Leptospirose em bovinos abatidos em matadouros no Estado do Pará.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NEGRÃO, Andréa Maria Góes
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: MOLNÁR, Éva, MOLNÁR, László
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRA
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo verificar a soroprevalência da leptospirose e demonstrar a presença de leptospiras em amostras de urina e rins de bovinos abatidos no matadouro da Cooperativa e Indústria Pecuária do Pará (SOCIPE), provenientes de seis municípios do Estado do Pará, Brasil, no período de agosto de 1998 a abril de 1999. Foi feita pesquisa sorológica pelo teste de soroaglutinação microscópica, utilizando-se 27 cepas de antígenos vivos para detecção de anticorpos antileptospiras, sendo a diluição máxima pesquisada de 1:800. A demonstração direta de leptospiras foram feitas pelos métodos de impregnação pela prata em amostras de rim, e de coloração de Vágó em amostras de urina e rim. Foram analisadas 131 amostras de soro, 107 de urina e 131 de rins de sete rebanhos (seis municípios), sendo que 102 (77,8%) mostraram-se positivas sorologicamente a pelo menos um sorovar e todos os rebanhos foram reagentes. À porcentagem de soropositividade nos rebanhos variou de 45 a 90%. O sorovar de maior prevalência nas amostras pesquisadas foi hebdomadis reagindo em 41,2%, seguido de hardjo com 33,6%, andamana e bratislava com 12,9% cada, patoc com 7,6% e pomona e sejroe com 6,8%. Os outros sorovares reagiram em menos de 4% cada um. O título de 800 foi encontrado nos sorovares hardjo, hebdomadis, andamana, pomona e javanica. O título de 400 foi encontrado nos sorovares djasiman, patoc e sejroe e de 200 em bratislava, castelonis, saxkoebing, shermani, pyrogenes, tarassovi e australis. Os sorovares canicola, cynopteri, wolffi, ballum, icterohaemorrhagiae e celledoni só reagiram com título de 100. Os outros sorovares não reagiram em nenhuma amostra. A demonstração direta de leptospiras pelo método de coloração de Vágó em amostras de urina mostrou 29,9% (32/107) de positividade, enquanto que em amostras de rim foi de 24,4% (32/131) de positivas. Pelo método de impregnação pela prata em amostras de rim foi possível demonstrar leptospiras em 34,7% (42/121) das amostras pesquisadas.
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