Experiência inicial com a ceratoprótese de Dohlman-Doane : relato de casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stolz, Andressa Prestes
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Kwitko, Sergio, Dal Pizzol, Melissa Manfroi, Marinho, Diane Ruschel, Rymer, Samuel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/37416
Resumo: Objetivo: Relatar a evolução de 9 olhos (8 pacientes) submetidos ao implante da ceratoprótese de Dohlman-Doane tipo 1, com tempo médio de seguimento de 11,2 meses (2 a 25 meses). Métodos: Trabalho retrospectivo, não comparativo, intervencionista de uma série de casos. Quanto à doença de base, em 4 olhos foram queimadura alcalina, 3 falência de múltiplos transplantes de córnea, 1 síndrome de Stevens-Johnson e 1 queimadura térmica. A acuidade visual pré-operatória era de movimento de mãos ou pior em todos os olhos. Três olhos apresentavam glaucoma pré-operatório, sendo submetidos a implante valvulado de Ahmed. Resultados: A acuidade visual com correção pós-operatória foi melhor ou igual a 20/100 em 88,9% dos olhos e melhor ou igual a 20/40 em 44,4% dos olhos. Como intercorrências pós-operatórias, 3 olhos apresentaram opacidade de cápsula posterior tratada com capsulotomia com YAG laser; 3 olhos membrana retroprotética de fibrina tratada com injeção tPA ou corticoterapia; 2 olhos glaucoma tratado com medicação; 1 olho “melting” corneano tratado com a troca do botão e 1 olho endoftalmite fúngica tratada com transplante a quente, vitrectomia anterior, explante da ceratoprótese e da LIO e tratamento antifúngico. Conclusão: A ceratoprótese de Dohlman-Doane é uma boa opção para casos graves de cegueira corneana, em que o transplante penetrante de córnea não apresenta bom prognóstico. Sua principal vantagem é não necessitar imunossupressão sistêmica. Casos de queimadura alcalina e de alta chance de rejeição apresentaram os melhores resultados.
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