Gasto energético medido por calorimetria indireta em pacientes com diabetes melito tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lazzari, Camila
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/199816
Resumo: Introdução: O Diabete Melito (DM) é uma doença crônica que acomete parte significativa da população mundial e constitui um importante problema de saúde pública em razão da elevada prevalência e morbi-mortalidade, além dos custos envolvidos no seu tratamento. O DM tipo 2 é a forma mais comum da doença, ocorrendo geralmente na vida adulta. É caracterizado pela resistência à ação da insulina e consequente hiperglicemia que em longo prazo é responsável pelo desenvolvimento das complicações crônicas microvasculares e macrovasculares. Medidas não farmacológicas como o manejo nutricional são capazes de reduzir o peso e contribuir para a obtenção um bom controle glicêmico. Para isso é necessário que o planejamento dietético tenha como base o cálculo da necessidade energética de forma correta. A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a energia gasta para manter as atividades metabólicas mínimas do organismo e é o principal contribuinte do gasto energético total. Deste modo a mensuração correta da TMB é primordial para um bom planejamento dietético e a utilização da calorimetria indireta (CI) é critério de referência para sua avaliação. Por ter um gasto elevado, na prática clínica a CI não é utilizada, dando lugar às fórmulas de predição que podem ser pouco sensíveis e superestimar ou subestimar a real necessidade calórica do indivíduo. Objetivo: Avaliar as principais equações de predição da TMB frente ao critério de referência, a CI, em pacientes com DM tipo 2, a fim de verificar a validade das equações nessa população. Métodos: Estudo de teste diagnóstico em 21 pacientes com DM do tipo 2, de ambos os sexos, selecionados de forma consecutiva no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). As equações de predição de TMB utilizadas foram: Mifflin St. Jeor, Schoefield, Harris e Benedict e a FAO/WHO/UNO. O grau de concordância entre os métodos foi verificado usando o procedimento sugerido por Bland e Altman (1986). Resultados: Nossos resultados demonstraram a variação entre os métodos de predição de - 13,6% a -5,6% (Kcal/dia) quando comparados a CI. As equações de predição propostas por Mifflin St. Jeor, Schoefield e Harris e Benedict subestimaram em -13,6%, -11,1% e -7,9% Kcal/dia, respectivamente. A equação que mais se aproxima da estimativa real foi à proposta pela FAO/WHO/UNO, ainda que ela tenha subestimado os valores da CI em -5,6% Kcal/dia. Conclusão: Em pacientes com DM tipo 2, o presente estudo indica que a equação da FAO/WHO/UNO foi a que mais se aproximou dos valores de TMB medidos pela CI.
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