Estudo da microestrutura e da relaxação magnética em supercondutores de YBa2Cu3O7-δ texturizado

• Autor(a) principal: Gouvêa, Cristol de Paiva
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9744
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::FISICA; Física; Magnetização; Condutores; YBa2Cu3O7-δ

Neste trabalho apresentamos um estudo experimental sobre a relaxação da magnetização Field Cooled (FC) em amostras texturizadas de YBa2Cu3O7-δ (Y123) crescidas pelas técnicas Top Seeding Melt-Texturing (TSMT) e Bridgman, correlacionando os efeitos da magnetização com aspectos morfológicos e estruturais obtidos por microscopia eletrônica. Foram aplicados campos magnéticos paralelamente ao plano ab e ao longo do eixo-c, para diferentes temperaturas e taxas de resfriamento. As medidas de magnetização FC resultaram paramagnéticas e associadas ao efeito Meissner paramagnético (PME) exibido por estas amostras. O aparecimento da resposta paramagnética nas curvas de relaxação magnética sugere um cenário de compressão de fluxo magnético no interior do supercondutor, sendo que o comportamento da evolução temporal da magnetização sugere a ocorrência de dois diferentes regimes, correspondendo a diferentes dinâmicas de vórtices dentro do material supercondutor. Estes efeitos temporais são correlacionados com resultados obtidos através de técnicas de microscopia. Pela técnica de microscopia eletrônica de varredura (SEM) observou-se a dispersão de fases secundárias na matriz supercondutora de YBa2Cu3O7-δ, na qual se destaca a fase Y2BaCuO5 (Y211) adicionada durante a etapa de preparação das amostras. A partir da técnica de microscopia eletrônica de transmissão (TEM) foram observados defeitos estruturais no interior dos grãos de Y2BaCuO5, os quais sugerem que cada grão atua como um complexo centro de pinning dentro do material supercondutor. Nossos resultados sugerem que a relaxação magnética associada ao PME possa ser explicada pela formação de um cenário de compressão de fluxo magnético no interior do supercondutor, de modo que os regimes de relaxação magnética observados possam ser atribuídos à mobilidade intra e extragranular de vórtices no interior dos grãos de Y2BaCuO5. Maiores investigações são necessárias para esclarecer e confirmar nossos resultados.