Exercícios de força e de potência muscular, reflexo pressórico do exercício e comportamento da pressão arterial : uma revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Carlos Leonardo Figueiredo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199460
Resumo: Especialmente em pessoas com hipertensão arterial sistêmica, o exercício/treinamento de força muscular tradicional (EFMT) envolve cautela em sua prescrição, em vista da possibilidade de largos e rápidos aumentos da pressão arterial (PA) ocorrerem durante o exercício. Por outro lado, devido a suas características, o exercício/treinamento de potência muscular (EPM) surge como um modelo de intervenção “menos favorável” na promoção de elevações bruscas e rápidas da PA ao longo de uma sessão de exercícios. O comportamento da PA durante o exercício é especialmente devido à organização das variáveis agudas do treinamento de força (e.g., intensidade, velocidade de contração, volume, repetições até a falha muscular/exaustão (ou não) e o tempo de intervalo/recuperação) e a repercussão destas perante os sistemas envolvidos com o controle da PA como o reflexo pressórico do exercício (RPE). O RPE é um sistema de ação reflexa em resposta à contração muscular. Assim, sofre importantes impactos de acordo com as variáveis agudas do treinamento. Devido às distintas características entre o EPM e o EFMT, especula-se que estes promovam diferentes impactos no RPE e, assim, na resposta da PA durante o exercício. Deste modo, o objetivo da presente revisão é compreender as diferenças entre o EPM e o EFMT sobre o RPE e o comportamento da PA durante o exercício. A partir da literatura investigada, foram destacadas as principais possibilidades que podem estar associadas com potenciais diferenças entre o TMSE e o MPE no comportamento da BP: a) o curto período de tensão muscular total com o MPE em comparação ao TMSE; b) o menor recrutamento e ativação de fibras musculares com o MPE que com o TMSE; c) a menor compressão mecânica micro e macrovascular com o MPE que com o TMSE; d) o menor acúmulo de metabólitos com o MPE quando comparado do TMSE. A partir da relação entre o MPE, o TMSE e o EPR, parece que o MPE tende a induzir menores valores de BP durante sua execução quando comparado com o TMSE. Contudo, há poucos estudos experimentais investigando esta possibilidade, sendo, até o momento, questões teóricas/ especulativas que necessitam de investigações futuras.
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O comportamento da PA durante o exercício é especialmente devido à organização das variáveis agudas do treinamento de força (e.g., intensidade, velocidade de contração, volume, repetições até a falha muscular/exaustão (ou não) e o tempo de intervalo/recuperação) e a repercussão destas perante os sistemas envolvidos com o controle da PA como o reflexo pressórico do exercício (RPE). O RPE é um sistema de ação reflexa em resposta à contração muscular. Assim, sofre importantes impactos de acordo com as variáveis agudas do treinamento. Devido às distintas características entre o EPM e o EFMT, especula-se que estes promovam diferentes impactos no RPE e, assim, na resposta da PA durante o exercício. Deste modo, o objetivo da presente revisão é compreender as diferenças entre o EPM e o EFMT sobre o RPE e o comportamento da PA durante o exercício. A partir da literatura investigada, foram destacadas as principais possibilidades que podem estar associadas com potenciais diferenças entre o TMSE e o MPE no comportamento da BP: a) o curto período de tensão muscular total com o MPE em comparação ao TMSE; b) o menor recrutamento e ativação de fibras musculares com o MPE que com o TMSE; c) a menor compressão mecânica micro e macrovascular com o MPE que com o TMSE; d) o menor acúmulo de metabólitos com o MPE quando comparado do TMSE. A partir da relação entre o MPE, o TMSE e o EPR, parece que o MPE tende a induzir menores valores de BP durante sua execução quando comparado com o TMSE. Contudo, há poucos estudos experimentais investigando esta possibilidade, sendo, até o momento, questões teóricas/ especulativas que necessitam de investigações futuras.Especially in hypertensive people, traditional muscle strength exercise/training (TMSE) involves caution regarding its prescription, in view of the possibility of large and rapid increases in blood pressure (BP) occur during exercise. On the other hand, due to characteristics, muscle power exercise/training (MPE) appears as an intervention model "less favorable" in the promotion of abrupt and fast rises in BP throughout an exercise session. BP behavior during exercise is usually due to the organization of strength exercises acute variables (e.g., intensity, contraction velocity, volume, repetitions to failure/exhaustion or not, and interval/recovery time) and the repercussions of these in systems involved with cardiovascular control, such as exercise pressure reflex (EPR). The EPR is characterized as a reflex action system in response to skeletal muscle contraction. Thus, this system suffers important impacts influenced by organization of strength exercises acute variables. Due to distinctive characteristics between MPE and TMSE, it is speculated that these exercises promote different impacts on EPR system and, thus, BP responses during exercise. Therefore, the focus this review is to understand the differences between MPE and TMSE on EPR and BP behavior during exercise. From the literature investigated, the main possibilities that could be associated with potential differences between the TMSE and the MPE in BP behavior were highlighted: a) the short total muscle tension time with MPE compared to TMSE; b) the lower recruitment and activation of muscle fibers with MPE than with TMSE; c) the lower micro and macrovascular mechanical compression with MPE than with TMSE; d) the lower metabolites accumulation with MPE when compared to TMSE. From the relationship between MPE, TMSE and EPR, it seems that MPE tends to induce lower BP values during its execution when compared to TMSE. However, there are few experimental studies investigating this possibility, being, until now, theoretical/ speculative issues that need future research.application/pdfporHipertensão arterialExercício físicoTreinamento de forçaArterial hypertensionDiastolic blood pressureSystolic blood pressurePower trainingStrength trainingPhysical exerciseExercícios de força e de potência muscular, reflexo pressórico do exercício e comportamento da pressão arterial : uma revisãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2018Educação Física: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001101182.pdf.txt001101182.pdf.txtExtracted Texttext/plain52765http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199460/2/001101182.pdf.txtff4a2d58edbe7c78efcbd6052800276cMD52ORIGINAL001101182.pdfTexto completoapplication/pdf317942http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/199460/1/001101182.pdf8930b79bee4a0d70b57097a8b571eb8bMD5110183/1994602019-09-20 03:47:52.997808oai:www.lume.ufrgs.br:10183/199460Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-09-20T06:47:52Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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