ANÁLISE DOS IMPACTOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NA INDÚSTRIA DA CONTRUÇÃO CIVIL EM PALMAS-TO - ESTUDO DE CASO

• Autor(a) principal: Lira, Gabriel Rairan Coelho Soares
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25488
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL; Construção civil; Palmas

No início do ano de 2020 o Brasil viveu, acompanhado do restante do mundo, uma crise sanitária por conta da pandemia do novo coronavírus, porém essa crise se espalhou por todos os setores da sociedade, atingindo, inclusive, a construção civil. Por conta da nova realidade, as empresas precisaram adaptar seus canteiros de obras e, toda a rotina que prevalecia antes da chegada do COVID-19, teve de ser revista e modificada para atender as exigências de contenção do vírus. Além da influência comportamental a pandemia trouxe sérias consequências financeiras para o mercado da construção brasileira. Este trabalho objetivou, através de um estudo de caso, entender melhor tanto as mudanças ocorridas nos canteiros, como as consequências financeiras para as construtoras, mas também psicológicas e emocionais para os funcionários da construção civil na cidade de Palmas - TO. Para isso foram aplicados questionários em três obras da capital tocantinense, um para os gestores de cada obra e outro para os funcionários dos demais setores da construção. Para os gestores foram feitas nove perguntas a fim de entender como a pandemia afetou o andamento da obra, a parte orçamentária e quais medidas profiláticas foram tomadas para evitar a contaminação dos trabalhadores com o novo coronavírus. Após a aplicação pode-se concluir que todas as obras aplicaram medidas de prevenção ao COVID-19 nos canteiros, porém em proporções diferentes. Além disso, todas tiveram os cronogramas afetados pela pandemia sendo os atrasos provocados pelas paralisações e demoras na entrega dos insumos, estes inclusive foram os principais responsáveis pelas variações orçamentárias nas obras devido à alta nos seus custos, acompanhando a tendência nacional. Apenas uma obra se queixou de queda de produtividade por parte dos colaboradores, justificando-a a inércia da retomada. Para os trabalhadores foram feitas dez perguntas visando tentar entender como o trabalho foi afetado pela pandemia. Dentre os resultados obtidos é válido destacar que todos os funcionários afirmaram que as empresas ofereceram medidas de prevenção ao COVID-19, mas nem todos se sentiram seguros com estas medidas. Ademais, cerca de 42% dos trabalhadores afirmaram que após o começo da pandemia tiveram queda na produtividade, causada principalmente pela adequação as medidas de segurança, mas o receio de trabalhar sob um estado pandêmico veio logo em seguida. Para cerca de 30% dos funcionários houve uma maior pressão por parte dos gestores, pressão esta que também foi causa de menor rendimento entre os trabalhadores. Para quase 70% dos trabalhadores não houve auxílio psicológico por parte da empresa, que ajudaria a lidar com a pressão a mais e sobretudo com a situação de calamidade que o mundo enfrentava. Por fim, todos os trabalhadores estavam vacinados com pelo menos uma dose contra o novo coronavírus, porém, a grande maioria não completou o esquema vacinal, refletindo os dados da população brasileira.