Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Valdício Almeida de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52089
Resumo: Esta pesquisa discorre sobre a literatura negro-brasileira feminina como recurso artístico-cultural que insurge contra formas de subalternizações e silenciamentos contemporâneos. Portanto, tem-se como objetivo produzir reflexões sobre a importância da escrita de mulheres negras, reforçando cenários de resistência nas histórias de personagens marcadas socialmente pelas colonialidades. Tomando como corpora de análise contos do livro Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, sugerimos que a proposta evaristiana é desconstruir estereótipos negativos ao preconizar a possibilidade de desfechos nos quais as protagonistas se tornam resilientes. Nesse gesto, a autora rompe com discursos eurocêntricos, ressignificando a história de mulheres subalternizadas – por causa de identidades determinadas por categorizações sociais da diferença. Nessa conjuntura, ao levar em conta os estudos diretamente ligados às consequências das colonialidades (do poder, do ser, do saber e do gênero/raça), por meio de pesquisa bibliográfica ancorada em teorias interseccionais e decoloniais, defendemos os argumentos contra-hegemônicos. Para tanto, dialogamos com ideias elucidadas por: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Carla Akotirene, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, María Lugones, Patricia Hill Collins, Sueli Carneiro etc. Em suma, observamos que os pressupostos da interseccionalidade e da decolonialidade têm se empenhado em produzir novas investigações a partir do comprometimento com a superação das relações de poder, convidando-nos a ter posicionamentos críticos uma vez que nos reconhecem com as marcas causadas pelos variados sistemas opressivos. Ademais, verificamos que Conceição Evaristo produz textos literários na contramão dos paradigmas canônicos e, sobretudo, compreende a escrita de mulheres pretas como um ato de insubordinação. Assim sendo, consideramos que – nas diegeses “Natalina Soledad”, “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, “Isaltina Campo Belo”, “Mirtes Aparecida da Luz” e “Rose Dusreis” – os aspectos interseccionais e os potenciais de agenciamento destacam tanto o lugar social quanto o epistêmico das personagens.
id UFPE_c7fc392c45a036c6d699d21c5dd5e93a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52089
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling OLIVEIRA, Valdício Almeida dehttp://lattes.cnpq.br/8513240603867647http://lattes.cnpq.br/1153184169680056MINEIRO, Imara Bemfica2023-08-29T16:41:24Z2023-08-29T16:41:24Z2023-07-18OLIVEIRA, Valdício Almeida de. Das violências ao protagonismo: vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo. 2023. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52089Esta pesquisa discorre sobre a literatura negro-brasileira feminina como recurso artístico-cultural que insurge contra formas de subalternizações e silenciamentos contemporâneos. Portanto, tem-se como objetivo produzir reflexões sobre a importância da escrita de mulheres negras, reforçando cenários de resistência nas histórias de personagens marcadas socialmente pelas colonialidades. Tomando como corpora de análise contos do livro Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, sugerimos que a proposta evaristiana é desconstruir estereótipos negativos ao preconizar a possibilidade de desfechos nos quais as protagonistas se tornam resilientes. Nesse gesto, a autora rompe com discursos eurocêntricos, ressignificando a história de mulheres subalternizadas – por causa de identidades determinadas por categorizações sociais da diferença. Nessa conjuntura, ao levar em conta os estudos diretamente ligados às consequências das colonialidades (do poder, do ser, do saber e do gênero/raça), por meio de pesquisa bibliográfica ancorada em teorias interseccionais e decoloniais, defendemos os argumentos contra-hegemônicos. Para tanto, dialogamos com ideias elucidadas por: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Carla Akotirene, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, María Lugones, Patricia Hill Collins, Sueli Carneiro etc. Em suma, observamos que os pressupostos da interseccionalidade e da decolonialidade têm se empenhado em produzir novas investigações a partir do comprometimento com a superação das relações de poder, convidando-nos a ter posicionamentos críticos uma vez que nos reconhecem com as marcas causadas pelos variados sistemas opressivos. Ademais, verificamos que Conceição Evaristo produz textos literários na contramão dos paradigmas canônicos e, sobretudo, compreende a escrita de mulheres pretas como um ato de insubordinação. Assim sendo, consideramos que – nas diegeses “Natalina Soledad”, “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, “Isaltina Campo Belo”, “Mirtes Aparecida da Luz” e “Rose Dusreis” – os aspectos interseccionais e os potenciais de agenciamento destacam tanto o lugar social quanto o epistêmico das personagens.This research discusses black-Brazilian women’s literature as an artistic-cultural resource that insurges against contemporary forms of subalternizations and silencing. Therefore, it aims to produce reflections on the importance of black women’s writing, reinforcing resistance scenarios in the stories of characters socially marked by colonialities. Taking as corpora of analysis tales from the book Insubmissive Women’s Tears, by Conceição Evaristo, we suggest that the Evaristian proposal is to deconstruct negative stereotypes by advocating the possibility of outcomes in which the protagonists become resilient. In this gesture, the author breaks with Eurocentric discourses, resignifying the history of subalternized women – because of identities determined by social categorizations of difference. At this juncture, by taking into account studies directly linked to the consequences of colonialities (of power, being, knowledge, and gender/race), through bibliographical research anchored in intersectional and decolonial theories, we defend counter-hegemonic arguments. To this end, we dialogue with ideas elucidated by: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Carla Akotirene, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, María Lugones, Patricia Hill Collins, Sueli Carneiro etc. In sum, we observe that the assumptions of intersectionality and decoloniality have been engaged in producing new investigations based on the commitment to overcome power relations, inviting us to take critical positions since they recognize us with the marks caused by the various oppressive systems. Furthermore, we verify that Conceição Evaristo produces literary texts that go against canonical paradigms and, above all, understands black women’s writing as an act of insubordination. Thus, we consider that – in the narratives “Natalina Soledad”, “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, “Isaltina Campo Belo”, “Mirtes Aparecida da Luz” and “Rose Dusreis” – the intersectional aspects and the potentials of agency highlight both the social and the epistemic place of the characters.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstudos literáriosLiteratura negro-brasileira femininaConceição EvaristoInterseccionalidadeDecolonialidadeDas violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdf.txtDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain358763https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf.txtd79ab0ef91ccb60e495d0b3121ced74bMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1243https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf.jpg684c00d1bc2081c2ce2803d1efdcc943MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdfDISSERTAÇÃO Valdício Almeida de Oliveira.pdfapplication/pdf1188237https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf55c2bfa2c0f2a4ffef8d414de29a2e84MD51123456789/520892023-08-30 02:17:53.575oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52089VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-08-30T05:17:53Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
title Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
spellingShingle Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
OLIVEIRA, Valdício Almeida de
Estudos literários
Literatura negro-brasileira feminina
Conceição Evaristo
Interseccionalidade
Decolonialidade
title_short Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
title_full Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
title_fullStr Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
title_full_unstemmed Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
title_sort Das violências ao protagonismo : vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
author OLIVEIRA, Valdício Almeida de
author_facet OLIVEIRA, Valdício Almeida de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8513240603867647
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1153184169680056
dc.contributor.author.fl_str_mv OLIVEIRA, Valdício Almeida de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MINEIRO, Imara Bemfica
contributor_str_mv MINEIRO, Imara Bemfica
dc.subject.por.fl_str_mv Estudos literários
Literatura negro-brasileira feminina
Conceição Evaristo
Interseccionalidade
Decolonialidade
topic Estudos literários
Literatura negro-brasileira feminina
Conceição Evaristo
Interseccionalidade
Decolonialidade
description Esta pesquisa discorre sobre a literatura negro-brasileira feminina como recurso artístico-cultural que insurge contra formas de subalternizações e silenciamentos contemporâneos. Portanto, tem-se como objetivo produzir reflexões sobre a importância da escrita de mulheres negras, reforçando cenários de resistência nas histórias de personagens marcadas socialmente pelas colonialidades. Tomando como corpora de análise contos do livro Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo, sugerimos que a proposta evaristiana é desconstruir estereótipos negativos ao preconizar a possibilidade de desfechos nos quais as protagonistas se tornam resilientes. Nesse gesto, a autora rompe com discursos eurocêntricos, ressignificando a história de mulheres subalternizadas – por causa de identidades determinadas por categorizações sociais da diferença. Nessa conjuntura, ao levar em conta os estudos diretamente ligados às consequências das colonialidades (do poder, do ser, do saber e do gênero/raça), por meio de pesquisa bibliográfica ancorada em teorias interseccionais e decoloniais, defendemos os argumentos contra-hegemônicos. Para tanto, dialogamos com ideias elucidadas por: Angela Davis, Aníbal Quijano, bell hooks, Carla Akotirene, Gayatri Spivak, Grada Kilomba, Kimberlé Crenshaw, Lélia Gonzalez, María Lugones, Patricia Hill Collins, Sueli Carneiro etc. Em suma, observamos que os pressupostos da interseccionalidade e da decolonialidade têm se empenhado em produzir novas investigações a partir do comprometimento com a superação das relações de poder, convidando-nos a ter posicionamentos críticos uma vez que nos reconhecem com as marcas causadas pelos variados sistemas opressivos. Ademais, verificamos que Conceição Evaristo produz textos literários na contramão dos paradigmas canônicos e, sobretudo, compreende a escrita de mulheres pretas como um ato de insubordinação. Assim sendo, consideramos que – nas diegeses “Natalina Soledad”, “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, “Isaltina Campo Belo”, “Mirtes Aparecida da Luz” e “Rose Dusreis” – os aspectos interseccionais e os potenciais de agenciamento destacam tanto o lugar social quanto o epistêmico das personagens.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-29T16:41:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-29T16:41:24Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-07-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv OLIVEIRA, Valdício Almeida de. Das violências ao protagonismo: vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo. 2023. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52089
identifier_str_mv OLIVEIRA, Valdício Almeida de. Das violências ao protagonismo: vestígios (de)coloniais e interseccionais em insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo. 2023. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52089
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52089/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Vald%c3%adcio%20Almeida%20de%20Oliveira.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv d79ab0ef91ccb60e495d0b3121ced74b
684c00d1bc2081c2ce2803d1efdcc943
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
55c2bfa2c0f2a4ffef8d414de29a2e84
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797780569715638272