Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/195865 |
Resumo: | Introdução: A atrofia cervicovaginal é uma condição que pode afetar mulheres após a menopausa, e a citologia é a ferramenta diagnóstica útil nesses casos. Objetivo: Avaliar o perfil citomorfológico de esfregaços citopatológicos cervicais de pacientes com idade superior a 60 anos. Métodos: Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, no qual foram selecionados consecutivamente exames citopatológicos de 500 pacientes com idade superior a 60 anos. Resultados: Apenas 114 mulheres (22,8%) tiveram a junção escamocolunar (JEC) representada e sua presença diminuiu progressivamente com o avanço da idade (p < 0,001). Os esfregaços (95,6%), em sua maioria, foram classificados como atróficos . A análise microbiológica mostrou que dos 22 esfregaços não atróficos, a maioria teve flora lactobacilar. Entre os esfregaços atróficos, a flora predominante foi cocoide (47,2%). Somente 4% apresentaram alterações citológicas: células escamosas atípicas de significado indeterminado [(ASC-US) – oito casos/40%], células escamosas atípicas, não podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau [(ASC-H) – cinco casos/25%], lesão intraepitelial escamosa de alto grau [(HSIL) – três casos/15%], lesão intraepitelial escamosa de baixo grau [(LSIL) – dois casos/10%] e adenocarcinoma in situ [(ACI) – dois casos/10%]. Entre os esfregaços alterados, quatro pacientes (20%) continham células da JEC e quatro (20%) faziam uso de hormônios [destes, dois casos de ASC-H (10%) e dois de ASC-US (10%)], o que demonstra a relação entre o aparecimento de lesão e o uso de hormônios (p < 0,05). Conclusão: A ausência da JEC indica a limitação diagnóstica da coleta. Embora a frequência das lesões tenha sido semelhante à de outros trabalhos e a faixa etária recomendada para a realização do exame seja entre 25 e 60 anos, é importante ressaltar que mulheres com idade superior a essa faixa devem realizar a coleta de citologia oncológica devido ao perfil de risco para a doença. |
id |
UFRGS-2_3593c38eb89b3716d20b7e26aaad87eb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/195865 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Backes, Luana Taís HartmannMezzomo, Lisiane CervieriBuffon, AndreiaCalil, Luciane Noal2019-06-18T02:34:37Z20191676-2444http://hdl.handle.net/10183/195865001094612Introdução: A atrofia cervicovaginal é uma condição que pode afetar mulheres após a menopausa, e a citologia é a ferramenta diagnóstica útil nesses casos. Objetivo: Avaliar o perfil citomorfológico de esfregaços citopatológicos cervicais de pacientes com idade superior a 60 anos. Métodos: Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, no qual foram selecionados consecutivamente exames citopatológicos de 500 pacientes com idade superior a 60 anos. Resultados: Apenas 114 mulheres (22,8%) tiveram a junção escamocolunar (JEC) representada e sua presença diminuiu progressivamente com o avanço da idade (p < 0,001). Os esfregaços (95,6%), em sua maioria, foram classificados como atróficos . A análise microbiológica mostrou que dos 22 esfregaços não atróficos, a maioria teve flora lactobacilar. Entre os esfregaços atróficos, a flora predominante foi cocoide (47,2%). Somente 4% apresentaram alterações citológicas: células escamosas atípicas de significado indeterminado [(ASC-US) – oito casos/40%], células escamosas atípicas, não podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau [(ASC-H) – cinco casos/25%], lesão intraepitelial escamosa de alto grau [(HSIL) – três casos/15%], lesão intraepitelial escamosa de baixo grau [(LSIL) – dois casos/10%] e adenocarcinoma in situ [(ACI) – dois casos/10%]. Entre os esfregaços alterados, quatro pacientes (20%) continham células da JEC e quatro (20%) faziam uso de hormônios [destes, dois casos de ASC-H (10%) e dois de ASC-US (10%)], o que demonstra a relação entre o aparecimento de lesão e o uso de hormônios (p < 0,05). Conclusão: A ausência da JEC indica a limitação diagnóstica da coleta. Embora a frequência das lesões tenha sido semelhante à de outros trabalhos e a faixa etária recomendada para a realização do exame seja entre 25 e 60 anos, é importante ressaltar que mulheres com idade superior a essa faixa devem realizar a coleta de citologia oncológica devido ao perfil de risco para a doença.Introduction: Cervicovaginal atrophy is a condition that can affect women after menopause, and cytology is a diagnostic tool useful in such cases. Objective: To evaluate the cytomorphological profile of cervical smears in patients over 60 years old. Methods: Cytopathological examinations of 500 patients over 60 years old were selected consecutively in this cross-sectional, quantitative, retrospective study. Results: Only 114 (22.8%) presented the squamocolumnar junction (SCJ) sampled, and their presence decreased progressively with advancing age (p < 0.001). Most smears (95.6%) were classified as atrophic. Microbiological analysis showed that from the 22 non-atrophic smears, most presented lactobacillus flora. Among the atrophic swabs, the predominant flora was cocci, with 47.2%. Only 4% presented cytological changes: atypical squamous cells of undetermined significance [(ASC-US) – eight cases/40%], atypical squamous cells – cannot exclude high-grade squamous intraepithelial lesion [(ASC-H) – five cases/25%], high-grade squamous intraepithelial lesion [(HSIL) – three/15%], low-grade squamous intraepithelial lesion [(LSIL) – two cases/10%] and adenocarcinoma in situ [(ACI) – two cases/10%]. Among the modified smears, four (20%) presented SCJ cells, and four patients (20%) took hormones (from these, two cases of ASC-H (10%) and two cases ASC-US (10%), showing a relationship between the onset of the lesion and the use of hormones (p < 0.05). Conclusion: The absence of SCJ indicates a diagnostic limitation of sample collection. Although the frequency of lesions has been similar to other studies, and the recommended age range for the examination is between 25 and 60 years, it is important to note that many women older than this range should perform the collection of oncology cytology due to existence of elderly women with risk profile for the disease.Introducción: La atrofia cervicovaginal es una condición que puede afectar a las mujeres después de la menopausia, y la citología es una herramienta diagnóstica útil en esos casos. Objetivo: Evaluar el perfil citomorfológico de frotis citopatológicos cervicales en pacientes mayores de 60 años. Métodos: Un estudio transversal, cuantitativo y retrospectivo, en el que se eligieron consecutivamente pruebas citopatológicas de 500 pacientes con edad superior a 60 años. Resultados: Solo 114 mujeres (22,8%) tuvieron la unión escamo-columnar (UEC) representada; su presencia ha bajado progresivamente con el adelanto de la edad (p < 0,001). Los frotis (95,6%), en su mayoría, fueron clasificados como atróficos. El análisis microbiológico mostró que de los 22 frotis no atróficos, la mayoría tuvo flora lactobacilar. Entre los frotis atróficos, la flora predominante fue cocoide (47,2%). Solamente 4% presentó alteraciones citológicas: células escamosas atípicas de importancia no determinada [(ASC-US) – ocho casos/40%]; células escamosas atípicas, no se descarta una lesión de alto grado [(ASC-H) – cinco casos/25%]; lesión intraepitelial de alto grado [(HSIL) – três casos/15%]; lesión intraepitelial escamosa de bajo grado [(LSIL) – dos casos/10%] y adenocarcinoma in situ [(ACI) – dos casos/10%]. Entre los frotis alterados, cuatro (20%) contenían células de la UEC y cuatro pacientes (20%) estaban recibiendo hormonas [entre ellos, dos casos de ASC-H (10%) y dos casos de ASC-US (10%)]. Conclusión: La ausencia de UEC indica la limitación diagnóstica de la recolección. Aunque la frecuencia de las lesiones haya sido semejante a la de otros trabajos y la franja etaria recomendada para la realización de la prueba sea 25-60 años, es importante señalar que mujeres con edad superior a esa franja deben realizar la recolección citológica debido al perfil de riesgo para la enfermedad.application/pdfengJornal brasileiro de patologia e medicina laboratorial. Vol. 55, no. 2 (Mar./Apr. 2019), p. 136-147MenopausaDisplasia do colo do úteroEsfregaço vaginalAtrophyCervical dysplasiaVaginal smearsMenopauseAtrofiaDisplasia del cuello del úteroFrotis vaginalMenopausiaCytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 yearsAnálise citomorfológica de esfregaços citológicos cervicais de mulheres com idade superior a 60 anos info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094612.pdf.txt001094612.pdf.txtExtracted Texttext/plain26543http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/3/001094612.pdf.txtc091bf9bd1fd4e1f6e1ef87ec0daa98aMD53001094612-02.pdf.txt001094612-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain27664http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/4/001094612-02.pdf.txt7a70c5d0d1ec3f6013fa710f338d01bcMD54ORIGINAL001094612.pdfTexto completo (inglês)application/pdf841626http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/1/001094612.pdf95903b92b3feb11edb6a76c30ce7e411MD51001094612-02.pdfTexto completoapplication/pdf854853http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/2/001094612-02.pdf74f5dd8ca32bcd1d70f27f7c55e94805MD5210183/1958652021-05-07 04:50:43.950321oai:www.lume.ufrgs.br:10183/195865Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:50:43Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Análise citomorfológica de esfregaços citológicos cervicais de mulheres com idade superior a 60 anos |
title |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
spellingShingle |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years Backes, Luana Taís Hartmann Menopausa Displasia do colo do útero Esfregaço vaginal Atrophy Cervical dysplasia Vaginal smears Menopause Atrofia Displasia del cuello del útero Frotis vaginal Menopausia |
title_short |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
title_full |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
title_fullStr |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
title_full_unstemmed |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
title_sort |
Cytomorphological analysis of cervical cytological smears of women aged over 60 years |
author |
Backes, Luana Taís Hartmann |
author_facet |
Backes, Luana Taís Hartmann Mezzomo, Lisiane Cervieri Buffon, Andreia Calil, Luciane Noal |
author_role |
author |
author2 |
Mezzomo, Lisiane Cervieri Buffon, Andreia Calil, Luciane Noal |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Backes, Luana Taís Hartmann Mezzomo, Lisiane Cervieri Buffon, Andreia Calil, Luciane Noal |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Menopausa Displasia do colo do útero Esfregaço vaginal |
topic |
Menopausa Displasia do colo do útero Esfregaço vaginal Atrophy Cervical dysplasia Vaginal smears Menopause Atrofia Displasia del cuello del útero Frotis vaginal Menopausia |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Atrophy Cervical dysplasia Vaginal smears Menopause |
dc.subject.spa.fl_str_mv |
Atrofia Displasia del cuello del útero Frotis vaginal Menopausia |
description |
Introdução: A atrofia cervicovaginal é uma condição que pode afetar mulheres após a menopausa, e a citologia é a ferramenta diagnóstica útil nesses casos. Objetivo: Avaliar o perfil citomorfológico de esfregaços citopatológicos cervicais de pacientes com idade superior a 60 anos. Métodos: Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, no qual foram selecionados consecutivamente exames citopatológicos de 500 pacientes com idade superior a 60 anos. Resultados: Apenas 114 mulheres (22,8%) tiveram a junção escamocolunar (JEC) representada e sua presença diminuiu progressivamente com o avanço da idade (p < 0,001). Os esfregaços (95,6%), em sua maioria, foram classificados como atróficos . A análise microbiológica mostrou que dos 22 esfregaços não atróficos, a maioria teve flora lactobacilar. Entre os esfregaços atróficos, a flora predominante foi cocoide (47,2%). Somente 4% apresentaram alterações citológicas: células escamosas atípicas de significado indeterminado [(ASC-US) – oito casos/40%], células escamosas atípicas, não podendo excluir lesão intraepitelial de alto grau [(ASC-H) – cinco casos/25%], lesão intraepitelial escamosa de alto grau [(HSIL) – três casos/15%], lesão intraepitelial escamosa de baixo grau [(LSIL) – dois casos/10%] e adenocarcinoma in situ [(ACI) – dois casos/10%]. Entre os esfregaços alterados, quatro pacientes (20%) continham células da JEC e quatro (20%) faziam uso de hormônios [destes, dois casos de ASC-H (10%) e dois de ASC-US (10%)], o que demonstra a relação entre o aparecimento de lesão e o uso de hormônios (p < 0,05). Conclusão: A ausência da JEC indica a limitação diagnóstica da coleta. Embora a frequência das lesões tenha sido semelhante à de outros trabalhos e a faixa etária recomendada para a realização do exame seja entre 25 e 60 anos, é importante ressaltar que mulheres com idade superior a essa faixa devem realizar a coleta de citologia oncológica devido ao perfil de risco para a doença. |
publishDate |
2019 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-06-18T02:34:37Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/195865 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
1676-2444 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001094612 |
identifier_str_mv |
1676-2444 001094612 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/195865 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Jornal brasileiro de patologia e medicina laboratorial. Vol. 55, no. 2 (Mar./Apr. 2019), p. 136-147 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/3/001094612.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/4/001094612-02.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/1/001094612.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/195865/2/001094612-02.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c091bf9bd1fd4e1f6e1ef87ec0daa98a 7a70c5d0d1ec3f6013fa710f338d01bc 95903b92b3feb11edb6a76c30ce7e411 74f5dd8ca32bcd1d70f27f7c55e94805 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798487404844154880 |