Caracterizaçao da distribuiçao e riqueza de ninhos de Apini (Hymenoptera, Apidae) eussociais no contexto de um remanescente de floresta ombrófila mista, Estaçao Experimental do Canguiri, Pinhais-PR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Daros Augusto Teodoro da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/17208
Resumo: A Floresta Ombrófila Mista é uma das tipologias florestais mais ameaçadas pelas ações antrópicas no sul do Brasil. Isso demonstra a atual vulnerabilidade desse ambiente, que abriga diversas espécies vegetais e animais; destacam-se as abelhas indígenas sem ferrão, da subtribo Meliponina (Hymenoptera, Apidae). Essas abelhas têm comportamento eussocial, e suas colônias estão distribuídas de forma ainda pouco conhecida na floresta natural. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar a comunidade de Apini eussociais (Meliponina, abelhas sem ferrão; e Apina, abelhas exóticas, com ferrão) no contexto de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, na Estação Experimental do Canguiri, município de Pinhais – PR. Como método, foi realizado o censo arbóreo dessa floresta, tanto para a análise florísticofitossociológica, quanto para a contagem dos ninhos de Meliponina e de Apina eussociais. Foram medidos e inspecionados, para contagem dos ninhos, todos os indivíduos arbóreos com DAP (diâmetro à altura do peito = 1,30 m) igual ou superior a 15 cm. As espécies arbóreas com as maiores porcentagens do Valor de Cobertura (49,45%) foram Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez, Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Myrcia cf. multiflora (Lam.) DC.; as espécies que tiveram o maior número de fustes múltiplos foram Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl. e Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs; e as espécies que apresentaram o maior número de ocos aparentes foram P. lambertii e M. cf. multiflora. Eram utilizadas como substrato, ou apoio, para os ninhos de abelhas eussociais as espécies O corymbosa (6 ninhos); P. lambertii (5 ninhos); A. angustifolia e Lithraea brasiliensis Marchand e uma árvore morta (2 ninhos cada); Citronella paniculata (Mart.) R.A. Howard, Drimys brasiliensis Miers, Matayba elaeagnoides Radlk., Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer, S. commersoniana, Symplocos glanduloso-marginata Hoehne, Zanthoxylum kleinii (R.S. Cowan) P.G. Waterman e Rollinia sp. (1 ninho cada). A densidade de ninhos de abelhas eussociais encontrados foi de 5,8 ninhos/ha. Foram encontrados ninhos de Plebeia emerina (Friese, 1900) (n=16), Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier, 1836) (n=1), Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836 (n=1), Trigona spinipes (Fabricius, 1793) (n=1) e Apis mellifera Linnaeus, 1758 (n=6). No período estudado, também foram observados dois ataques da espécie cleptobiótica Lestrimelitta sulina Marchi & Melo, 2006 a ninhos de P. emerina. Os ninhos foram considerados agregados, segundo os índices de agregação de Payandeh (P), de Morisita (I/) e o Método do Vizinho Mais Próximo (R). O maior número de ninhos de Apini esteve presente nas árvores entre 20 cm e 49,9 cm de DAP. A altura dos ninhos de P. emerina foi influenciada pela distância em relação à borda da floresta. Houve uma relação inversa entre o sentido de onde provêm os ventos predominantes e o sentido de exposição das entradas dos ninhos. Apesar das intervenções antrópicas passadas, e a presença da espécie exótica invasora (A. mellifera), o remanescente florestal estudado ainda abriga significativa diversidade de espécies de Apini eussociais (H’=1,01)
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