Asma na Gravidez: Revisão do Manejo e Validação do Teste de Controle da Asma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AGUIAR, Mauro Monteiro de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10379
Resumo: Esta dissertação origina-se da criação de um ambulatório especializado no atendimento de gestantes asmáticas, no Hospital das Clínicas (hospital de ensino da Universidade Federal de Pernambuco). Os estudos resultantes tiveram como foco principal questões relacionadas à asma na gravidez, sendo concluídos dois artigos de revisão e um artigo original. A revisão narrativa intitulada: “Asma na gravidez: atualização no manejo” discorre sobre os principais aspectos desta patologia em gestantes, pois trata-se de uma doença crônica frequente na gestação, cujo descontrole encontra-se associado a desfechos maternos e perinatais desfavoráveis. O manejo da doença apresenta desafios, tais como a resistência das pacientes em utilizar medicações durante a gravidez, além de queixas frequentes de dispnéia associada ao estado gravídico, não relacionada à asma. O controle adequado da asma, juntamente com vigilância obstétrica cuidadosa, devem ser integrados e constituírem objetivos globais do tratamento de gestantes asmáticas. O tratamento medicamentoso deve ser encorajado e permite o uso de algumas medicações utilizadas em pacientes não gestantes. A revisão sistemática intitulada: “Beclometasona inalatória em gestantes asmáticas-Revisão Sistemática” tem como objetivo rever de forma sistemática as evidências sobre a segurança e eficácia do uso de beclometasona inalatória em gestantes asmáticas. Foi realizada uma revisão sistemática a partir das bases de dados MedLine, LILACS e SciELO. Foram encontrados 3433 artigos dos quais nove foram selecionados. A maioria dos estudos, nesta revisão, atestou a segurança e eficácia do uso de beclometasona inalatória para o tratamento da asma na gravidez, tendo apenas um artigo sugerido risco fetal e um artigo associado a risco de distúrbios endócrinos e metabólicos na infância. Não encontramos evidências que sugerissem uma menor eficácia ou segurança da beclometasona, em comparação a outras drogas utilizadas na gestante asmática. No artigo com título: “O Teste de Controle da Asma é válido em gestantes asmáticas?”, buscou-se a validação do questionário padronizado Teste de Controle da Asma (TCA) em gestantes asmáticas. Estudo de validação de teste diagnóstico com 40 gestantes asmáticas avaliadas em até quatro oportunidades (113 consultas), a cada visita foram submetidas à prova de função pulmonar, avaliação do controle da doença por obstetra treinado em manejar asma na gravidez e foi utilizado o TCA. O ponto de corte com maior acurácia foi 16, com sensibilidade de 95,4%, especificidade de 68,8%, valor preditivo negativo de 91,7%, valor preditivo positivo de 80,5%. As razões de verossimilhança positiva e negativa foram respectivamente 3,052 e 0,067. O questionário tem grande capacidade de discriminar asma controlada, com uma área sob a curva ROC de 0,846 (IC 95% 0,748 a 0,92). A reprodutibilidade foi verificada entre pacientes que mantiveram a mesma classificação clínica, apresentando um coeficiente de correlação intraclasse de 0,86 (IC 95% 0,75 a 0,93). Entre aquelas que melhoraram a classificação clínica houve melhora significativa no escore TCA (p< 0,005), indicando boa responsividade. O TCA apresentou boa reprodutibilidade e foi capaz de discriminar o nível de controle da asma em gestantes, demonstrando ser uma ferramenta útil no manejo da asma durante a gravidez.
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