipo I causou importante re-aquecimento regional. Esta longa história (ca. 110 Ma) de produção de magmas graníticos na zona de retroarco requer diferentes fontes de calor, tais como ascenção astenosférica sob a região de retroarco durante o estágio pré-colisional, cavalgamento da base quente do arco sobre o retroarco, liberação de calor radiogênico da pilha crustal espessada no estágio colisional e, finalmente, ascenção astenosférica durante o colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí.
publishDate 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-12-11T17:04:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-12-11T17:04:43Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GRADIM, C. B. G. et al. The hot back-arc of the Arçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation. Brazilian Journal of Geology, v. 44, n. 1, p. 155-180, 2014. Disponível em: <http://bjg.siteoficial.ws/2014/n.1/l.pdf>. Acesso em: 04 set. 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4143
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 2317-4692
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv https://doi.org/10.5327/Z2317-4889201400010012
identifier_str_mv GRADIM, C. B. G. et al. The hot back-arc of the Arçuaí orogen, Eastern Brazil : from sedimentation to granite generation. Brazilian Journal of Geology, v. 44, n. 1, p. 155-180, 2014. Disponível em: <http://bjg.siteoficial.ws/2014/n.1/l.pdf>. Acesso em: 04 set. 2014.
2317-4692
url http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/4143
https://doi.org/10.5327/Z2317-4889201400010012
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFOP
instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron:UFOP
instname_str Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron_str UFOP
institution UFOP
reponame_str Repositório Institucional da UFOP
collection Repositório Institucional da UFOP
bitstream.url.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4143/2/license.txt
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4143/1/ARTIGO_HotBackArc.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
b600df835674d25a30e5d7a4c37c7ad2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufop.edu.br
_version_ 1797950197530099712