A influência da história familiar de hipertensão sobre a associação entre a excreção urinária noturna de sódio e a pressão arterial em uma amostra populacional de adultos jovens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Renan Stoll
Data de Publicação: 1995
Outros Autores: Moreira, Leila Beltrami, Bredemeier, Markus, Fuchs, Flávio Danni
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/259685
Resumo: A adição de sal à dieta tem sido proposta como fator ambiental maior na patogênese da hipertensão. Os estudos observacionais feitos intra-sociedade tem demonstrado fraca correlação positiva entre a excreção urinária de sódio e apressão arterial. Isto pode decorrer da diferente sensibilidade individual ao sal, um atributo ligado à predisposição familiar. Para investigar esta hipótese, executou-se um estudo de delineamento transversal em uma amostra populacional representativa dos adultos jovens de Porto Alegre. Cento e cinqüenta e sete (157) indivíduos responderam a um questionário que continha questões referentes a dados pessoais, sócio-econômicos, história familiar de hipertensão, entre outras, e tiveram aferidas a pressão arterial, peso, altura e excreção urinária noturna de sódio. Vinte e sete entrevistados foram considerados fortemente predispostos (dois ou mais familiares hipertensos). Nestes, demonstrou-se correlação entre a pressão arterial e a excreção urinária de sódio ("r" para a sistólica: 0,51, P <0,01; "r" para diastólica: 0,50, P < 0,01). Nos não predispostos não evidenciou-se correlação significativa. Em análise de regressão linear múltipla, controlando-se para idade, cor e índice de massa corporal, os indivíduos com predisposição familiar forte e que excretavam quantidades elevadas de sódio tinham pressões sitólica e diastólica significativamente mais altas do que os classificados em todas outras condições (predisposição forte, excreção baixa e predisposição fraca com excreção alta ou baixa). Esta observação pode explicar a fraca associação entre a excreção urinária de sódio e a pressão arterial detectada nos estudos intra-sociedades, pois esta ocorreria somente na parcela da população sensível ao sódio.
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