Do cinema mudo à Nuberu Bagu: uma introdução ao Japão e seu cinema industrial

• Autor(a) principal: Souza, Rodolfo França de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25949
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Japão; Cinema; História Contemporânea.

O objetivo deste artigo é conduzir uma introdução a história do Japão sob o viés do cinema, através das intensas transformações conjunturais que ocorreram durante o século XX. Conforme o sucesso do cinema industrial japonês, correspondido periodicamente do começo do século XX até a década de 1970. Sempre aplicando o esforço de pensar às vezes que o cinema foi utilizado como ferramenta política. Este cinema japonês, que em sua essência, sempre foi industrial e deteve pouco espaço para a influência independente. Para isto, é abarcada a conjuntura política do período anterior, que no ocidente, se entende como era “feudal japonesa”, conhecido como período Edo. O período foi bastante influente para o cinema, formulando um próprio gênero cinematográfico discutido no artigo. O cinema - da transição do período Edo para o período contemporâneo - foi utilizado como instrumento de modernização, apesar de em sua gênese, se inspirar fortemente no teatro tradicional japonês. Essa herança, no início do século XX, é debatida. E as influências externas de Hollywood são incorporadas ao ato de fazer cinema no Japão no começo do século. A primeira e segunda guerra afetam diretamente a cinematografia, utilizada como propaganda de guerra durante a primeira e censurada após a derrota do eixo na segunda. Esse cinema, é novamente utilizado como ferramenta para a condução intelectual-popular da política do país, e do fazer do senso comum. Por vezes estimulando a belicosidade, e após a guerra, trazendo a perspectiva pacifista estimulada pela ocupação americana em território japonês. Após a segunda guerra, o cinema japonês - hoje conhecido como clássico - se consolida, durante a década de 1950. Quando há a expansão cinematográfica do Japão para o mundo ocidental, ganhando festivais e conquistando aclamação crítica. Com a chegada da televisão e da popularização do home-video o cinema mainstream entra em decadência, e os diretores e produtoras procuram se reinventar através do exploitation que ficou conhecido como o movimento da Nuberu Bagu. Buscando novas formas de invenção, mas também por consequência, trazendo perspectivas novas e nunca antes vistas como o gênero e a sexualidade.