Complicações relacionadas ao uso do cateter intravenoso periférico em neonatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mingorance, Priscila
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/34784
Resumo: Resumo: Introdução: A terapia intravenosa periférica é prática amplamente realizada durante a hospitalização do neonato em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Proporciona vantagens ao cuidado desempenhado a esta clientela, contudo pode acarretar complicações relacionadas ao uso e manuseio do cateter intravenoso periférico (CIP). Objetivos: avaliar a incidência de complicações relativas ao uso do CIP em neonatos e identificar fatores de risco associados. Método: Estudo de coorte realizado na UTIN de hospital de ensino de Curitiba - Paraná, no período de março de 2012 a junho de 2013. Avaliaram-se variáveis relacionadas aos neonatos e aos CIP. Resultados: Totalizou-se 145 neonatos que utilizaram 677 CIP. A incidência de complicações relacionadas ao uso do CIP nesta pesquisa foi de 63,15%, dentre as quais se observou infiltração/ extravasamento (69,89%), flebite (17,84%) e obstrução (12,27%). Evidenciou-se como fatores de risco para a complicação do CIP: prematuridade (p=0,0324), uso de cateter venoso central (p=0,0064) e submissão a intubação orotraqueal (IOT) (p=0,0078) durante o internamento, presença de infecção pré-existente (p=0,0192) e peso no dia da punção (p=0,0093), tipo de infusão 'intermitente associada à contínua' (p<0,0001), IOT concomitante ao uso de CIP (p=0,0008), infusão de plano básico (p=0,0027), nutrição parenteral total (NPT) (p=0,0002), hemotransfusão associada a outras infusões (p=0,0003) e administração de outros medicamentos (p=0,0004). Neonatos com maior: média de cateteres (p<0,0001) e tempo de internamento (p<0,001); bem como menor: mediana de parkin (p=0,0166) e média de peso ao nascer (p=0,0049) desenvolveram número maior de complicações. Infusão intermitente é a mais adequada para a manutenção do cateter (p<0,0001); administração de NPT não é indicada para CIP (p=0,0002); e o uso exclusivo do cateter para a hemotransfusão reduz o risco de complicações (p=0,0003). Conclusões: A utilização da terapia intravenosa periférica é uma prática amplamente utilizada nos cuidados a neonatos hospitalizados em UTIN. Estimou-se a incidência de ocorrência de complicações relacionada ao uso do CIP, bem como, observou-se elevado número de resultados inéditos no que se refere aos fatores de risco que se relacionam ao desenvolvimento dessas complicações. Sugere-se o desenvolvimento de pesquisas semelhantes para a contemplação dos graus de flebite, infiltração e extravasamento. Bem como, a utilização de outras tecnologias de CIP para observação e comparação de riscos e benefícios. Mesmo após a observação de elevada taxa de ocorrência de complicações, ressalta-se a necessidade da utilização da terapia intravenosa periférica, pois se trata de procedimento que auxilia na recuperação clínica do neonato. Salienta-se que as condutas adotadas quanto à vigilância do CIP devem ser modificadas principalmente nas primeiras 48 horas de vida, quando o neonato apresenta instabilidade hemodinâmica e observa-se maior desenvolvimento de complicações.
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