Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Luiz Fernando de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Guimarães, Mark Drew Crosland, Dourado, Inês, Veras, Maria Amélia, Magno, Laio, Leal, Andrea Fachel, Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo, Kendall, Carl, Pontes, Alexandre Kerr, Rocha, Gustavo Machado
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/232955
Resumo: A epidemia do HIV no Brasil é concentrada em populações-chave. Organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos direitos da população LGBT e de pessoas vivendo com HIV/aids podem contribuir para o desenvolvimento de políticas de prevenção. O objetivo deste estudo é avaliar o envolvimento em ONGs e analisar sua associação com a participação individual em ações de educação em saúde, testagem e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e ao HIV, como parte de um estudo nacional de vigilância biológica e comportamental entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Trata-se de estudo transversal utilizando respondent driven sampling (RDS) em 12 cidades brasileiras. A magnitude da associação do envolvimento em ONGs com cada ação foi avaliada pela estimativa de odds ratio por meio de regressão logística por amostragem complexa, considerando cada cidade como um estrato e ponderando pelo estimador de Gile. Foi estimada a proporção relativa atribuída ao envolvimento em ONGs para cada evento avaliado. Dentre 4.176 participantes, a maioria tinha menos de 25 anos (56,5%) e baixo nível econômico (56,7%). Um quarto dos HSH referiu se envolver em ONGs, que foi significativamente associado com as ações avaliadas: receber preservativo e gel lubrificante, participar de palestra, receber material educativo e aconselhamento em IST, conhecimento de profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), testagem para sífilis e HIV, ter aceitação do autoteste e saber onde realizar teste para HIV. ONGs têm um papel histórico na resposta à epidemia de HIV no Brasil e, apesar de terem sofrido significativa redução de recursos nos últimos anos, mantêm relevante atuação nas ações de saúde pública.
id UFRGS-2_13483ec14b905b180f72746b4c0ee414
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232955
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Almeida, Luiz Fernando deGuimarães, Mark Drew CroslandDourado, InêsVeras, Maria AméliaMagno, LaioLeal, Andrea FachelKerr, Ligia Regina Franco SansigoloKendall, CarlPontes, Alexandre KerrRocha, Gustavo Machado2021-12-15T04:26:04Z20210102-311Xhttp://hdl.handle.net/10183/232955001134819A epidemia do HIV no Brasil é concentrada em populações-chave. Organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos direitos da população LGBT e de pessoas vivendo com HIV/aids podem contribuir para o desenvolvimento de políticas de prevenção. O objetivo deste estudo é avaliar o envolvimento em ONGs e analisar sua associação com a participação individual em ações de educação em saúde, testagem e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e ao HIV, como parte de um estudo nacional de vigilância biológica e comportamental entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Trata-se de estudo transversal utilizando respondent driven sampling (RDS) em 12 cidades brasileiras. A magnitude da associação do envolvimento em ONGs com cada ação foi avaliada pela estimativa de odds ratio por meio de regressão logística por amostragem complexa, considerando cada cidade como um estrato e ponderando pelo estimador de Gile. Foi estimada a proporção relativa atribuída ao envolvimento em ONGs para cada evento avaliado. Dentre 4.176 participantes, a maioria tinha menos de 25 anos (56,5%) e baixo nível econômico (56,7%). Um quarto dos HSH referiu se envolver em ONGs, que foi significativamente associado com as ações avaliadas: receber preservativo e gel lubrificante, participar de palestra, receber material educativo e aconselhamento em IST, conhecimento de profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), testagem para sífilis e HIV, ter aceitação do autoteste e saber onde realizar teste para HIV. ONGs têm um papel histórico na resposta à epidemia de HIV no Brasil e, apesar de terem sofrido significativa redução de recursos nos últimos anos, mantêm relevante atuação nas ações de saúde pública.The HIV epidemic in Brazil is concentrated in key populations. Nongovernmental organizations (NGOs) working in defense of LGBT rights and the rights of persons living with HIV/AIDS can contribute to the development of prevention policies. The current study’s objectives are to assess involvement in NGOs and analyze the association with individual participation in health education, testing, and STI and HIV prevention activities as part of a national study on biological and behavioral surveillance in men who have sex with men (MSM). This is a cross-sectional study using respondent-driven sampling in 12 Brazilian cities. The magnitude of the association between involvement in NGOs and each activity was assessed with estimation of odds ratios via logistic regression with complex sampling, considering each city as a stratum and weighting by the Gile estimator. The relative proportion attributed to involvement in NGOs was estimated for each event. Among 4,176 participants, the majority were under 25 years of age (56.5%) and with low socioeconomic status (56.7%). One-fourth of MSM reported being involved in NGOs, which was associated significantly with the target activities: receiving free condoms and lubricant gel, participating in talks on STIs, receiving educational materials and counseling on STIs, prior knowledge of postexposure prophylaxis (PEP) and pre-exposure prophylaxis (PrEP), testing for syphilis and HIV, acceptance of HIV self-testing, and knowing where to get an HIV test. NGOs play a historical role in the response to the HIV epidemic in Brazil, and despite a significant cutback in resources in recent years, they have maintained relevant work in public health activities.La epidemia de VIH en Brasil se concentra en poblaciones clave. Organizaciones no gubernamentales (ONGs) que actúan en defensa de los derechos de la población LGBT, y de personas viviendo con VIH/sida, pueden contribuir al desarrollo de políticas de prevención. El objetivo de este estudio es evaluar la implicación en ONGs y analizar su asociación con la participación individual en acciones de educación en salud, pruebas y prevención frente a las IST y al VIH, como parte de un estudio nacional de vigilancia biológica y comportamental entre hombres que practican sexo con hombres (HSH). Se trata de un estudio transversal, utilizando respondent driven sampling en 12 ciudades brasileñas. Se evaluó la magnitud de la asociación de la implicación en ONGs con cada acción mediante la estimación de odds ratio, a través de una regresión logística por muestra compleja, considerando cada ciudad como un estrato, y ponderando por el estimador de Gile. Se estimó la proporción relativa atribuida a la implicación en ONGs para cada evento evaluado. De entre los 4176 participantes, la mayoría tenía menos de 25 años (56,5%) y bajo nivel económico (56,7%). Un cuarto de los HSH mencionó estar implicado en ONGs, lo que estuvo significativamente asociado con las acciones evaluadas: recibir preservativo y gel lubrificante, participar en ponencias, recibir material educativo y consejo en IST, conocimiento de profilaxia pos-exposición (PEP) y profilaxia pre-exposición (PrEP), pruebas de sífilis y VIH, haber aceptado el autotest y saber donde realizar el test para el VIH. Las ONGs tienen un papel histórico en la respuesta a la epidemia de VIH en Brasil y, a pesar de haber sufrido una significativa reducción de recursos en los últimos años, mantienen una relevante actuación en las acciones de salud pública.application/pdfporCadernos de saúde pública = Reports in public health. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 37, n. 11 (2021), e00150520, p. [1]-14HIVHomensMinorias sexuais e de gêneroSexoSaúde públicaBrasilMens who have sex with manHIVNon-government organizationsHombres que hacen sexo con hombresVIHOrganizaciones no gubernamentalesEnvolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no BrasilInvolvement in nongovernmental organizations and participation in HIV/AIDS prevention by men who have sex with men in Brazil Implicación en organizaciones no gubernamenntales y participación en acciones de prevención contra el VIH/sida de hombres que practican sexo con hombres en Brasil info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001134819.pdf.txt001134819.pdf.txtExtracted Texttext/plain53023http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232955/2/001134819.pdf.txt852b95bedf3f41796650c0e1b28ee96dMD52ORIGINAL001134819.pdfTexto completoapplication/pdf243668http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232955/1/001134819.pdfbe299daead1911ed2ea6e0f87c41df73MD5110183/2329552023-10-20 03:36:46.306225oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232955Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-20T06:36:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Involvement in nongovernmental organizations and participation in HIV/AIDS prevention by men who have sex with men in Brazil
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Implicación en organizaciones no gubernamenntales y participación en acciones de prevención contra el VIH/sida de hombres que practican sexo con hombres en Brasil
title Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
spellingShingle Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
Almeida, Luiz Fernando de
HIV
Homens
Minorias sexuais e de gênero
Sexo
Saúde pública
Brasil
Mens who have sex with man
HIV
Non-government organizations
Hombres que hacen sexo con hombres
VIH
Organizaciones no gubernamentales
title_short Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
title_full Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
title_fullStr Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
title_full_unstemmed Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
title_sort Envolvimento em organizações não governamentais e a participação em ações de prevenção ao HIV/AIDS por homens que fazem sexo com homens no Brasil
author Almeida, Luiz Fernando de
author_facet Almeida, Luiz Fernando de
Guimarães, Mark Drew Crosland
Dourado, Inês
Veras, Maria Amélia
Magno, Laio
Leal, Andrea Fachel
Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo
Kendall, Carl
Pontes, Alexandre Kerr
Rocha, Gustavo Machado
author_role author
author2 Guimarães, Mark Drew Crosland
Dourado, Inês
Veras, Maria Amélia
Magno, Laio
Leal, Andrea Fachel
Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo
Kendall, Carl
Pontes, Alexandre Kerr
Rocha, Gustavo Machado
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Luiz Fernando de
Guimarães, Mark Drew Crosland
Dourado, Inês
Veras, Maria Amélia
Magno, Laio
Leal, Andrea Fachel
Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo
Kendall, Carl
Pontes, Alexandre Kerr
Rocha, Gustavo Machado
dc.subject.por.fl_str_mv HIV
Homens
Minorias sexuais e de gênero
Sexo
Saúde pública
Brasil
topic HIV
Homens
Minorias sexuais e de gênero
Sexo
Saúde pública
Brasil
Mens who have sex with man
HIV
Non-government organizations
Hombres que hacen sexo con hombres
VIH
Organizaciones no gubernamentales
dc.subject.eng.fl_str_mv Mens who have sex with man
HIV
Non-government organizations
dc.subject.spa.fl_str_mv Hombres que hacen sexo con hombres
VIH
Organizaciones no gubernamentales
description A epidemia do HIV no Brasil é concentrada em populações-chave. Organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos direitos da população LGBT e de pessoas vivendo com HIV/aids podem contribuir para o desenvolvimento de políticas de prevenção. O objetivo deste estudo é avaliar o envolvimento em ONGs e analisar sua associação com a participação individual em ações de educação em saúde, testagem e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e ao HIV, como parte de um estudo nacional de vigilância biológica e comportamental entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Trata-se de estudo transversal utilizando respondent driven sampling (RDS) em 12 cidades brasileiras. A magnitude da associação do envolvimento em ONGs com cada ação foi avaliada pela estimativa de odds ratio por meio de regressão logística por amostragem complexa, considerando cada cidade como um estrato e ponderando pelo estimador de Gile. Foi estimada a proporção relativa atribuída ao envolvimento em ONGs para cada evento avaliado. Dentre 4.176 participantes, a maioria tinha menos de 25 anos (56,5%) e baixo nível econômico (56,7%). Um quarto dos HSH referiu se envolver em ONGs, que foi significativamente associado com as ações avaliadas: receber preservativo e gel lubrificante, participar de palestra, receber material educativo e aconselhamento em IST, conhecimento de profilaxia pós-exposição (PEP) e profilaxia pré-exposição (PrEP), testagem para sífilis e HIV, ter aceitação do autoteste e saber onde realizar teste para HIV. ONGs têm um papel histórico na resposta à epidemia de HIV no Brasil e, apesar de terem sofrido significativa redução de recursos nos últimos anos, mantêm relevante atuação nas ações de saúde pública.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-12-15T04:26:04Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/232955
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0102-311X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001134819
identifier_str_mv 0102-311X
001134819
url http://hdl.handle.net/10183/232955
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Cadernos de saúde pública = Reports in public health. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 37, n. 11 (2021), e00150520, p. [1]-14
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232955/2/001134819.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232955/1/001134819.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 852b95bedf3f41796650c0e1b28ee96d
be299daead1911ed2ea6e0f87c41df73
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798487502076510208