A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Clinical and Biomedical Research |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858 |
Resumo: | Introdução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto.Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico.Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x2=4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X2=4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X2=5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0).Conclusões: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.Palavras-chave: Trombofilia; insuficiência placentária; trombose; morte fetal; aborto |
id |
UFRGS-20_f1e01e3959fe749153a9d9cf7c078c05 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:seer.ufrgs.br:article/86858 |
network_acronym_str |
UFRGS-20 |
network_name_str |
Clinical and Biomedical Research |
repository_id_str |
|
spelling |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditáriasTrombofiliainsuficiência placentáriatrombosemorte fetalabortoPERINATAL HEALTHIntrodução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto.Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico.Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x2=4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X2=4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X2=5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0).Conclusões: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.Palavras-chave: Trombofilia; insuficiência placentária; trombose; morte fetal; abortoHCPA/FAMED/UFRGS2019-08-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviewed ArticleAvaliado por Paresapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858Clinical & Biomedical Research; Vol. 39 No. 2 (2019)Clinical and Biomedical Research; v. 39 n. 2 (2019)2357-9730reponame:Clinical and Biomedical Researchinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858/pdfCopyright (c) 2019 Clinical and Biomedical Researchinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Andrade, Julio RezendeCamargos, Marina ValadãoReis, Mateus Figueredo de RezendeMaciel, Ricardo Augusto BarcelosMelo, Tamara TeixeiraBatalha, Sophia HelenaMatos, Verônica MarquesSalgado, Hakayna CalegaroRangel, João Matheus de CastroZimmermmann, Juliana Barroso2022-09-13T18:48:54Zoai:seer.ufrgs.br:article/86858Revistahttps://www.seer.ufrgs.br/index.php/hcpaPUBhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/oai||cbr@hcpa.edu.br2357-97302357-9730opendoar:2022-09-13T18:48:54Clinical and Biomedical Research - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
title |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
spellingShingle |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias de Andrade, Julio Rezende Trombofilia insuficiência placentária trombose morte fetal aborto PERINATAL HEALTH |
title_short |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
title_full |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
title_fullStr |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
title_full_unstemmed |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
title_sort |
A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias |
author |
de Andrade, Julio Rezende |
author_facet |
de Andrade, Julio Rezende Camargos, Marina Valadão Reis, Mateus Figueredo de Rezende Maciel, Ricardo Augusto Barcelos Melo, Tamara Teixeira Batalha, Sophia Helena Matos, Verônica Marques Salgado, Hakayna Calegaro Rangel, João Matheus de Castro Zimmermmann, Juliana Barroso |
author_role |
author |
author2 |
Camargos, Marina Valadão Reis, Mateus Figueredo de Rezende Maciel, Ricardo Augusto Barcelos Melo, Tamara Teixeira Batalha, Sophia Helena Matos, Verônica Marques Salgado, Hakayna Calegaro Rangel, João Matheus de Castro Zimmermmann, Juliana Barroso |
author2_role |
author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
de Andrade, Julio Rezende Camargos, Marina Valadão Reis, Mateus Figueredo de Rezende Maciel, Ricardo Augusto Barcelos Melo, Tamara Teixeira Batalha, Sophia Helena Matos, Verônica Marques Salgado, Hakayna Calegaro Rangel, João Matheus de Castro Zimmermmann, Juliana Barroso |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trombofilia insuficiência placentária trombose morte fetal aborto PERINATAL HEALTH |
topic |
Trombofilia insuficiência placentária trombose morte fetal aborto PERINATAL HEALTH |
description |
Introdução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto.Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico.Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x2=4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X2=4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X2=5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0).Conclusões: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.Palavras-chave: Trombofilia; insuficiência placentária; trombose; morte fetal; aborto |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-08-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Peer-reviewed Article Avaliado por Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858 |
url |
https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Clinical and Biomedical Research info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Clinical and Biomedical Research |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
HCPA/FAMED/UFRGS |
publisher.none.fl_str_mv |
HCPA/FAMED/UFRGS |
dc.source.none.fl_str_mv |
Clinical & Biomedical Research; Vol. 39 No. 2 (2019) Clinical and Biomedical Research; v. 39 n. 2 (2019) 2357-9730 reponame:Clinical and Biomedical Research instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Clinical and Biomedical Research |
collection |
Clinical and Biomedical Research |
repository.name.fl_str_mv |
Clinical and Biomedical Research - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
||cbr@hcpa.edu.br |
_version_ |
1750135158296543232 |