Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tartarella, Marcia Beatriz
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Takahagi, Rodrigo Ueno, Braga, Ana Paula, Fortes Filho, João Borges
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/101534
Resumo: Objetivos: Descrever as características oftalmológicas, o tratamento da catarata e os resultados funcionais em pacientes com o diagnóstico de persistência da vasculatura fetal. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de série de casos de pacientes com persistência da vasculatura fetal. Dados foram obtidos dos arquivos do Setor de Catarata Congênita da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, durante o período entre 2001 a 2012. Todos os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, idade ao diagnóstico, achados sistêmicos, lateralidade, idade à cirurgia e acuidade visual inicial e final ao seguimento. Complicações após a cirurgia da catarata foram analisadas. Ultrassom foi realizado em todos os casos e eco-Doppler foi realizado na maioria dos pacientes. Resultados: O estudo incluiu 53 olhos de 46 pacientes. Idade ao diagnóstico variou de 5 dias de vida até 10 anos (média 22,7 meses). Vinte e sete pacientes eram masculinos (58,7%). A persistência da vasculatura fetal foi bilateral em 7 pacientes (15,2%). Quarenta e dois olhos (79,2%) apresentaram formas combinadas (anterior e posterior) da persistência da vasculatura fetal, 5 olhos (9,4%) tinham somente a forma anterior da persistência da vasculatura fetal e 6 olhos (11,3%) tinham a forma posterior de apresentação da persistência da vasculatura fetal. Trinta e oito olhos (71,7%) foram operados de catarata. Lensectomia com vitrectomia anterior foi realizada em 18 olhos (47,4%). Facoaspiração com implante de lente intraocular foi realizada em 15 olhos (39,5%) e sem implantação de lente em 5 olhos (13,2%). O seguimento médio após cirurgia foi de 44 meses. Complicações pós-operatórias foram: sinéquias posteriores (3 casos), descolamento da retina (2 casos), atrofia do globo ocular (3 casos), opacificação da cápsula posterior (8 casos), membrana pupilar inflamatória (5 casos), glaucoma (4 casos), deslocamento da lente implantada (1 caso) e hemorragia vítrea (2 casos). Complicações foram identificadas em 19 (50%) dos 38 olhos operados. Acuidade visual melhorou após a cirurgia da catarata em 83% dos olhos. Conclusões: Pacientes com persistência da vasculatura fetal tem apresentações clínicas variáveis. Existe uma associação da persistência da vasculatura fetal com catarata congênita. Complicações graves são associadas com a cirurgia da catarata nesses pacientes, mas 83% dos olhos operados melhoraram a acuidade visual nesse estudo.
id UFRGS-2_0404b8dfc27a0a5b3113f587a03fbf6b
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101534
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Tartarella, Marcia BeatrizTakahagi, Rodrigo UenoBraga, Ana PaulaFortes Filho, João Borges2014-08-21T02:11:31Z20130004-2749http://hdl.handle.net/10183/101534000913685Objetivos: Descrever as características oftalmológicas, o tratamento da catarata e os resultados funcionais em pacientes com o diagnóstico de persistência da vasculatura fetal. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de série de casos de pacientes com persistência da vasculatura fetal. Dados foram obtidos dos arquivos do Setor de Catarata Congênita da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, durante o período entre 2001 a 2012. Todos os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, idade ao diagnóstico, achados sistêmicos, lateralidade, idade à cirurgia e acuidade visual inicial e final ao seguimento. Complicações após a cirurgia da catarata foram analisadas. Ultrassom foi realizado em todos os casos e eco-Doppler foi realizado na maioria dos pacientes. Resultados: O estudo incluiu 53 olhos de 46 pacientes. Idade ao diagnóstico variou de 5 dias de vida até 10 anos (média 22,7 meses). Vinte e sete pacientes eram masculinos (58,7%). A persistência da vasculatura fetal foi bilateral em 7 pacientes (15,2%). Quarenta e dois olhos (79,2%) apresentaram formas combinadas (anterior e posterior) da persistência da vasculatura fetal, 5 olhos (9,4%) tinham somente a forma anterior da persistência da vasculatura fetal e 6 olhos (11,3%) tinham a forma posterior de apresentação da persistência da vasculatura fetal. Trinta e oito olhos (71,7%) foram operados de catarata. Lensectomia com vitrectomia anterior foi realizada em 18 olhos (47,4%). Facoaspiração com implante de lente intraocular foi realizada em 15 olhos (39,5%) e sem implantação de lente em 5 olhos (13,2%). O seguimento médio após cirurgia foi de 44 meses. Complicações pós-operatórias foram: sinéquias posteriores (3 casos), descolamento da retina (2 casos), atrofia do globo ocular (3 casos), opacificação da cápsula posterior (8 casos), membrana pupilar inflamatória (5 casos), glaucoma (4 casos), deslocamento da lente implantada (1 caso) e hemorragia vítrea (2 casos). Complicações foram identificadas em 19 (50%) dos 38 olhos operados. Acuidade visual melhorou após a cirurgia da catarata em 83% dos olhos. Conclusões: Pacientes com persistência da vasculatura fetal tem apresentações clínicas variáveis. Existe uma associação da persistência da vasculatura fetal com catarata congênita. Complicações graves são associadas com a cirurgia da catarata nesses pacientes, mas 83% dos olhos operados melhoraram a acuidade visual nesse estudo.Purposes: To describe ocular features, management of cataract and functional outcomes in patients with persistent fetal vasculature. Methods: Retrospective, descriptive case series of patients with persistent fetal vasculature. Data were recorded from the Congenital Cataract Section of Federal University of São Paulo, Brazil from 2001 to 2012. All patients were evaluated for sex, age at diagnosis, systemic findings, laterality, age at surgery, and initial and final follow-up visual acuities. Follow-up and complications after cataract surgery were recorded. Ultrasound was performed in all cases and ocular eco-Doppler was performed in most. Results: The study comprised 53 eyes from 46 patients. Age at diagnosis ranged from 5 days of life to 10 years-old (mean 22.7 months). Twenty-seven patients were male (58.7%). Persistent fetal vasculature was bilateral in 7 patients (15.2%). Forty-two eyes (79.2%) had combined (anterior and posterior forms) PFV presentation, 5 eyes (9.4%) had only anterior persistent fetal vasculature presentation and 6 eyes (11.3%) had posterior persistent fetal vasculature presentation. Thirtyeight eyes (71.7%) were submitted to cataract surgery. Lensectomy combined with anterior vitrectomy was performed in 18 eyes (47.4%). Phacoaspiration with intraocular lens implantation was performed in 15 eyes (39.5%), and without lens implantation in 5 eyes (13.2%). Mean follow-up after surgery was 44 months. Postoperative complications were posterior synechiae (3 cases), retinal detachment (2 cases), phthisis (3 cases), posterior capsular opacification (8 cases), inflammatory pupillary membrane (5 cases), glaucoma (4 cases), intraocular lens implantation displacement (1 case) and vitreous hemorrhage (2 cases). Complications were identified in 19 (50%) of the 38 operated eyes. Visual acuity improved after cataract surgery in 83% of the eyes. Conclusions: Patients with persistent fetal vasculature have variable clinical presentation. There is an association of persistent fetal vasculature with congenital cataract. Severe complications are related to cataract surgery in patients with persistent fetal vasculature, but 83% of the operated eyes improved visual acuity.application/pdfengArquivos brasileiros de oftalmologia. São Paulo. Vol. 76, n. 3 (maio/jun. 2013), p. 185-188.Vítreo primário hiperplásico persistentePatologiaCatarataProcedimentos cirúrgicos oftalmológicosPersistent hyperplastic primary vitreous/pathologyCataract/congenitalOphthalmologic surgical proceduresPersistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomesPersistência da vasculatura fetal características oftalmológicas, manuseio da catarata e resultados cirúrgicosinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000913685.pdf000913685.pdfTexto completo (inglês)application/pdf884811http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/1/000913685.pdf51855e5f9185809fe36c3cc027d7936cMD51TEXT000913685.pdf.txt000913685.pdf.txtExtracted Texttext/plain20823http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/2/000913685.pdf.txt086d057e0f305cd53a3a1f69c3836115MD52THUMBNAIL000913685.pdf.jpg000913685.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1653http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/3/000913685.pdf.jpg1c06e43a711004862ae6327c943e258bMD5310183/1015342021-09-18 04:51:13.959732oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101534Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-09-18T07:51:13Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Persistência da vasculatura fetal características oftalmológicas, manuseio da catarata e resultados cirúrgicos
title Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
spellingShingle Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
Tartarella, Marcia Beatriz
Vítreo primário hiperplásico persistente
Patologia
Catarata
Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos
Persistent hyperplastic primary vitreous/pathology
Cataract/congenital
Ophthalmologic surgical procedures
title_short Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
title_full Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
title_fullStr Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
title_full_unstemmed Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
title_sort Persistent fetal vasculature : ocular features, management of cataract and outcomes
author Tartarella, Marcia Beatriz
author_facet Tartarella, Marcia Beatriz
Takahagi, Rodrigo Ueno
Braga, Ana Paula
Fortes Filho, João Borges
author_role author
author2 Takahagi, Rodrigo Ueno
Braga, Ana Paula
Fortes Filho, João Borges
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tartarella, Marcia Beatriz
Takahagi, Rodrigo Ueno
Braga, Ana Paula
Fortes Filho, João Borges
dc.subject.por.fl_str_mv Vítreo primário hiperplásico persistente
Patologia
Catarata
Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos
topic Vítreo primário hiperplásico persistente
Patologia
Catarata
Procedimentos cirúrgicos oftalmológicos
Persistent hyperplastic primary vitreous/pathology
Cataract/congenital
Ophthalmologic surgical procedures
dc.subject.eng.fl_str_mv Persistent hyperplastic primary vitreous/pathology
Cataract/congenital
Ophthalmologic surgical procedures
description Objetivos: Descrever as características oftalmológicas, o tratamento da catarata e os resultados funcionais em pacientes com o diagnóstico de persistência da vasculatura fetal. Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de série de casos de pacientes com persistência da vasculatura fetal. Dados foram obtidos dos arquivos do Setor de Catarata Congênita da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, durante o período entre 2001 a 2012. Todos os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, idade ao diagnóstico, achados sistêmicos, lateralidade, idade à cirurgia e acuidade visual inicial e final ao seguimento. Complicações após a cirurgia da catarata foram analisadas. Ultrassom foi realizado em todos os casos e eco-Doppler foi realizado na maioria dos pacientes. Resultados: O estudo incluiu 53 olhos de 46 pacientes. Idade ao diagnóstico variou de 5 dias de vida até 10 anos (média 22,7 meses). Vinte e sete pacientes eram masculinos (58,7%). A persistência da vasculatura fetal foi bilateral em 7 pacientes (15,2%). Quarenta e dois olhos (79,2%) apresentaram formas combinadas (anterior e posterior) da persistência da vasculatura fetal, 5 olhos (9,4%) tinham somente a forma anterior da persistência da vasculatura fetal e 6 olhos (11,3%) tinham a forma posterior de apresentação da persistência da vasculatura fetal. Trinta e oito olhos (71,7%) foram operados de catarata. Lensectomia com vitrectomia anterior foi realizada em 18 olhos (47,4%). Facoaspiração com implante de lente intraocular foi realizada em 15 olhos (39,5%) e sem implantação de lente em 5 olhos (13,2%). O seguimento médio após cirurgia foi de 44 meses. Complicações pós-operatórias foram: sinéquias posteriores (3 casos), descolamento da retina (2 casos), atrofia do globo ocular (3 casos), opacificação da cápsula posterior (8 casos), membrana pupilar inflamatória (5 casos), glaucoma (4 casos), deslocamento da lente implantada (1 caso) e hemorragia vítrea (2 casos). Complicações foram identificadas em 19 (50%) dos 38 olhos operados. Acuidade visual melhorou após a cirurgia da catarata em 83% dos olhos. Conclusões: Pacientes com persistência da vasculatura fetal tem apresentações clínicas variáveis. Existe uma associação da persistência da vasculatura fetal com catarata congênita. Complicações graves são associadas com a cirurgia da catarata nesses pacientes, mas 83% dos olhos operados melhoraram a acuidade visual nesse estudo.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-08-21T02:11:31Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/101534
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0004-2749
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000913685
identifier_str_mv 0004-2749
000913685
url http://hdl.handle.net/10183/101534
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Arquivos brasileiros de oftalmologia. São Paulo. Vol. 76, n. 3 (maio/jun. 2013), p. 185-188.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/1/000913685.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/2/000913685.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101534/3/000913685.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 51855e5f9185809fe36c3cc027d7936c
086d057e0f305cd53a3a1f69c3836115
1c06e43a711004862ae6327c943e258b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487254776152064