A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2016 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFPE |
Download full: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18399 |
Summary: | Na representação da realidade, as implicações que o real traz para a ficção vão além da mera imitação. Na Literatura, o modo como se representa a realidade expressa, usualmente, a cosmovisão de uma determinada época. Isso é perceptível no modo realista de composição ficcional, que atinge seu ápice na segunda metade do século XIX, quando “o romance realista autêntico tem assumido a herança da tragédia clássica” (AUERBACH, 2011, p. 446). Nesse processo de historicização, o trágico, mediante as transformações sociais, se torna importante por ser uma forma de abarcar a representação de personagens de baixa extração social. Diante do exposto, o estudo realiza uma leitura crítica das configurações do modo realista de produção ficcional nos romances Seara de vento (1958), de Manuel da Fonseca; e Emissários do diabo (1968), de Gilvan Lemos, dando particular atenção aos aspectos que dizem respeito à representação da situação da posse de terra e de seus impactos sociais. Verifica, em desdobramento, como a construção ficcional dessa conjuntura se dá a partir da manifestação do trágico dentro dos romances analisados. Para tal intento, recorremos ao auxílio de teóricos de áreas diversas, como pressupostos hauridos da Crítica Literária de ascendência sociológica (CANDIDO, 2006) e da Filologia (AUERBACH, 2011). Além disso, os teóricos que versam sobre o trágico (LESKY, 2003; SZONDI, 2004; EAGLETON, 2013) e sobre a figura do herói (ARISTÓTELES, 19__; CAMPBELL, 2007). Também foram de grande valia os autores que tratam a respeito da conjuntura agrária no Brasil (PRADO JR., 1978; LIMA, 1988) e em Portugal (CUNHAL, 1968; MORAIS, 1974). Por fim, e não menos importante, lançou-se mão ainda da fortuna crítica das obras (SEIXO, 1980; ASSUMPÇÃO, 1982; CARLISLE, 1981), que se apresenta como adjuvante nas análises realizadas. Como resultado, entendemos que, nas narrativas, a construção ficcional por meio do modo realista enseja a reelaboração histórico-social das conjunturas portuguesa e brasileira, por meio de questões que envolvem a posse da terra. O trágico, nesse plano, assume o status de um recurso crucial, utilizado pelos escritores, para representar a lastimável condição da desigualdade social no contexto agrário. |
id |
UFPE_892c4f8115471df903ec2336fdbd16a2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18399 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SIQUEIRA, Mariá Gonçalves dehttp://lattes.cnpq.br/5621536488518666http://lattes.cnpq.br/7274047087168768BEZERRA, Antony Cardoso2017-03-10T13:38:50Z2017-03-10T13:38:50Z2016-08-30https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18399Na representação da realidade, as implicações que o real traz para a ficção vão além da mera imitação. Na Literatura, o modo como se representa a realidade expressa, usualmente, a cosmovisão de uma determinada época. Isso é perceptível no modo realista de composição ficcional, que atinge seu ápice na segunda metade do século XIX, quando “o romance realista autêntico tem assumido a herança da tragédia clássica” (AUERBACH, 2011, p. 446). Nesse processo de historicização, o trágico, mediante as transformações sociais, se torna importante por ser uma forma de abarcar a representação de personagens de baixa extração social. Diante do exposto, o estudo realiza uma leitura crítica das configurações do modo realista de produção ficcional nos romances Seara de vento (1958), de Manuel da Fonseca; e Emissários do diabo (1968), de Gilvan Lemos, dando particular atenção aos aspectos que dizem respeito à representação da situação da posse de terra e de seus impactos sociais. Verifica, em desdobramento, como a construção ficcional dessa conjuntura se dá a partir da manifestação do trágico dentro dos romances analisados. Para tal intento, recorremos ao auxílio de teóricos de áreas diversas, como pressupostos hauridos da Crítica Literária de ascendência sociológica (CANDIDO, 2006) e da Filologia (AUERBACH, 2011). Além disso, os teóricos que versam sobre o trágico (LESKY, 2003; SZONDI, 2004; EAGLETON, 2013) e sobre a figura do herói (ARISTÓTELES, 19__; CAMPBELL, 2007). Também foram de grande valia os autores que tratam a respeito da conjuntura agrária no Brasil (PRADO JR., 1978; LIMA, 1988) e em Portugal (CUNHAL, 1968; MORAIS, 1974). Por fim, e não menos importante, lançou-se mão ainda da fortuna crítica das obras (SEIXO, 1980; ASSUMPÇÃO, 1982; CARLISLE, 1981), que se apresenta como adjuvante nas análises realizadas. Como resultado, entendemos que, nas narrativas, a construção ficcional por meio do modo realista enseja a reelaboração histórico-social das conjunturas portuguesa e brasileira, por meio de questões que envolvem a posse da terra. O trágico, nesse plano, assume o status de um recurso crucial, utilizado pelos escritores, para representar a lastimável condição da desigualdade social no contexto agrário.CNPQEn la representación de la realidad, las implicaciones que trae el real a la ficción van más allá de la mera imitación. En la literatura, la manera como se representa la realidade expresa, generalmente, la cosmovisión de un determinado momento. Esto es perceptible en el modo realista de composición ficticia, que alcanza su punto máximo en la segunda mitad del siglo XIX, cuando "la auténtica novela realista ha tomado el legado de la tragedia clásica" (AUERBACH, 2011, p. 446). En este proceso de historización, el trágico, por los cambios sociales, se vuelve importante por ser una forma de abarcar la representación de los personajes de baja extracción social. A lo anterior, el estudio realiza una lectura crítica de las configuraciones del modo realista de produción ficcional em las novelas Seara de vento (1958), por Manuel da Fonseca; y Emissários do diabo (1968), por Gilvan Lemos, prestando especial atención a aspectos referentes a la representación de la situación de la propiedad de la tierra y sus impactos sociales. Comprueba, en desarrollo, como el constructo ficticio de esta situación se produce delante de la manifestación de lo trágico en las novelas. Para ello, con el recurso a la ayuda de teóricos de varias áreas, como supuestos hauridos de la crítica literaria de origen sociológico (CANDIDO, 2006) y de la Filología (AUERBACH, 2011). Además, los teóricos que versan sobre el trágico (LESKY, 2003; SZONDI, 2004; EAGLETON, 2013) y en la figura del héroe (ARISTÓTELES, 19 ___; CAMPBELL, 2007). Fueron también de gran valor los autores que tratan sobre la situación agraria en el Brasil (PRADO Jr., 1978; LIMA, 1988) y en Portugal (CUNHAL, 1968; MORAIS, 1974). Por último y no menos importante, lanzado a mano trabajos de fortuna crítica de las obras (SEIXO, 1980; ASSUMPÇÃO, 1982; CARLISLE, 1981), que se presenta como coadyuvante en los análisis realizados. Como resultado, creemos que, en las narrativas, la construcción ficcional a través del modo realista requiere la elaboración socio-histórica de las conyunturas portuguesa e brasileña, través de cuestiones que envolven la propiedad de la tierra. El trágico, en ese plan, asume la condición de un recurso crucial, utilizado por los escritores para representar la condición lastimosa de la desigualdad social en el contexto agrícola.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRepresentação da realidadeTrágicoPosse de TerraManuel da FonsecaGilvan LemosRepresentación de la realidadeTragicoPropiedad de la tierraManuel da FonsecaGilvan LemosA representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissert_MaríaGonçalves-BC.pdf.jpgDissert_MaríaGonçalves-BC.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1177https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/5/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf.jpg27864319e4360c7beececd6a38779fd0MD55ORIGINALDissert_MaríaGonçalves-BC.pdfDissert_MaríaGonçalves-BC.pdfapplication/pdf729226https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/1/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf67e880187c9a47ad437e82dd47c6d0fcMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissert_MaríaGonçalves-BC.pdf.txtDissert_MaríaGonçalves-BC.pdf.txtExtracted texttext/plain215504https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/4/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf.txt6eb385934d1bdbdcfd72c99b331be3f9MD54123456789/183992019-10-25 12:56:59.765oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18399TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:56:59Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
title |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
spellingShingle |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos SIQUEIRA, Mariá Gonçalves de Representação da realidade Trágico Posse de Terra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos Representación de la realidade Tragico Propiedad de la tierra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos |
title_short |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
title_full |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
title_fullStr |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
title_full_unstemmed |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
title_sort |
A representação da realidade e o trágico em Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, e em Emissários do Diabo, de Gilvan Lemos |
author |
SIQUEIRA, Mariá Gonçalves de |
author_facet |
SIQUEIRA, Mariá Gonçalves de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5621536488518666 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7274047087168768 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SIQUEIRA, Mariá Gonçalves de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
BEZERRA, Antony Cardoso |
contributor_str_mv |
BEZERRA, Antony Cardoso |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Representação da realidade Trágico Posse de Terra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos Representación de la realidade Tragico Propiedad de la tierra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos |
topic |
Representação da realidade Trágico Posse de Terra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos Representación de la realidade Tragico Propiedad de la tierra Manuel da Fonseca Gilvan Lemos |
description |
Na representação da realidade, as implicações que o real traz para a ficção vão além da mera imitação. Na Literatura, o modo como se representa a realidade expressa, usualmente, a cosmovisão de uma determinada época. Isso é perceptível no modo realista de composição ficcional, que atinge seu ápice na segunda metade do século XIX, quando “o romance realista autêntico tem assumido a herança da tragédia clássica” (AUERBACH, 2011, p. 446). Nesse processo de historicização, o trágico, mediante as transformações sociais, se torna importante por ser uma forma de abarcar a representação de personagens de baixa extração social. Diante do exposto, o estudo realiza uma leitura crítica das configurações do modo realista de produção ficcional nos romances Seara de vento (1958), de Manuel da Fonseca; e Emissários do diabo (1968), de Gilvan Lemos, dando particular atenção aos aspectos que dizem respeito à representação da situação da posse de terra e de seus impactos sociais. Verifica, em desdobramento, como a construção ficcional dessa conjuntura se dá a partir da manifestação do trágico dentro dos romances analisados. Para tal intento, recorremos ao auxílio de teóricos de áreas diversas, como pressupostos hauridos da Crítica Literária de ascendência sociológica (CANDIDO, 2006) e da Filologia (AUERBACH, 2011). Além disso, os teóricos que versam sobre o trágico (LESKY, 2003; SZONDI, 2004; EAGLETON, 2013) e sobre a figura do herói (ARISTÓTELES, 19__; CAMPBELL, 2007). Também foram de grande valia os autores que tratam a respeito da conjuntura agrária no Brasil (PRADO JR., 1978; LIMA, 1988) e em Portugal (CUNHAL, 1968; MORAIS, 1974). Por fim, e não menos importante, lançou-se mão ainda da fortuna crítica das obras (SEIXO, 1980; ASSUMPÇÃO, 1982; CARLISLE, 1981), que se apresenta como adjuvante nas análises realizadas. Como resultado, entendemos que, nas narrativas, a construção ficcional por meio do modo realista enseja a reelaboração histórico-social das conjunturas portuguesa e brasileira, por meio de questões que envolvem a posse da terra. O trágico, nesse plano, assume o status de um recurso crucial, utilizado pelos escritores, para representar a lastimável condição da desigualdade social no contexto agrário. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-08-30 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-03-10T13:38:50Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-03-10T13:38:50Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18399 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18399 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Letras |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/5/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/1/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18399/4/Dissert_Mar%c3%adaGon%c3%a7alves-BC.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
27864319e4360c7beececd6a38779fd0 67e880187c9a47ad437e82dd47c6d0fc 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 6eb385934d1bdbdcfd72c99b331be3f9 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802114970118258688 |