Análise das inovações e problemáticas da implantação de unidades de polícia pacificadora como modelo de polícia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/31105 |
Resumo: | Resumo: Os primeiros registros de pessoas morando de modo improvisado em morros, na cidade do Rio de Janeiro, são de 1860. A partir da década de 1910, as favelas passaram a crescer cada vez mais. Porém, esse crescimento sempre esteve acompanhado de repressão e políticas de remoções. Com a ditadura militar a repressão se intensificou ainda mais, pois, para lidar com a resistência dos moradores, o Estado passou a enviar seus soldados armados. Com o fim do regime militar, os moradores de favelas não sofreram nenhum processo capaz de inseri-los no contexto de transição democrática. Dessa forma, os déficits de direitos sociais, civis e políticos, constituíram um grande obstáculo à integração da cidade, o que resultou na privatização de muitas favelas por grupos armados paraestatais. Ademais, a histórica postura repressiva da polícia, nas regiões mais populares da cidade, gerou uma relação conturbada entre ela e os moradores de favela. A criação de um novo modelo de polícia, no ano de 2008, pela Secretária de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, denominado Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), apresenta-se como uma possível solução para todo esse quadro. Conforme o discurso institucional, a UPP consiste em um modelo de policiamento que promove a aproximação entre a polícia e a comunidade, aliado ao fortalecimento de políticas sociais. No entanto, essa experiência, além de conter sérios problemas na prática, traz consigo objetivos não declarados e não rompe com a estrutura de polícia militar |
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