Resultados imediatos e acompanhamento tardio do implante do stent bard-xt para tratamento de coronariopatia obstrutiva.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerios, Enio Eduardo
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Bueno, Ronaldo da Rocha Loures
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/30542
Resumo: Resumo: O stent coronariano Bard-XT pertence a uma nova geração de stents de aço inoxidável expansíveis por balão. É composto por múltiplos módulos de 2,15 mm de extensão unidos por uma espinha longitudinal radiopaca, combinando assim baixo perfil com boa força radial, flexibilidade, contenção eficaz, expansão uniforme sem encurtamento longitudinal, mínimo recolhimento e fácil acesso a ramos laterais. Um dispositivo de montagem permite sua fácil e segura locação sobre um balão convencional de angioplastia. O objetivo deste estudo é avaliar os resultados clínicos e angiográficos imediatos e o seguimento clínico de médio a longo prazo após a colocação do stent Bard-XT. Estudou-se o implante de 92 stents de vários comprimentos (11, 15 e 19 mm) realizados em 83 pacientes no período de Janeiro a Julho de 1997. A idade média dos pacientes foi de 57,4 ± 10,5 anos, e 72,3% deles eram homens. Foram tratadas lesões do tipo Bi em 44,6% dos casos, B2 em 51,1% e C em 4,3%. O implante foi eletivo em 41,3% das situações, e foi indicado para tratamento de urgência de dissecções ou de resultado sub-ótimo após angioplastia convencional em 58,7% dos casos, havendo sucesso imediato angiográfico de 97,8% e clínico de 95,7%. Ocorreram dois insucessos por dificuldades técnicas; houve um óbito por arritmias intratáveis, mas com o stent comprovadamente pérvio, e outro durante a internação hospitalar, no pós-operatório de cirurgia vascular periférica. Nos pacientes que alcançaram sucesso, o diâmetro luminal mínimo aumentou de 0,65 ± 0,45 mm para 3,07 ± 0,40 mm, deixando uma estenose residual média de 2,75 ± 6,2%, relativa a um diâmetro de referência de 3,16 ± 0,41 mm. Durante a permanência hospitalar média de 2,46 ±1,9 dias, 6,7% dos pacientes sofreram um evento clínico menor, e 2,2%, já comentados, um evento clínico maior. Dois pacientes foram a óbito durante o seguimento tardio. Obteve-se acompanhamento clínico tardio de 82,1% dos pacientes elegíveis. Após o período médio de 137,4 ± 43,8 dias, 82,8% dos pacientes referiam estar sintomaticamente melhor que antes do implante. Observou-se teste não-invasivo positivo para isquemia miocárdica em 25% da população acompanhada. O reestudo angiográfico indicado pela presença de isquemia nestes pacientes revelou uma estenose tardia de 75,6 ± 17,7%, e um diâmetro luminal mínimo de 0,7 ± 0,52 mm. Evidenciou-se uma correlação positiva entre hipertensão arterial sistêmica (p=0,0012) e história prévia de revascularização miocárdica ou angioplastia (p=0,0117) com a ocorrência de reestenose clínica, e uma correlação inversa entre tabagismo e reestenose (p=0,0066). Houve uma forte tendência à maior incidência de reestenose quando se trataram vasos pequenos (<3,0 mm, p=0,0554). Idade, sexo, fração de ejeção de ventrículo esquerdo, outros fatores de risco para doença coronariana, tipo e extensão da lesão tratada, indicação do implante e diâmetro luminal imediato após o procedimento não foram preditores de reestenose clínica. Em conclusão, na experiência preliminar com o stent Bard-XT, comprovou-se a facilidade do seu implante, que se associou com bons resultados imediatos e boa evolução clínica de médio a longo prazos. O desenho do stent permite segurança e eficácia no tratamento de lesões coronarianas, trazendo resultados comparáveis àqueles obtidos com o implante de stents tubulares.
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