Sobrecarga em cuidadores de crianças microcefálicas com síndrome da zika congênita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Anália Maria Cavalcanti do
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000f4g3
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31836
Resumo: A Síndrome da Zika Congênita é uma nova doença que afetou vários récem nascidos a partir do segundo semestre de 2015, trazendo como principal característica a presença de microcefalia associada a graves deformidades cerebrais e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Esse quadro trouxe a necessidade constante de um cuidador que preste assistência em todas as atividades e favoreça o melhor desenvolvimento possível dessas crianças. No entanto, o fato de cuidar do outro pode se tornar um fator estressante e gerador de sobrecarga. O objetivo do estudo foi comparar o grau de sobrecarga em cuidadores informais de crianças microcefálicas portadoras da Síndrome da Zika Congênita com o do cuidador de crianças sem microcefalia, mas cujas mães foram expostas a arboviroses durante o período gestacional. Trata-se de um estudo observacional com 70 cuidadoras (35 casos e 35 controles), sendo a coleta realizada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz-PE e em mutirões comandados pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG) na Fundação Altino Ventura, no período de março a agosto de 2017. O estudo encontrou que a maioria das cuidadoras são mães, sendo observado que mais da metade encontra-se com algum grau de sobrecarga, quando comparadas ao grupo controle. A relação interpessoal e a autoeficácia foram os fatores de maior sobrecarga. Dentre os aspectos sociodemográficos, o abandono paterno, não ser casada, morar no interior, ter mais moradores em casa e possuir mais de três filhos demonstraram-se fatores de risco para o aumento da sobrecarga. Entre as crianças com microcefalia, todas apresentaram atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e comportamento em risco para irritabilidade e dificuldades em manter a rotina. O estudo identificou que as cuidadoras informais de crianças microcefálicas se encontram com algum grau de sobrecarga, seja ela leve ou intensa. Foi observada a necessidade do fortalecimento da família e a necessidade da criação de políticas que permitam que essas cuidadoras sejam inseridas em alguma atividade laboral, bem como a necessidade da criação de protocolos visando a melhor funcionalidade das crianças. O estudo ressalta a importância de valorizar a saúde do cuidador e sugere a necessidade de melhoria no acesso aos serviços de saúde, bem como a criação de centros de escuta ao cuidador.
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O objetivo do estudo foi comparar o grau de sobrecarga em cuidadores informais de crianças microcefálicas portadoras da Síndrome da Zika Congênita com o do cuidador de crianças sem microcefalia, mas cujas mães foram expostas a arboviroses durante o período gestacional. Trata-se de um estudo observacional com 70 cuidadoras (35 casos e 35 controles), sendo a coleta realizada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz-PE e em mutirões comandados pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG) na Fundação Altino Ventura, no período de março a agosto de 2017. O estudo encontrou que a maioria das cuidadoras são mães, sendo observado que mais da metade encontra-se com algum grau de sobrecarga, quando comparadas ao grupo controle. A relação interpessoal e a autoeficácia foram os fatores de maior sobrecarga. Dentre os aspectos sociodemográficos, o abandono paterno, não ser casada, morar no interior, ter mais moradores em casa e possuir mais de três filhos demonstraram-se fatores de risco para o aumento da sobrecarga. Entre as crianças com microcefalia, todas apresentaram atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e comportamento em risco para irritabilidade e dificuldades em manter a rotina. O estudo identificou que as cuidadoras informais de crianças microcefálicas se encontram com algum grau de sobrecarga, seja ela leve ou intensa. Foi observada a necessidade do fortalecimento da família e a necessidade da criação de políticas que permitam que essas cuidadoras sejam inseridas em alguma atividade laboral, bem como a necessidade da criação de protocolos visando a melhor funcionalidade das crianças. O estudo ressalta a importância de valorizar a saúde do cuidador e sugere a necessidade de melhoria no acesso aos serviços de saúde, bem como a criação de centros de escuta ao cuidador.Congenital Zyka Syndrome is a new disease that has affected several newborns since October 2015, with the main characteristic being the presence of microcephaly associated with severe cerebral deformities and delayed neuropsychomotor development. This framework brought the constant need of a caregiver who provides assistance in all activities and favors the best possible development of these children. However taking care of the other can become a stressful factor and of overload. The objective of the study was to compare the degree of overload in informal caregivers of microcephalic children with Congenital Zyka Syndrome with that of the caregiver of children without microcephaly, but that the mothers were exposed to arboviruses during the gestational period. It was an observational study conducted with 70 caregivers (35 cases and 35 controls) with data collected at the University Hospital Oswaldo Cruz-PE from March to August 2017. The study found that most caregivers were mothers, and more than half are with some degree of overload when compared to the control group. The interpersonal relation and the selfefficacy were the factors of greater overload. Among the sociodemographic aspects, parental abandonment, not being married, to live in the interior, to have fewer residents at home and to have more than three children were factors associated with increased overload. A hundred percent of microcephalic children presented delayed neuropsychomotor development and behavior at risk for irritability and routine difficulties. The study found that informal caregivers of microcephalic children have a degree of overload, whether mild or intense. The importance of strengthening the family and the need to create policies that allow these caregivers to be inserted in some work activity were observed, as well as the need to create protocols aimed at improving the functionality of children, preventing future complications. The study underscores the importance of valuing the health of the caregiver so that it does not become sick and increase even more the demands of the health services and suggests the need to improve access to health services, as well as the creation of caregiver listening centers.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do AdolescenteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessZikaMicrocefaliaDesenvolvimento infantilCuidadoresSobrecarga em cuidadores de crianças microcefálicas com síndrome da zika congênitainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Anália Maria Cavalcanti do Nascimento.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Anália Maria Cavalcanti do Nascimento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1173https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31836/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20An%c3%a1lia%20Maria%20Cavalcanti%20do%20Nascimento.pdf.jpg11ca8c80a198941a1de89a5911d463caMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Anália Maria Cavalcanti do Nascimento.pdfDISSERTAÇÃO Anália Maria Cavalcanti do Nascimento.pdfapplication/pdf1900526https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31836/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20An%c3%a1lia%20Maria%20Cavalcanti%20do%20Nascimento.pdf8089b6e205ad8662364eabd057c1a5c0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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