Arte e seu ensino: sentidos atribuídos pelas vozes das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental.
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11288 |
Resumo: | O presente estudo buscou compreender quais os sentidos atribuídos à arte e a seu ensino pelas crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Mestre Vitalino, situada no Alto do Moura em Caruaru. Os sujeitos colaboradores na construção desta pesquisa foram vinte e uma crianças do 2º Ano A e treze crianças do 5º Ano B. Para realização deste estudo, desenvolvemos uma discussão teórica acerca do Ensino da Arte e os sentidos que foram sendo reproduzidos através dos tempos dentro das correntes educacionais, onde se situam as diversas concepções para esse ensino. Tecemos também uma discussão articulando os eixos Estética, Educação Estética e Ensino de Arte (BARBOSA, 1975; SILVA, 2005; AZEVEDO, 2010; AMORIM, 2007; LOPONTE, 2006; DUARTE JÚNIOR, 2000; MAFFESOLI, 1998). Além disso, realizamos uma problematização da própria noção de infância, tomando como referência a perspectiva da Sociologia da Infância (CORSARO, 2011; SARMENTO, 2008; DELGADO; MÜLLER, 2005), Filosofia da Infância (KOHAN, 2003; LARROSA, 1999) e as implicações destas concepções para se pensar o lugar da criança e da infância e sua educação. Como metodologia optou-se por uma pesquisa qualitativa de abordagem etnográfica, com a intenção de dar voz e visibilidade às crianças. Os instrumentos de coleta de dados foram as conversas informais gravadas com as crianças, a observação com registro no diário de bordo, fotografias e filmagens. Como resultados da pesquisa destacam-se vários sentidos que emergiram dos discursos das crianças que tiveram diversos desdobramentos, tais como: as crianças já trazem uma experiência estética para a escola a partir do que é vivenciado por elas no cotidiano; na sala de aula, mesmo se materializando na prática as diversas concepções de ensino de arte repassadas através dos tempos, é possível perceber que as crianças dão novos sentidos a essas concepções quando revelam uma construção autônoma a partir de seus próprios entendimentos sobre a arte; dentre outras coisas, as crianças evidenciam como o brincar, a brincadeira, a imaginação, a criação - lócus da construção das culturas infantis- por vezes limitados e restritos para elas na escola, é significado, sobretudo na aula de arte. Porém, por outro lado, nas crianças, sobretudo do 5º ano, movidas mais pelo ofício de aluno do que pelos modos de ser criança, identificamos uma ênfase maior à dimensão conteudista do ensino arte. De todo modo, a fala das crianças do 5º ano registra uma significação muito pertinente: a aula de arte como sendo um espaço/tempo do conhecimento, da expressão, do impulso criativo, espaço no qual se pode exceder algumas linhas a mais do que é previamente estabelecido no contexto escolar. Em linhas gerais, a aula de arte, para além do que já foi colocado, aparece na voz das crianças como um momento que potencializa a dimensão sensível e a criatividade. Trata-se de uma pesquisa que exprime uma diversidade de sentidos diferentes, mas não excludentes, o que reafirma a necessidade de mais ações e estudos articulados contemplando as especificidades dos anos iniciais do ensino fundamental, sobretudo no que se refere à infância e à compreensão do sentido e do lugar da arte e seu ensino presente no espaço escolar. |
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Silva, Maria Alves da.Salles, Conceição Gislane Nóbrega Lima de 2015-03-06T18:32:38Z2015-03-06T18:32:38Z2014-09-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11288O presente estudo buscou compreender quais os sentidos atribuídos à arte e a seu ensino pelas crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Mestre Vitalino, situada no Alto do Moura em Caruaru. Os sujeitos colaboradores na construção desta pesquisa foram vinte e uma crianças do 2º Ano A e treze crianças do 5º Ano B. Para realização deste estudo, desenvolvemos uma discussão teórica acerca do Ensino da Arte e os sentidos que foram sendo reproduzidos através dos tempos dentro das correntes educacionais, onde se situam as diversas concepções para esse ensino. Tecemos também uma discussão articulando os eixos Estética, Educação Estética e Ensino de Arte (BARBOSA, 1975; SILVA, 2005; AZEVEDO, 2010; AMORIM, 2007; LOPONTE, 2006; DUARTE JÚNIOR, 2000; MAFFESOLI, 1998). Além disso, realizamos uma problematização da própria noção de infância, tomando como referência a perspectiva da Sociologia da Infância (CORSARO, 2011; SARMENTO, 2008; DELGADO; MÜLLER, 2005), Filosofia da Infância (KOHAN, 2003; LARROSA, 1999) e as implicações destas concepções para se pensar o lugar da criança e da infância e sua educação. Como metodologia optou-se por uma pesquisa qualitativa de abordagem etnográfica, com a intenção de dar voz e visibilidade às crianças. Os instrumentos de coleta de dados foram as conversas informais gravadas com as crianças, a observação com registro no diário de bordo, fotografias e filmagens. Como resultados da pesquisa destacam-se vários sentidos que emergiram dos discursos das crianças que tiveram diversos desdobramentos, tais como: as crianças já trazem uma experiência estética para a escola a partir do que é vivenciado por elas no cotidiano; na sala de aula, mesmo se materializando na prática as diversas concepções de ensino de arte repassadas através dos tempos, é possível perceber que as crianças dão novos sentidos a essas concepções quando revelam uma construção autônoma a partir de seus próprios entendimentos sobre a arte; dentre outras coisas, as crianças evidenciam como o brincar, a brincadeira, a imaginação, a criação - lócus da construção das culturas infantis- por vezes limitados e restritos para elas na escola, é significado, sobretudo na aula de arte. Porém, por outro lado, nas crianças, sobretudo do 5º ano, movidas mais pelo ofício de aluno do que pelos modos de ser criança, identificamos uma ênfase maior à dimensão conteudista do ensino arte. 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