Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/32024 |
Resumo: | Resumo: A Formação Ponta Grossa, de idade devoniana, aflora na borda leste da Bacia do Paraná ao redor do Arco de Ponta Grossa. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da faciologia, bioestratigrafia e do paleoambiente acerca da formação. Para tanto, foram feitos trabalhos de campo, análises petrográficas e micropaleontológicas. Foram estudados afloramentos ao longo dos municípios de Palmeira, Ponta Grossa, Tibagi, Ventania e Jaguariaíva (PR), com os quais se determinou espessura atual de ~110 m de litologias pelíticas e psamíticas finas, considerando-se falhamentos e diques de diabásios presentes na área. Quatro associações de fácies identificadas representam as rochas na região de afloramentos, e associam-se a pelo menos três sequências estratigráficas de 3ª ordem que representam a passagem de trato de sistema transgressivo iniciado com o afogamento da Formação Furnas; instalação de trato de sistema de mar alto com progradação de fácies; e retomada do trato de sistema transgressivo, interrompido por superfície de discordância regional que representa hiato temporal de regressão forçada e sobreposição por arenitos conglomeráticos e diamictitos do Grupo Itararé de trato de sistema de mar baixo, encerrando a chamada Supersequência Paraná, transgressiva, marinha, de águas frias. O paleoambiente inferido para o intervalo da Formação Ponta Grossa analisado varia de nerítico profundo anóxico a raso óxido, dominado por ondas de tempestade, entre o nível de base das ondas de tempo bom até abaixo do nível das ondas de tempestade. A caracterização petrográfica subsidiou a identificação e descrição com detalhe de elementos sedimentológicos e micropaleontológicos para a unidade. Entre os elementos micropaleontológicos, ressalta-se a descoberta inédita dos mais antigos foraminíferos bentônicos aglutinantes arenáceos e também de radiolários, no Brasil, o que abre caminho a novas fronteiras científicas. Escolecodontes, fitoclastos (Spongiophyton spp.), quitinozoários, Tasmanites spp., moldes e elementos indeterminados compõem os principais elementos reconhecidos em seções delgadas. Suas distribuições ambientais e estratigráficas são apontadas, com concentração de fitoclastos, escolecodontes e quitinozoários, nas porções mais proximais, enquanto radiolários e Tasmanites spp. concentram-se em folhelhos abaixo do nível das ondas de tempestade. Verificou-se ainda a aplicabilidade do arcabouço bioestratigráfico proposto na literatura para tentaculitoideos, encerrando assim a deposição das litologias aflorantes da Formação Ponta Grossa entre o Emsiano e o Frasniano. |
id |
UFPR_f20b1f5c2bceb930620ef9d696e59728 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:acervodigital.ufpr.br:1884/32024 |
network_acronym_str |
UFPR |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPR |
repository_id_str |
308 |
spelling |
Ng, ChristianoVega, Cristina SilveiraUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Terra. Programa de Pós-Graduaçao em Geologia2013-09-11T12:23:37Z2013-09-11T12:23:37Z2013-09-11http://hdl.handle.net/1884/32024Resumo: A Formação Ponta Grossa, de idade devoniana, aflora na borda leste da Bacia do Paraná ao redor do Arco de Ponta Grossa. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da faciologia, bioestratigrafia e do paleoambiente acerca da formação. Para tanto, foram feitos trabalhos de campo, análises petrográficas e micropaleontológicas. Foram estudados afloramentos ao longo dos municípios de Palmeira, Ponta Grossa, Tibagi, Ventania e Jaguariaíva (PR), com os quais se determinou espessura atual de ~110 m de litologias pelíticas e psamíticas finas, considerando-se falhamentos e diques de diabásios presentes na área. Quatro associações de fácies identificadas representam as rochas na região de afloramentos, e associam-se a pelo menos três sequências estratigráficas de 3ª ordem que representam a passagem de trato de sistema transgressivo iniciado com o afogamento da Formação Furnas; instalação de trato de sistema de mar alto com progradação de fácies; e retomada do trato de sistema transgressivo, interrompido por superfície de discordância regional que representa hiato temporal de regressão forçada e sobreposição por arenitos conglomeráticos e diamictitos do Grupo Itararé de trato de sistema de mar baixo, encerrando a chamada Supersequência Paraná, transgressiva, marinha, de águas frias. O paleoambiente inferido para o intervalo da Formação Ponta Grossa analisado varia de nerítico profundo anóxico a raso óxido, dominado por ondas de tempestade, entre o nível de base das ondas de tempo bom até abaixo do nível das ondas de tempestade. A caracterização petrográfica subsidiou a identificação e descrição com detalhe de elementos sedimentológicos e micropaleontológicos para a unidade. Entre os elementos micropaleontológicos, ressalta-se a descoberta inédita dos mais antigos foraminíferos bentônicos aglutinantes arenáceos e também de radiolários, no Brasil, o que abre caminho a novas fronteiras científicas. Escolecodontes, fitoclastos (Spongiophyton spp.), quitinozoários, Tasmanites spp., moldes e elementos indeterminados compõem os principais elementos reconhecidos em seções delgadas. Suas distribuições ambientais e estratigráficas são apontadas, com concentração de fitoclastos, escolecodontes e quitinozoários, nas porções mais proximais, enquanto radiolários e Tasmanites spp. concentram-se em folhelhos abaixo do nível das ondas de tempestade. Verificou-se ainda a aplicabilidade do arcabouço bioestratigráfico proposto na literatura para tentaculitoideos, encerrando assim a deposição das litologias aflorantes da Formação Ponta Grossa entre o Emsiano e o Frasniano.application/pdfDissertaçõesGeologia estratigrafica - DevonianoBioestratigrafiaBacias sedimentaresFaciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paranáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - CHRISTIANO NG.pdfapplication/pdf22816762https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/1/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdff418fd38f259030124df9bb069316dfaMD51open accessTEXTR - D - CHRISTIANO NG.pdf.txtR - D - CHRISTIANO NG.pdf.txtExtracted Texttext/plain325485https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/2/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdf.txt5bdb04b45be1d1e544e5dd809f3b948cMD52open accessTHUMBNAILR - D - CHRISTIANO NG.pdf.jpgR - D - CHRISTIANO NG.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1257https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/3/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdf.jpg4c3d241e5381a32f86e04fd16b6e7b06MD53open access1884/320242016-04-07 03:12:51.89open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/32024Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T06:12:51Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
title |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
spellingShingle |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná Ng, Christiano Dissertações Geologia estratigrafica - Devoniano Bioestratigrafia Bacias sedimentares |
title_short |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
title_full |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
title_fullStr |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
title_full_unstemmed |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
title_sort |
Faciologia, considerações bioestratigráficas e paleoambientais da Formação Ponta Grossa em afloramentos do flanco leste da Sub-bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná |
author |
Ng, Christiano |
author_facet |
Ng, Christiano |
author_role |
author |
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv |
Vega, Cristina Silveira Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Terra. Programa de Pós-Graduaçao em Geologia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ng, Christiano |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dissertações Geologia estratigrafica - Devoniano Bioestratigrafia Bacias sedimentares |
topic |
Dissertações Geologia estratigrafica - Devoniano Bioestratigrafia Bacias sedimentares |
description |
Resumo: A Formação Ponta Grossa, de idade devoniana, aflora na borda leste da Bacia do Paraná ao redor do Arco de Ponta Grossa. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da faciologia, bioestratigrafia e do paleoambiente acerca da formação. Para tanto, foram feitos trabalhos de campo, análises petrográficas e micropaleontológicas. Foram estudados afloramentos ao longo dos municípios de Palmeira, Ponta Grossa, Tibagi, Ventania e Jaguariaíva (PR), com os quais se determinou espessura atual de ~110 m de litologias pelíticas e psamíticas finas, considerando-se falhamentos e diques de diabásios presentes na área. Quatro associações de fácies identificadas representam as rochas na região de afloramentos, e associam-se a pelo menos três sequências estratigráficas de 3ª ordem que representam a passagem de trato de sistema transgressivo iniciado com o afogamento da Formação Furnas; instalação de trato de sistema de mar alto com progradação de fácies; e retomada do trato de sistema transgressivo, interrompido por superfície de discordância regional que representa hiato temporal de regressão forçada e sobreposição por arenitos conglomeráticos e diamictitos do Grupo Itararé de trato de sistema de mar baixo, encerrando a chamada Supersequência Paraná, transgressiva, marinha, de águas frias. O paleoambiente inferido para o intervalo da Formação Ponta Grossa analisado varia de nerítico profundo anóxico a raso óxido, dominado por ondas de tempestade, entre o nível de base das ondas de tempo bom até abaixo do nível das ondas de tempestade. A caracterização petrográfica subsidiou a identificação e descrição com detalhe de elementos sedimentológicos e micropaleontológicos para a unidade. Entre os elementos micropaleontológicos, ressalta-se a descoberta inédita dos mais antigos foraminíferos bentônicos aglutinantes arenáceos e também de radiolários, no Brasil, o que abre caminho a novas fronteiras científicas. Escolecodontes, fitoclastos (Spongiophyton spp.), quitinozoários, Tasmanites spp., moldes e elementos indeterminados compõem os principais elementos reconhecidos em seções delgadas. Suas distribuições ambientais e estratigráficas são apontadas, com concentração de fitoclastos, escolecodontes e quitinozoários, nas porções mais proximais, enquanto radiolários e Tasmanites spp. concentram-se em folhelhos abaixo do nível das ondas de tempestade. Verificou-se ainda a aplicabilidade do arcabouço bioestratigráfico proposto na literatura para tentaculitoideos, encerrando assim a deposição das litologias aflorantes da Formação Ponta Grossa entre o Emsiano e o Frasniano. |
publishDate |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-09-11T12:23:37Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2013-09-11T12:23:37Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-09-11 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1884/32024 |
url |
http://hdl.handle.net/1884/32024 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
instname_str |
Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
instacron_str |
UFPR |
institution |
UFPR |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPR |
collection |
Repositório Institucional da UFPR |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/1/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdf https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/2/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdf.txt https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/32024/3/R%20-%20D%20-%20CHRISTIANO%20NG.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f418fd38f259030124df9bb069316dfa 5bdb04b45be1d1e544e5dd809f3b948c 4c3d241e5381a32f86e04fd16b6e7b06 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797699086714929152 |