Uso de medicamentos durante a gestação e lactação na Coorte de nascimentos de Pelotas de 2015

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lutz, Bárbara Heather
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9244
Resumo: O uso de medicamentos por mulheres durante a gestação e lactação é uma prática muito frequente. Considerando o fato de que o uso de medicamentos nestas fases pode ter influência também na saúde da criança, a informação sobre seu uso durante a vida reprodutiva é importante para todos. A falta de informações claras sobre este assunto resulta em situações em que o tratamento é interrompido ou usado em doses reduzidas por mulheres grávidas ou lactantes, enquanto que, por outro lado, medicamentos com potenciais efeitos tóxicos são ingeridos, o que torna o tema um problema de saúde pública que deve ser abordado. Além disso, independentemente da indicação de medicamentos para doenças agudas ou crônicas pré-existentes, alguns medicamentos são recomendados rotineiramente durante a gravidez no Brasil, como o sulfato ferroso e o ácido fólico, desde o período pré concepcional e principalmente no primeiro trimestre da gestação Utilizando dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015, essa tese teve como objetivos descrever o uso de medicamentos pelas gestantes cujos filhos participaram do estudo, descrever o uso de medicamentos por essas mulheres na fase inicial da lactação e sua relação com o desmame e avaliar a relação do uso de ácido fólico durante a gestação e a ocorrência de depressão pós-parto. Os resultados do primeiro artigo demonstraram que a prevalência de uso de medicamentos foi de 92,5%, excluindo sais de ferro, ácido fólico, vitaminas e outros minerais. A prevalência de automedicação foi de 27,7%. Na análise ajustada, as mulheres que tiveram três ou mais problemas de saúde durante a gravidez demonstraram maior uso de medicamentos. A automedicação foi mais frequente nos grupos de baixa renda, entre fumantes e multíparas (três gestações ou mais). Paracetamol, escopolamina e dimenidrinato foram os medicamentos mais usados. O segundo artigo teve como objetivo descrever o uso de medicamentos pelas mães do nascimento até o terceiro mês pós-parto, avaliar a sua associação com o desmame e descrever os comportamentos destas mulheres em relação à amamentação e uso de medicamentos. O uso de medicamentos com algum risco para a lactação foi frequente (79,6% considerando as Categorias de Risco na Lactação de Hale e 12,3% considerando os critérios do Ministério da Saúde do Brasil). Não encontramos diferenças estatisticamente significativas para o desmame aos 6 ou 12 meses entre o grupo que não fazia uso de medicamentos ou usava apenas medicamentos compatíveis e o grupo que usava medicamentos com algum risco para a lactação, segundo ambos os critérios. Quanto aos comportamentos analisados, 10,6% das mães participantes do estudo responderam que optaram por não usarem medicamentos por estarem amamentando e 2,8% delas pararam de amamentar devido ao uso de algum medicamento. Entre as mães que não amamentaram, 10,2% delas relataram que o uso de medicamentos foi o motivo para a criança não ter sido amamentada. Adicionalmente, foi realizada uma análise sobre o uso de anticoncepcionais hormonais e sua relação com a duração da amamentação. Na análise ajustada, houve proteção para o desmame dos três aos seis meses pós-parto entre as mulheres que usaram o grupo de anticoncepcionais somente com progestagênio. O terceiro artigo teve como objetivo verificar se a suplementação de ácido fólico durante a gravidez está associada com a ocorrência de sintomas depressivos aos três meses pós-parto na Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. As mulheres foram classificadas em três grupos: sem suplementação de ácido fólico, uso durante apenas um trimestre da gestação e uso durante dois ou três trimestres. Os sintomas depressivos maternos foram avaliados aos três meses pós-parto através da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EPDS). A prevalência do escore >=10 na EPDS foi de 20,2% e >=13 foi de 11%. Mulheres que não utilizaram ácido fólico na gestação tiveram maior prevalência de sintomas depressivos, porém, nas análises ajustadas, não houve associação estatisticamente significativa entre o uso de ácido fólico na gestação e a ocorrência de sintomas depressivos aos três meses pós-parto, considerando os dois pontos de corte. O estudo apresentou o padrão do uso de medicamentos durante a gestação e lactação em uma amostra de base populacional em uma cidade de médio porte, demonstrando uma alta prevalência de automedicação na gravidez e uma prevalência elevada de uso de medicamentos com algum risco para a lactação até três meses pós-parto, embora não tenha sido comprovada associação do uso desses medicamentos com o desmame. Também realiza uma análise sobre outro possível benefício do uso de ácido fólico durante a gravidez, apesar da perda de significância estatística após o controle para fatores de confusão. Este estudo pode contribuir para o reconhecimento de práticas indevidas e aumento do uso seguro de fármacos nessa fase, além de destacar a importância da suplementação de ácido fólico na gestação.
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Além disso, independentemente da indicação de medicamentos para doenças agudas ou crônicas pré-existentes, alguns medicamentos são recomendados rotineiramente durante a gravidez no Brasil, como o sulfato ferroso e o ácido fólico, desde o período pré concepcional e principalmente no primeiro trimestre da gestação Utilizando dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015, essa tese teve como objetivos descrever o uso de medicamentos pelas gestantes cujos filhos participaram do estudo, descrever o uso de medicamentos por essas mulheres na fase inicial da lactação e sua relação com o desmame e avaliar a relação do uso de ácido fólico durante a gestação e a ocorrência de depressão pós-parto. Os resultados do primeiro artigo demonstraram que a prevalência de uso de medicamentos foi de 92,5%, excluindo sais de ferro, ácido fólico, vitaminas e outros minerais. A prevalência de automedicação foi de 27,7%. Na análise ajustada, as mulheres que tiveram três ou mais problemas de saúde durante a gravidez demonstraram maior uso de medicamentos. A automedicação foi mais frequente nos grupos de baixa renda, entre fumantes e multíparas (três gestações ou mais). Paracetamol, escopolamina e dimenidrinato foram os medicamentos mais usados. O segundo artigo teve como objetivo descrever o uso de medicamentos pelas mães do nascimento até o terceiro mês pós-parto, avaliar a sua associação com o desmame e descrever os comportamentos destas mulheres em relação à amamentação e uso de medicamentos. O uso de medicamentos com algum risco para a lactação foi frequente (79,6% considerando as Categorias de Risco na Lactação de Hale e 12,3% considerando os critérios do Ministério da Saúde do Brasil). Não encontramos diferenças estatisticamente significativas para o desmame aos 6 ou 12 meses entre o grupo que não fazia uso de medicamentos ou usava apenas medicamentos compatíveis e o grupo que usava medicamentos com algum risco para a lactação, segundo ambos os critérios. Quanto aos comportamentos analisados, 10,6% das mães participantes do estudo responderam que optaram por não usarem medicamentos por estarem amamentando e 2,8% delas pararam de amamentar devido ao uso de algum medicamento. Entre as mães que não amamentaram, 10,2% delas relataram que o uso de medicamentos foi o motivo para a criança não ter sido amamentada. Adicionalmente, foi realizada uma análise sobre o uso de anticoncepcionais hormonais e sua relação com a duração da amamentação. Na análise ajustada, houve proteção para o desmame dos três aos seis meses pós-parto entre as mulheres que usaram o grupo de anticoncepcionais somente com progestagênio. 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O estudo apresentou o padrão do uso de medicamentos durante a gestação e lactação em uma amostra de base populacional em uma cidade de médio porte, demonstrando uma alta prevalência de automedicação na gravidez e uma prevalência elevada de uso de medicamentos com algum risco para a lactação até três meses pós-parto, embora não tenha sido comprovada associação do uso desses medicamentos com o desmame. Também realiza uma análise sobre outro possível benefício do uso de ácido fólico durante a gravidez, apesar da perda de significância estatística após o controle para fatores de confusão. Este estudo pode contribuir para o reconhecimento de práticas indevidas e aumento do uso seguro de fármacos nessa fase, além de destacar a importância da suplementação de ácido fólico na gestação.Medication use by women during pregnancy and lactation is a very common practice. Because the use of medications in these phases can also influence the child's health, information on their use during reproductive life is important for everyone. The lack of clear information on this subject results in situations in which treatment is interrupted or used in low doses by pregnant or lactating women, while on the other hand drugs with potential toxic effects are ingested, making the issue a public health issue that must be addressed. Besides that, regardless of the indication of medications for acute or chronic diseases, some medications are routinely recommended during pregnancy in Brazil, such as ferrous sulfate and folic acid, since the preconception period and especially in the first trimester of pregnancy. Using data from the 2015 Pelotas Birth Cohort Study, this thesis aimed to describe the use of medication by pregnant women whose children participated in the study, describe the use of medications by these women in the early stages of lactation and their relationship with weaning, and evaluate the relationship between the use of folic acid during pregnancy and the occurrence of postpartum depression. The results of the first article showed that the prevalence of medication use was 92.5%, excluding iron salts, folic acid, vitamins, and other minerals. The prevalence of self-medication was 27.7%. In the adjusted analysis, women who had three or more health problems during pregnancy demonstrated higher use of medications. Self-medication was more frequent in low-income groups and among smokers and multiparous women (three or more pregnancies). Paracetamol, scopolamine, and dimenhydrinate were the most used drugs. The second article aimed to describe the use of medication by mothers from birth to the third postpartum month, to assess its association with weaning, to describe the behaviors of these women concerning breastfeeding and medication use. The use of drugs with some risk for lactation was frequent (79.6% considering Hale's Lactation Risk Categories and 12.3% considering the criteria of the Ministry of Health of Brazil). We found no statistically significant differences for weaning at 6 or 12 months between the group that did not use drugs or used only compatible drugs and the group that used drugs with some risk for lactation, according to both criteria. As for the behaviors analyzed, 10.6% of the mothers participating in the study responded that they chose not to use medication because they were breastfeeding and 2.8% of them stopped reastfeeding due to the use of some medication. Among mothers who did not breastfeed, 10.2% of them reported that the use of medication was the reason for the child not having been breastfed. Additionally, an analysis was carried out on the use of hormonal contraceptives and their relationship with the duration of breastfeeding. In the adjusted analysis, there was protection for weaning from three to six months postpartum among women who used the group of progestogen-only contraceptives. The third article aimed to verify whether folic acid supplementation during pregnancy is associated with the occurrence of depressive symptoms at three months postpartum in the 2015 Pelotas Birth Cohort. The women were classified into three groups: no folic acid supplementation during pregnancy; folic acid intake for only one trimester of pregnancy; folic acid intake for two or three trimesters. Symptoms of maternal depression were assessed at three months postpartum using the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). The prevalence of the score >= 10 in the EPDS was 20.2%, and >= 13 was 11%. Women who did not have folic acid supplementation during pregnancy had a higher prevalence of depressive symptoms. In the adjusted analyzes, however, there was no statistically significant association between the intake of folic acid supplementation during pregnancy and the occurrence of depressive symptoms at three months postpartum, considering both cut off points. The study showed the pattern of medication use during pregnancy and lactation in a population-based sample in a medium-sized city, demonstrating a high prevalence of self-medication in pregnancy and a high prevalence of medication use with some risk for lactation until three months postpartum, although an association between the utilization of these drugs and weaning could not be proven. Besides, it performs an analysis of another possible benefit of folic acid supplementation during pregnancy, despite the loss of statistical significance after controlling for confounding factors. This study can contribute to the recognition of improper practices, increasing the safe use of drugs in this phase, also highlighting the importance of folic acid supplementation during pregnancy.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaUFPelBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaEstudos de coorteFarmacoepidemiologiaUso de medicamentosGravidezAleitamento maternoÁcido fólicoDepressão pós-partoCohort studiesPharmacoepidemiologyDrug utilizationPregnancyBreastfeedingFolic acidPostpartum depressionUso de medicamentos durante a gestação e lactação na Coorte de nascimentos de Pelotas de 2015Use of medicines during pregnancy and lactation in the 2015 Pelotas (Brazil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDâmaso, Andréa HomsiLutz, Bárbara Heatherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.txtTese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.txtExtracted texttext/plain291855http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9244/6/Tese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.txtb20d34f4829afe7fa4aa7b50aa0d9be9MD56open accessTHUMBNAILTese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.jpgTese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1321http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9244/7/Tese_Barbara_Heather_Lutz.pdf.jpg56ef04e855f42c7563ac50b8b59ce8e0MD57open accessORIGINALTese_Barbara_Heather_Lutz.pdfTese_Barbara_Heather_Lutz.pdfapplication/pdf6212170http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/9244/1/Tese_Barbara_Heather_Lutz.pdfb5a76a20c7955af63d42b278c53d1c8cMD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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description O uso de medicamentos por mulheres durante a gestação e lactação é uma prática muito frequente. Considerando o fato de que o uso de medicamentos nestas fases pode ter influência também na saúde da criança, a informação sobre seu uso durante a vida reprodutiva é importante para todos. A falta de informações claras sobre este assunto resulta em situações em que o tratamento é interrompido ou usado em doses reduzidas por mulheres grávidas ou lactantes, enquanto que, por outro lado, medicamentos com potenciais efeitos tóxicos são ingeridos, o que torna o tema um problema de saúde pública que deve ser abordado. Além disso, independentemente da indicação de medicamentos para doenças agudas ou crônicas pré-existentes, alguns medicamentos são recomendados rotineiramente durante a gravidez no Brasil, como o sulfato ferroso e o ácido fólico, desde o período pré concepcional e principalmente no primeiro trimestre da gestação Utilizando dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015, essa tese teve como objetivos descrever o uso de medicamentos pelas gestantes cujos filhos participaram do estudo, descrever o uso de medicamentos por essas mulheres na fase inicial da lactação e sua relação com o desmame e avaliar a relação do uso de ácido fólico durante a gestação e a ocorrência de depressão pós-parto. Os resultados do primeiro artigo demonstraram que a prevalência de uso de medicamentos foi de 92,5%, excluindo sais de ferro, ácido fólico, vitaminas e outros minerais. A prevalência de automedicação foi de 27,7%. Na análise ajustada, as mulheres que tiveram três ou mais problemas de saúde durante a gravidez demonstraram maior uso de medicamentos. A automedicação foi mais frequente nos grupos de baixa renda, entre fumantes e multíparas (três gestações ou mais). Paracetamol, escopolamina e dimenidrinato foram os medicamentos mais usados. O segundo artigo teve como objetivo descrever o uso de medicamentos pelas mães do nascimento até o terceiro mês pós-parto, avaliar a sua associação com o desmame e descrever os comportamentos destas mulheres em relação à amamentação e uso de medicamentos. O uso de medicamentos com algum risco para a lactação foi frequente (79,6% considerando as Categorias de Risco na Lactação de Hale e 12,3% considerando os critérios do Ministério da Saúde do Brasil). Não encontramos diferenças estatisticamente significativas para o desmame aos 6 ou 12 meses entre o grupo que não fazia uso de medicamentos ou usava apenas medicamentos compatíveis e o grupo que usava medicamentos com algum risco para a lactação, segundo ambos os critérios. Quanto aos comportamentos analisados, 10,6% das mães participantes do estudo responderam que optaram por não usarem medicamentos por estarem amamentando e 2,8% delas pararam de amamentar devido ao uso de algum medicamento. Entre as mães que não amamentaram, 10,2% delas relataram que o uso de medicamentos foi o motivo para a criança não ter sido amamentada. Adicionalmente, foi realizada uma análise sobre o uso de anticoncepcionais hormonais e sua relação com a duração da amamentação. Na análise ajustada, houve proteção para o desmame dos três aos seis meses pós-parto entre as mulheres que usaram o grupo de anticoncepcionais somente com progestagênio. O terceiro artigo teve como objetivo verificar se a suplementação de ácido fólico durante a gravidez está associada com a ocorrência de sintomas depressivos aos três meses pós-parto na Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. As mulheres foram classificadas em três grupos: sem suplementação de ácido fólico, uso durante apenas um trimestre da gestação e uso durante dois ou três trimestres. Os sintomas depressivos maternos foram avaliados aos três meses pós-parto através da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EPDS). A prevalência do escore >=10 na EPDS foi de 20,2% e >=13 foi de 11%. Mulheres que não utilizaram ácido fólico na gestação tiveram maior prevalência de sintomas depressivos, porém, nas análises ajustadas, não houve associação estatisticamente significativa entre o uso de ácido fólico na gestação e a ocorrência de sintomas depressivos aos três meses pós-parto, considerando os dois pontos de corte. O estudo apresentou o padrão do uso de medicamentos durante a gestação e lactação em uma amostra de base populacional em uma cidade de médio porte, demonstrando uma alta prevalência de automedicação na gravidez e uma prevalência elevada de uso de medicamentos com algum risco para a lactação até três meses pós-parto, embora não tenha sido comprovada associação do uso desses medicamentos com o desmame. Também realiza uma análise sobre outro possível benefício do uso de ácido fólico durante a gravidez, apesar da perda de significância estatística após o controle para fatores de confusão. Este estudo pode contribuir para o reconhecimento de práticas indevidas e aumento do uso seguro de fármacos nessa fase, além de destacar a importância da suplementação de ácido fólico na gestação.
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