Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFOP |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6748 http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.21014 |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar se as cianotoxinas (microcistinas) podem afetar a composição da comunidade zooplanctônica, levando à dominância de formas microzooplanctônicas (protozoários e rotiferos), as variações nas concentrações de microcistina e a biomassa do zooplâncton foram analisadas em três reservatórios eutróficos na região semi-árida do nordeste brasileiro. A concentração de microcistinas na água esteve correlacionada com o biovolume de cianobactérias, indicando a contribuição de formas coloniais como Microcystis na produção de cianotoxinas. A nível de comunidade, a biomassa total do zooplâncton não apresentou correlacão com a concentração de microcistina (r2 = 0.00; P > 0.001), mas em uma análise a nível de populações, a biomassa de rotíferos e cladóceros apresentou uma fraca correlação positiva. Copépodos Cyclopoida, os quais são considerados relativamente ineficientes na ingestão de cianobactérias, estiveram negativamente correlacionados com a concentração de microcistinas (r2 = - 0.01; P > 0.01). Surpreendentemente, a biomassa de copépodos Calanoida foi positivamente correlacionada com a concentração de cianotoxinas (r2 = 0.44; P > 0.001). Os resultados indicam que mecanismos de controle alelopáticos (efeitos negativos da microcistina sobre o zooplâncton) parecem não afetar substancialmente a composição do mesozooplâncton, que apresentou uma alta e constante biomassa, quando comparada à biomassa do microzooplâncton (rotíferos). Esses resultados podem ser importantes para um melhor entendimento das interações tróficas entre o zooplâncton e cianobactérias, e do efeito potencial de compostos alelopáticos sobre o zooplâncton. |
id |
UFOP_e03fd9dc3e6e8d0463c13bb93bca6b38 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:123456789/6748 |
network_acronym_str |
UFOP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFOP |
repository_id_str |
3233 |
spelling |
Paes, Thécia Alfenas Silva ValenteCosta, Ivaneide Alves Soares daSilva, Ana Paula CardosoSant'Anna, Eneida Maria Eskinazi2016-08-08T14:40:57Z2016-08-08T14:40:57Z2016PAES, T. A. S. V. et al. Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? Brazilian Journal of Biology, v. 76, p. 450-460, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bjb/v76n2/1519-6984-bjb-1519-698421014.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2016.1678-4375http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6748http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.21014Com o objetivo de avaliar se as cianotoxinas (microcistinas) podem afetar a composição da comunidade zooplanctônica, levando à dominância de formas microzooplanctônicas (protozoários e rotiferos), as variações nas concentrações de microcistina e a biomassa do zooplâncton foram analisadas em três reservatórios eutróficos na região semi-árida do nordeste brasileiro. A concentração de microcistinas na água esteve correlacionada com o biovolume de cianobactérias, indicando a contribuição de formas coloniais como Microcystis na produção de cianotoxinas. A nível de comunidade, a biomassa total do zooplâncton não apresentou correlacão com a concentração de microcistina (r2 = 0.00; P > 0.001), mas em uma análise a nível de populações, a biomassa de rotíferos e cladóceros apresentou uma fraca correlação positiva. Copépodos Cyclopoida, os quais são considerados relativamente ineficientes na ingestão de cianobactérias, estiveram negativamente correlacionados com a concentração de microcistinas (r2 = - 0.01; P > 0.01). Surpreendentemente, a biomassa de copépodos Calanoida foi positivamente correlacionada com a concentração de cianotoxinas (r2 = 0.44; P > 0.001). Os resultados indicam que mecanismos de controle alelopáticos (efeitos negativos da microcistina sobre o zooplâncton) parecem não afetar substancialmente a composição do mesozooplâncton, que apresentou uma alta e constante biomassa, quando comparada à biomassa do microzooplâncton (rotíferos). Esses resultados podem ser importantes para um melhor entendimento das interações tróficas entre o zooplâncton e cianobactérias, e do efeito potencial de compostos alelopáticos sobre o zooplâncton.The aim of our study was to assess whether cyanotoxins (microcystins) can affect the composition of the zooplankton community, leading to domination of microzooplankton forms (protozoans and rotifers). Temporal variations in concentrations of microcystins and zooplankton biomass were analyzed in three eutrophic reservoirs in the semi-arid northeast region of Brazil. The concentration of microcystins in water proved to be correlated with the cyanobacterial biovolume, indicating the contributions from colonial forms such as Microcystis in the production of cyanotoxins. At the community level, the total biomass of zooplankton was not correlated with the concentration of microcystin (r2 = 0.00; P > 0.001), but in a population-level analysis, the biomass of rotifers and cladocerans showed a weak positive correlation. Cyclopoid copepods, which are considered to be relatively inefficient in ingesting cyanobacteria, were negatively correlated (r2 = – 0.01; P > 0.01) with the concentration of cyanotoxins. Surprisingly, the biomass of calanoid copepods was positively correlated with the microcystin concentration (r2 = 0.44; P > 0.001). The results indicate that allelopathic control mechanisms (negative effects of microcystin on zooplankton biomass) do not seem to substantially affect the composition of mesozooplankton, which showed a constant and high biomass compared to the microzooplankton (rotifers). These results may be important to better understand the trophic interactions between zooplankton and cyanobacteria and the potential effects of allelopathic compounds on zooplankton.Todo o conteúdo do periódico Brazilian Journal of Biology, exceto onde identificado, está sob uma licença Creative Commons que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho em qualquer suporte ou formato desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais. Fonte: Brazilian Journal of Biology <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1519-6984&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 ago. 2019.info:eu-repo/semantics/openAccessCyanotoxinsMicrocistinaZooplanktonComposiçãoReservoirsCan microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs?Microcistinas podem afetar a estrutura da comunidade zooplanctônica em reservatórios eutróficos tropicais?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleengreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8924http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/6748/2/license.txt62604f8d955274beb56c80ce1ee5dcaeMD52ORIGINALARTIGO_CanMicrocystinsAffect.pdfARTIGO_CanMicrocystinsAffect.pdfapplication/pdf2795635http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/6748/1/ARTIGO_CanMicrocystinsAffect.pdfcfe6d1dddc9780b948c785ee4fce19f3MD51123456789/67482019-09-25 09:15:33.528oai:localhost:123456789/6748RGVjbGFyYcOnw6NvIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhCgpPIHJlZmVyaWRvIGF1dG9yOgoKYSlEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpiKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCBuw6NvIGRldMOpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgT3VybyBQcmV0by9VRk9QIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MsIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpjKVNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVUZPUCwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gY29udHJhdG8gb3UgYWNvcmRvLgoKRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-09-25T13:15:33Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Microcistinas podem afetar a estrutura da comunidade zooplanctônica em reservatórios eutróficos tropicais? |
title |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
spellingShingle |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? Paes, Thécia Alfenas Silva Valente Cyanotoxins Microcistina Zooplankton Composição Reservoirs |
title_short |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
title_full |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
title_fullStr |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
title_full_unstemmed |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
title_sort |
Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? |
author |
Paes, Thécia Alfenas Silva Valente |
author_facet |
Paes, Thécia Alfenas Silva Valente Costa, Ivaneide Alves Soares da Silva, Ana Paula Cardoso Sant'Anna, Eneida Maria Eskinazi |
author_role |
author |
author2 |
Costa, Ivaneide Alves Soares da Silva, Ana Paula Cardoso Sant'Anna, Eneida Maria Eskinazi |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Paes, Thécia Alfenas Silva Valente Costa, Ivaneide Alves Soares da Silva, Ana Paula Cardoso Sant'Anna, Eneida Maria Eskinazi |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cyanotoxins Microcistina Zooplankton Composição Reservoirs |
topic |
Cyanotoxins Microcistina Zooplankton Composição Reservoirs |
description |
Com o objetivo de avaliar se as cianotoxinas (microcistinas) podem afetar a composição da comunidade zooplanctônica, levando à dominância de formas microzooplanctônicas (protozoários e rotiferos), as variações nas concentrações de microcistina e a biomassa do zooplâncton foram analisadas em três reservatórios eutróficos na região semi-árida do nordeste brasileiro. A concentração de microcistinas na água esteve correlacionada com o biovolume de cianobactérias, indicando a contribuição de formas coloniais como Microcystis na produção de cianotoxinas. A nível de comunidade, a biomassa total do zooplâncton não apresentou correlacão com a concentração de microcistina (r2 = 0.00; P > 0.001), mas em uma análise a nível de populações, a biomassa de rotíferos e cladóceros apresentou uma fraca correlação positiva. Copépodos Cyclopoida, os quais são considerados relativamente ineficientes na ingestão de cianobactérias, estiveram negativamente correlacionados com a concentração de microcistinas (r2 = - 0.01; P > 0.01). Surpreendentemente, a biomassa de copépodos Calanoida foi positivamente correlacionada com a concentração de cianotoxinas (r2 = 0.44; P > 0.001). Os resultados indicam que mecanismos de controle alelopáticos (efeitos negativos da microcistina sobre o zooplâncton) parecem não afetar substancialmente a composição do mesozooplâncton, que apresentou uma alta e constante biomassa, quando comparada à biomassa do microzooplâncton (rotíferos). Esses resultados podem ser importantes para um melhor entendimento das interações tróficas entre o zooplâncton e cianobactérias, e do efeito potencial de compostos alelopáticos sobre o zooplâncton. |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-08-08T14:40:57Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-08-08T14:40:57Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
PAES, T. A. S. V. et al. Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? Brazilian Journal of Biology, v. 76, p. 450-460, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bjb/v76n2/1519-6984-bjb-1519-698421014.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2016. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6748 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
1678-4375 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.21014 |
identifier_str_mv |
PAES, T. A. S. V. et al. Can microcystins affect zooplankton structure community in tropical eutrophic reservoirs? Brazilian Journal of Biology, v. 76, p. 450-460, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bjb/v76n2/1519-6984-bjb-1519-698421014.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2016. 1678-4375 |
url |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6748 http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.21014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFOP instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) instacron:UFOP |
instname_str |
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |
instacron_str |
UFOP |
institution |
UFOP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFOP |
collection |
Repositório Institucional da UFOP |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/6748/2/license.txt http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/6748/1/ARTIGO_CanMicrocystinsAffect.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
62604f8d955274beb56c80ce1ee5dcae cfe6d1dddc9780b948c785ee4fce19f3 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@ufop.edu.br |
_version_ |
1797950205025320960 |