Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arantes, Pablo Ricardo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/142683
Resumo: Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina.
id UFRGS-2_1d39fce99c19ff8679de0382dab18b17
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142683
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Arantes, Pablo RicardoVerli, HugoFernandes, Claudia Lemelle2016-06-16T02:07:52Z2011http://hdl.handle.net/10183/142683000866450Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina.application/pdfporSulfato de condroitinaDinâmica molecularCaracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2011Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000866450.pdf000866450.pdfTexto completoapplication/pdf3906945http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/1/000866450.pdf77a7397897891f3616d8e2ea78572b90MD51TEXT000866450.pdf.txt000866450.pdf.txtExtracted Texttext/plain121758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/2/000866450.pdf.txt73c90e54faf7faec432a09da60d70dc4MD52THUMBNAIL000866450.pdf.jpg000866450.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg957http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/3/000866450.pdf.jpgadb9998df791529471eb9574738bff31MD5310183/1426832018-10-26 09:58:40.774oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142683Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:58:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
title Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
spellingShingle Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
Arantes, Pablo Ricardo
Sulfato de condroitina
Dinâmica molecular
title_short Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
title_full Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
title_fullStr Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
title_full_unstemmed Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
title_sort Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
author Arantes, Pablo Ricardo
author_facet Arantes, Pablo Ricardo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Arantes, Pablo Ricardo
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Verli, Hugo
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Fernandes, Claudia Lemelle
contributor_str_mv Verli, Hugo
Fernandes, Claudia Lemelle
dc.subject.por.fl_str_mv Sulfato de condroitina
Dinâmica molecular
topic Sulfato de condroitina
Dinâmica molecular
description Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-06-16T02:07:52Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/142683
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000866450
url http://hdl.handle.net/10183/142683
identifier_str_mv 000866450
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/1/000866450.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/2/000866450.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/3/000866450.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 77a7397897891f3616d8e2ea78572b90
73c90e54faf7faec432a09da60d70dc4
adb9998df791529471eb9574738bff31
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1792789976990089216