Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/142683 |
Resumo: | Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina. |
id |
UFRGS-2_1d39fce99c19ff8679de0382dab18b17 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142683 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Arantes, Pablo RicardoVerli, HugoFernandes, Claudia Lemelle2016-06-16T02:07:52Z2011http://hdl.handle.net/10183/142683000866450Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina.application/pdfporSulfato de condroitinaDinâmica molecularCaracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2011Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000866450.pdf000866450.pdfTexto completoapplication/pdf3906945http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/1/000866450.pdf77a7397897891f3616d8e2ea78572b90MD51TEXT000866450.pdf.txt000866450.pdf.txtExtracted Texttext/plain121758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/2/000866450.pdf.txt73c90e54faf7faec432a09da60d70dc4MD52THUMBNAIL000866450.pdf.jpg000866450.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg957http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/3/000866450.pdf.jpgadb9998df791529471eb9574738bff31MD5310183/1426832018-10-26 09:58:40.774oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142683Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:58:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
title |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
spellingShingle |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular Arantes, Pablo Ricardo Sulfato de condroitina Dinâmica molecular |
title_short |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
title_full |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
title_fullStr |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
title_full_unstemmed |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
title_sort |
Caracterização estrutural e conformacional do sulfato de condroitina através de simulações de dinâmica molecular |
author |
Arantes, Pablo Ricardo |
author_facet |
Arantes, Pablo Ricardo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Arantes, Pablo Ricardo |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Verli, Hugo |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Fernandes, Claudia Lemelle |
contributor_str_mv |
Verli, Hugo Fernandes, Claudia Lemelle |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sulfato de condroitina Dinâmica molecular |
topic |
Sulfato de condroitina Dinâmica molecular |
description |
Sulfato de condroitina (CS) é um glicosaminoglicano (GAG) composto por unidades dissacarídicas de N-acetilgalactosamina (GalNAc) e ácido glicurônico (GlcA). Estes resíduos podem ser encontrados conectados através de ligações β1→3 e β1→4. Podem ainda ser sulfatados nas posições 4 e 6 do resíduo GalNAc e na posição 2 do GlcA. O CS atua contribuindo para a resistência à tensão em cartilagens, tendões, ligamentos e na parede da aorta. Por outro lado, sua forma supersulfatada (OSCS) foi identificada como contaminante de heparinas comerciais, tendo sido relatada como causa de reações adversas e mortes em pacientes. Essa sulfatação química e específica no OSCS, nas posições 2 e 3 do resíduo GlcA e 4 e 6 do GalNAc, cria novas formas moleculares e, possivelmente, estados conformacionais, originando novos arcabouços para interação com receptores específicos, de forma patológica. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo caracterizar a influência da sulfatação na dinâmica conformacional do OSCS, incluindo todos os possíveis padrões de sulfatação relatados na literatura. O protocolo utilizado inclui: 1) construção de mapas de contorno relaxados para cada ligação glicosídica; 2) simulações por dinâmica molecular empregando o pacote GROMACS e o campo de força GROMOS96 43a1; 3) análise da influência da sulfatação na conformação dos OSCS estudados e sua potencial relação à toxicidade observada clinicamente. Tais procedimentos nos permitiram caracterizar ligação glicosídica β1→3 como apresentando maior rigidez no OSCS quando comparada ao CS encontrado na natureza. Em contrapartida, a ligação glicosídica β1→4 mostrou-se mais flexível no OSCS em relação ao CS natural, indicando que a sulfatação química é capaz de interferir na dinâmica do CS e, por conseguinte, nas formas disponíveis para interação com macromoléculas biológicas, o que potencialmente está relacionado a sua toxicidade como contaminante da heparina. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-06-16T02:07:52Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/142683 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000866450 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/142683 |
identifier_str_mv |
000866450 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/1/000866450.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/2/000866450.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142683/3/000866450.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
77a7397897891f3616d8e2ea78572b90 73c90e54faf7faec432a09da60d70dc4 adb9998df791529471eb9574738bff31 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1792789976990089216 |