Coexistência de morcegos (Mammalia : Chiroptera) em fragmentos de floresta ombrófila mista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pressinatte Júnior, Sidnei
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/81234
Resumo: Orientador: Prof. Dr. João Marcelo Deliberador Miranda
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spelling Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaMiranda, João Marcelo Deliberador, 1979-Pressinatte Júnior, Sidnei2023-02-22T19:02:12Z2023-02-22T19:02:12Z2018https://hdl.handle.net/1884/81234Orientador: Prof. Dr. João Marcelo Deliberador MirandaTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa : Curitiba, 06/07/2018Inclui referênciasÁrea de concentração: ZoologiaResumo: Na natureza as diferentes espécies tendem a coexistir evitando a competição. Este padrão é uma das principais forças que mantem a enorme biodiversidade dos sistemas naturais. Neste sentido, conhecer e compreender os mecanismos que governam à partilha dos recursos é tema central dentro das Ciências Ambientais e fornece subsídios para a manutenção e conservação da biodiversidade. A elevada diversidade de espécies, associada à ampla distribuição e grande variação de hábitos alimentares, fazem dos morcegos excelentes modelos para se testar hipóteses relacionadas à coexistência de espécies. Atualmente são conhecidas mais de 1200 espécies de morcegos no mundo, porém este número pode ser subestimado. A Floresta Ombrófila Mista abriga cerca de 55% da riqueza de quirópteros registradas para a região sul do Brasil e é uma fitofisionomia fortemente ameaçada, restando cerca de 10% da sua área natural. De certa forma, a sobreposição no uso dos recursos pelas espécies pode gerar pressão de seleção natural o que pode, em longo prazo, se refletir em modificações comportamentais e estruturais nos organismos. Assim, compreender como a morfologia se relaciona com o uso dos recursos pode ajudar a compreender como as espécies se relacionam e quais mecanismos permitem a coexistência das mesmas, além de fornecer pistas de como ocorreram os processos evolutivos. A presente tese buscou compreender como animais com morfologia semelhante exploram os recursos espaciais e alimentares evitando ou reduzindo a competição o que tende a favorecer a coexistência. Para isso foram amostradas duas localidades de Floresta Ombrófila Mista na região centro-sul do estado do Paraná com 20 redes de neblina por área, as quais foram abertas entre os crepúsculos (média de 12 horas), por 12 fases de campo mensais entre setembro de 2014 e agosto de 2015, totalizando 311.040m².h. de esforço amostral. No primeiro capítulo a comunidade e os padrões gerais de uso do espaço e do tempo feito pelos morcegos abordados de forma descritiva. O esforço amostral realizado permitiu capturar cerca de 12% das espécies de morcegos registrados para o Brasil e 27% das espécies registradas para o sul do país, e o maior número de capturas ocorreu nas primeiras e últimas horas da noite, bem como nos meses mais quentes. No segundo capítulo os dados morfométricos alares e crâniano-dentários de algumas das espécies capturadas nos ambientes amostrados foram relacionados, respectivamente, ao uso do espaço e do alimento. A partir daí foram calculadas a amplitude de nicho espacial e trófico para cada espécie bem como o percentual de sobreposição de nicho espacial e trófico para pares de espécies morfologicamente semelhantes. De maneira geral a teoria de nicho parece explicar a coexistência de diferentes espécies de morcegos nos ambientes aqui amostrados, uma vez que espécies com elevado valor de sobreposição do nicho espacial apresentaram valores baixos de sobreposição de nicho trófico. O mesmo ocorreu para as espécies com elevada sobreposição de nicho trófico os quais tiveram pequena sobreposição de nicho espacial.Abstract: In nature different species tend to coexist avoiding competition. This pattern is one of the main forces that maintain the enormous biodiversity of natural systems. In this way, knowing and understanding the mechanisms that govern the sharing of resources is a central theme within the Environmental Sciences and provides subsidies for the maintenance and conservation of biodiversity. The high diversity of species, associated to the wide distribution and great variation of feeding habits, make the bats excellent models to test hypotheses related to the coexistence of species. There are currently more than 1200 species of bats in the world, but this number can be underestimated. The Araucaria Pine Forest comprises about 55% of the chiropterans recorded for the southern region of Brazil and is a heavily endangered environment, remaining about 10% of its natural area. The overlap in the use of resources by species can generate pressure of natural selection which can, in the long term, be reflected in behavioral and structural changes in organisms. Thus, understanding how morphology relates to the use of resources can help to understand how species relate and what mechanisms allow their coexistence, as well as providing clues as to how evolutionary processes occurred. The present thesis sought to understand how animals with similar morphology exploit spatial and food resources avoiding or reducing competition, which tends to favor coexistence. For this purpose, two sites of Araucaria Pine Forest were sampled in the central-south region of the state of Paraná with 20 mist nets per area, which were opened between twilight (12-hour average), for 12 monthly field phases between September 2014 and August 2015, totaling 311,040 m².h. of sample effort. In the first chapter the community and general patterns of space and time use by bats was described. The sampling effort allowed to capture about 12% of the species of bats registered in Brazil and 27% of the species registered to the south of the country, and the highest number of catches occurred in the first and last hours of the night and in the warmer months. In the second chapter, the wing and cranial-dental morphology data of some of the species captured in the sampled environments were related, respectively, to the use of space and food. From this, the spatial and trophic niche amplitude was calculated for each species as well as the percentage of spatial and trophic niche overlap for pairs of morphologically similar species. In general, niche theory seems to explain the coexistence of different species of bats in the environments sampled here, since species with a high spatial niche overlap value presented low values of trophic niche overlap. The same occurred for the species with high overlap of trophic niche which had small spatial niche overlap.1 recurso online : PDF.application/pdfMorcegoNicho (Ecologia)Mata AtlanticaZoologiaCoexistência de morcegos (Mammalia : Chiroptera) em fragmentos de floresta ombrófila mistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - SIDNEI PRESSINATTE JUNIOR.pdfapplication/pdf1850275https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/81234/1/R%20-%20T%20-%20SIDNEI%20PRESSINATTE%20JUNIOR.pdf607f798a3a07b49514bdac98267609e9MD51open access1884/812342023-02-22 16:02:12.985open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/81234Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-02-22T19:02:12Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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