Método de regionalização para avaliar a energia garantida incremental de pequenas centrais hidrelétricas a fio de água integradas na região sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kern, Rodrigo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/35386
Resumo: Resumo: As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), por questões políticas, econômicas e ambientais estão crescendo dentro do cenário de produção energética brasileira. Este crescimento torna crucial uma correta avaliação de sua contribuição energética. A ANEEL propõe calcular a energia assegurada de uma PCH através da média das vazões médias mensais censuradas no engolimento máximo da turbina. Contudo, a grande maioria das PCHs não possui reservatórios capazes de regularizar vazões na escala mensal, de modo que a censura deva ser na escala diária. Além disso, ao se estipular de 30 anos ou mais, sempre a série chegando a dois anos anteriores a data do projeto, para calcular a energia assegurada, obtém-se valores superiores aos quais a PCH poderia gerar durante o período crítico do sistema interligado. Ainda, o uso da diferença das energias firme ou garantida obtidas entre simulações do sistema com e sem a usina em questão, que a ANEEL define como a energia garantida incremental, não é adequado para o caso de PCHs. Logo, um método alternativo se faz necessário, caso contrário, poderá acarretar, dentro de alguns anos, um aumento significativo no risco de déficit para o sistema. Fill (1989) propôs uma fórmula matemática para o cálculo da energia garantida incremental de usinas hidrelétricas integradas, baseado na teoria estocástica dos reservatórios e que usa parâmetros estatísticos das afluências à usina e das energias naturais do sistema, que são média e desvio padrão das energias médias anuais turbináveis da usina e o coeficiente de correlação dessas afluências com as do sistema interligado. No caso de PCHs, as energias turbináveis resultam do produto das vazões diárias afluentes pela produtividade da usina, limitado pela motorização desta (energias naturais censuradas), em um local qualquer definido pela localização geográfica da usina. Como a maioria das PCHs não dispõe de séries de vazões diárias no local e tendo em vista a notória dificuldade de transferência espacial de vazões diárias, o método proposto consiste em gerar séries de vazões diárias no local da usina, censurá-las e determinar os parâmetros da fórmula proposta por FILL (1989). Para a geração das séries sintéticas de vazões diárias utilizou-se o modelo Second Order Shot-Noise com parâmetros regionalizados. Um caso exemplo é apresentado, sendo o resultado comparado com o método proposto pela ANEEL.
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