A Reinvenção dos Corpos: Por uma Pedagogia da Complexidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sociologias, Comissão Editorial
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Gaya, Adroaldo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sociologias (Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5571
Resumo: O objetivo deste ensaio é o de reivindicar a presença do corpo humano nas reflexões epistemológicas e pedagógicas. Parte-se da seguinte hipótese: Em tempos pós-modernos, os discursos filosófico e sociológico apontam para a superação da racionalidade iluminista. As propostas pedagógicas procuram perspectivas interdisciplinares, novas formas de configuração curricular e de organização do espaço escolar. Muito seguidamente ouvem-se referências a uma pedagogia da complexidade. Todavia, paradoxalmente, é nesta mesma escola e no âmbito dessa mesma pedagogia que o paradigma do racionalismo iluminista inspirador de uma educação intelectualista permanece, assumindo a herança cartesiana que concebe o corpo como simples extensão da mente. Três temas compõem os argumentos em defesa da hipótese orientadora: (1) Nas escolas de nosso tempo o corpo considerado como res extensa permanece passivo. Enfim, o corpo não vai à escola. (2) As principais correntes epistemológicas sobre a origem do conhecimento, da mesma forma, limitam-se a expressões de um conhecimento predominantemente racional. O corpo permanece ausente de interesse epistemológico. (3) Uma pedagogia que se limita ao exclusivamente racional é míope e, por conseqüência, não pode exigir configurar-se numa pedagogia da complexidade. É necessário recolocar os corpos na epistemologia, na pedagogia e nas escolas. É a reinvenção dos corpos.
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